Primeiro de Maio de 1979. Vinícius de Moraes leu, emocionado, o poema “Operário em Construção”, de sua autoria, a pedido do então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Luiz Inácio Lula da Silva. “Os seus irmãos que morreram, por outros que viverão, uma esperança sincera cresceu no seu coração…”.
Operário em Construção
Vinícius de Moraes
Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as asas
Que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
De sua grande missão:
Não sabia por exemplo
Que a casa de um homem e' um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão.
De fato, como podia
Um operário em construção
Compreender por que um tijolo
Valia mais do que um pão?
Tijolos ele empilhava
Com pá, cimento e esquadria
Quanto ao pão, ele o comia
Mas fosse comer tijolo!
E assim o operário ia
Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento
Além uma igreja, à frente
Um quartel e uma prisão:
Prisão de que sofreria
Não fosse eventualmente
Um operário em construção.
Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário:
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.
De forma que, certo dia
`A mesa, ao cortar o pão
O operário foi tomado
De uma súbita emoção
Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa
- Garrafa, prato, facão
Era ele quem fazia
Ele, um humilde operário
Um operário em construção.
Olhou em torno: a gamela
Banco, enxerga, caldeirão
Vidro, parede, janela
Casa, cidade, nação!
Tudo, tudo o que existia
Era ele quem os fazia
Ele, um humilde operário
Um operário que sabia
Exercer a profissão.
Ah, homens de pensamento
Não sabereis nunca o quanto
Aquele humilde operário
Soube naquele momento
Naquela casa vazia
Que ele mesmo levantara
Um mundo novo nascia
De que sequer suspeitava.
O operário emocionado
Olhou sua própria mão
Sua rude mão de operário
De operário em construção
E olhando bem para ela
Teve um segundo a impressão
De que não havia no mundo
Coisa que fosse mais bela.
Foi dentro dessa compreensão
Desse instante solitário
Que, tal sua construção
Cresceu também o operário
Cresceu em alto e profundo
Em largo e no coração
E como tudo que cresce
Ele não cresceu em vão
Pois além do que sabia
- Exercer a profissão -
O operário adquiriu
Uma nova dimensão:
A dimensão da poesia.
E um fato novo se viu
Que a todos admirava:
O que o operário dizia
Outro operário escutava.
E foi assim que o operário
Do edifício em construção
Que sempre dizia "sim"
Começam a dizer "não"
E aprendeu a notar coisas
A que não dava atenção:
Notou que sua marmita
Era o prato do patrão
Que sua cerveja preta
Era o uísque do patrão
Que seu macacão de zuarte
Era o terno do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que seus dois pés andarilhos
Eram as rodas do patrão
Que a dureza do seu dia
Era a noite do patrão
Que sua imensa fadiga
Era amiga do patrão.
E o operário disse: Não!
E o operário fez-se forte
Na sua resolução
Como era de se esperar
As bocas da delação
Começaram a dizer coisas
Aos ouvidos do patrão
Mas o patrão não queria
Nenhuma preocupação.
- "Convençam-no" do contrário
Disse ele sobre o operário
E ao dizer isto sorria.
Dia seguinte o operário
Ao sair da construção
Viu-se súbito cercado
Dos homens da delação
E sofreu por destinado
Sua primeira agressão
Teve seu rosto cuspido
Teve seu braço quebrado
Mas quando foi perguntado
O operário disse: Não!
Em vão sofrera o operário
Sua primeira agressão
Muitas outras seguiram
Muitas outras seguirão
Porém, por imprescindível
Ao edifício em construção
Seu trabalho prosseguia
E todo o seu sofrimento
Misturava-se ao cimento
Da construção que crescia.
Sentindo que a violência
Não dobraria o operário
Um dia tentou o patrão
Dobra-lo de modo contrário
De sorte que o foi levando
Ao alto da construção
E num momento de tempo
Mostrou-lhe toda a região
E apontando-a ao operário
Fez-lhe esta declaração:
- Dar-te-ei todo esse poder
E a sua satisfação
Porque a mim me foi entregue
E dou-o a quem quiser.
Dou-te tempo de lazer
Dou-te tempo de mulher
Portanto, tudo o que ver
Sera' teu se me adorares
E, ainda mais, se abandonares
O que te faz dizer não.
Disse e fitou o operário
Que olhava e refletia
Mas o que via o operário
O patrão nunca veria
O operário via casas
E dentro das estruturas
Via coisas, objetos
Produtos, manufaturas.
Via tudo o que fazia
O lucro do seu patrão
E em cada coisa que via
Misteriosamente havia
A marca de sua mão.
E o operário disse: Não!
- Loucura! - gritou o patrão
Não vês o que te dou eu?
- Mentira! - disse o operário
Não podes dar-me o que é meu.
E um grande silêncio fez-se
Dentro do seu coração
Um silêncio de martírios
Um silêncio de prisão.
Um silêncio povoado
De pedidos de perdão
Um silencio apavorado
Com o medo em solidão
Um silêncio de torturas
E gritos de maldição
Um silêncio de fraturas
A se arrastarem no chão
E o operário ouviu a voz
De todos os seus irmãos
Os seus irmãos que morreram
Por outros que viverão
Uma esperança sincera
Cresceu no seu coração
E dentro da tarde mansa
Agigantou-se a razão
De um homem pobre e esquecido
Razão porém que fizera
Em operário construído
O operário em construção
E pensar que no primeiro de maio de 2018, lá estava eu no acampamento Lula Livre em Curitiba gritando: Boa tarde Presidente Lula...
Bolsa Família do Governo Lula reduz pobreza na primeira infância em 92%
Depois de fazer uma limpa no Bolsa Família em 2023, devido às irregularidades do desgoverno anterior, o governo federal aperfeiçoou o programa, e agora o país caminha a passos largos para deixar o Mapa da Fome, um dos mais trágicos legados para o Brasil.
Os impactos positivos das mudanças feitas pelo governo do Presidente Lula, estão nos resultados de um estudo feito a partir do Cadastro Único (CadÚnico): 8,1 milhões de crianças de zero a seis anos, saíram da situação de pobreza ou extrema pobreza (renda mensal familiar de até R$ 218 por pessoa). Isso significa que o Bolsa Família reduziu em 91,7% o percentual de crianças em situação de vulnerabilidade.
A secretária nacional de Renda de Cidadania do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Eliane Aquino, destaca o Bolsa Família como instrumento de combate à fome e à pobreza, e chama a atenção para o Benefício Primeira Infância (BPI), uma das novidades estabelecidas pelo Presidente Lula, em decreto assinado em junho de 2023.
“Ao lado de outras políticas públicas, o Bolsa Família tem enorme potencial de equacionar as desigualdades. A criação do BPI é o primeiro passo para chamar a atenção de gestores, gestoras e população, para a importância dessa fase na vida”, declarou a secretária em publicação no site do MDS. O BPI garante um adicional de R$ 150 a cada criança de zero a seis anos, na composição familiar dos beneficiários do Bolsa Família.
Efeito Lula: Brasil registra menor nível de pobreza da história
O aumento da renda do povo brasileiro, a melhora na economia e o crescente número de novos postos de trabalho com o governo Lula, resultaram no menor índice de nível de pobreza já registrado no Brasil.
Os dados são do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV Social). Os cálculos foram realizados a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C), divulgados na sexta-feira (19), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os primeiros números citados são de 1976, segundo Neri. “Se retroagir essa série, desde 1976, é a menor taxa de pobreza”, afirma.
Esses dados foram o reflexo do desgoverno anterior, que colocou o Brasil novamente no Mapa da Fome, em 2023, 16,9 milhões de brasileiros e brasileiras (8,3% da população do país) estavam abaixo da linha de extrema pobreza. Em 2022, 9,6% da população vivia em condições extremas de miséria. O país chegou a registrar 33 milhões de pessoas em situação de fome na gestão bolsonarista.
No governo Lula, além do aumento real do salário mínimo, houve crescimento no número de benefícios por meio de programas sociais como o novo Bolsa Família, que elevou a qualidade de vida das famílias brasileiras.
Efeito Lula: economia aquecida faz varejo bater recorde em fevereiro
As vendas no varejo bateram recorde em fevereiro, números que atestam a retomada da economia brasileira. A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), confeccionada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela um aumento de 1% em relação a janeiro desse ano, valor mais alto desde o início da série histórica, em 2000. Se comparada a fevereiro de 2023, a expansão supera 8%.
De acordo com o IBGE, o avanço de 8,2% nas vendas do varejo em fevereiro, frente o mesmo mês de 2023, é o índice mais acentuado em 10 anos. Especialistas explicam que o setor tende a se beneficiar, em 2024, de fatores econômicos favoráveis, como a inflação em queda, a redução da taxa Selic e o aumento real da renda e das oportunidades de emprego.
No varejo ampliado, que abrange o setor de veículos e de material de construção, além do atacado alimentício, o resultado foi ainda melhor. A expansão das vendas atingiu 9,7% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, e 1,2% ante o mês de janeiro de 2024. Trata-se da maior alta dos últimos 13 anos.
Em seu artigo de hoje na Folha, Ruy Castro define com rara precisão, a maior ameaça à democracia e à liberdade das últimas décadas, o neofascismo cibernético.
Minha Casa Minha Vida: mais 112 mil moradias para beneficiar 440 mil pessoas
Com investimentos de R$ 11,6 bilhões, o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) Rural e Entidades, vai reduzir o déficit habitacional, e oferecer mais dignidade às famílias residentes em áreas rurais, com prioridade para comunidades tradicionais, remanescentes de quilombos e povos indígenas, famílias chefiadas por mulheres, em situação de rua, em situação de vulnerabilidade ou risco social, num total de 112 mil moradias e 440 mil pessoas beneficiadas.
A modalidade rural será contemplada com 75 mil habitações, 150% a mais do que a meta inicial devido à alta demanda e à meta de 2 milhões de novas contratações até 2026.
Outras 37 mil unidades serão destinadas para a modalidade entidades, que envolve famílias que se organizam por meio de entidades privadas sem fins lucrativos para construir as moradias. Esta categoria teve 131% de casas a mais do que a meta prevista inicialmente.
Famílias que recebem o Bolsa Família ou o Benefício de Prestação Continuada (BPC) não pagarão as parcelas do programa, e também aquelas em situação de emergência ou calamidade.
O BILIONÁRIO INFELIZ
DYLVARDO SULIANO EM 10/04/2024
O Elon Musk é um infeliz
Um bilionário qualquer
Parece nunca sentiu afeto
Ou mesmo carinho sequer
Por isso que fala bobagem
Pra assim tirar vantagem
E ganhar o quanto quiser.
Governo Lula anuncia ampliação de investimentos na Saúde Básica
Desde que assumiu o Ministério da Saúde (MS), em 2023, a ministra Nísia Trindade se deparou com a tarefa de reconstruir a rede do Sistema Único de Saúde (SUS), missão que lhe foi entregue pelo Presidente Lula. Nesse sentido, Nísia apresentou, nesta segunda-feira (8), durante coletiva temática, novas medidas a serem tomadas pela pasta visando a melhoria da saúde e da qualidade de vida de brasileiras e brasileiros. Em balanço sobre tudo que foi feito até agora, a ministra explicou que nada poderia ter sido concretizado, sem a chamada PEC da Transição, tampouco, sem que tivessem sido retomadas políticas extintas pelo desgoverno anterior.
Entre as medidas anunciadas pela ministra, estão novos aportes em Unidades Básicas de Saúde e no programa Saúde da Família, o fortalecimento do Mais Acesso a Especialistas e do Meu SUS Digital, e a integração entre todos eles. As políticas, de acordo com Nísia, são possíveis hoje graças à retomada, à inovação e à ampliação do Farmácia Popular, do Mais Médicos, das políticas para a saúde indígena, do Brasil Sorridente, do SAMU Para Todos, do apoio à rede de atenção psicossocial, além do reforço no programa Saúde da Mulher e da redução das filas de cirurgias eletivas.
Governo Lula retira 20 milhões de brasileiros de quadro de insegurança alimentar
O Presidente Lula assumiu o compromisso de acabar com a fome até o final de seu mandato. Os dados da recente pesquisa do Instituto Fome Zero (IFZ) mostram, que as ações implementadas pelo governo federal, desde janeiro de 2023, apontam para o êxito da promessa do presidente.
Aumento real do salário mínimo, recomposição do Bolsa Família, que passou para R$ 600 mais R$ 150 por criança até 6 anos, e a desaceleração dos preços dos alimentos, tiraram 20 milhões de brasileiros de um quadro de insegurança alimentar moderada ou grave.
A queda de 65 milhões para 45 milhões de pessoas se deu na comparação do quarto trimestre de 2022 e o mesmo período de 2023, conforme estudo do IFZ. O aumento real, acima da inflação, da massa salarial em 11,7%, foi o maior desde o Plano Real, segundo cálculos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O levantamento do IFZ indica ainda redução de 28 milhões para 20 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar grave.
Com Lula e Dilma, o Brasil havia saído do Mapa da Fome em 2014, mas vergonhosamente voltou em 2022 com o sucateamento das políticas públicas a partir do golpe na presidenta Dilma em 2016, culminando com o desgoverno anterior.
Lembrar para não esquecer: a democracia defende “golpe nunca mais”
Há 60 anos, tinha início o golpe que levou o Brasil às duas décadas mais tristes e sombrias de sua História. Manter viva a memória desse período enfrentado pelo país, se torna ainda mais fundamental, no momento em que um ex-presidente acusado de comandar um novo e frustrado golpe de Estado, desafia as leis nacionais e mesmo internacionais. Para ele e todos os outros que atentaram contra a democracia brasileira, a democracia exige punição exemplar pelos crimes cometidos.
A democracia é um processo contínuo, presente no fortalecimento das instituições, na soberania do voto, no avanço da participação popular e das diversas manifestações políticas, culturais e sociais, no respeito aos direitos humanos.
Pela memória de quem nunca se calou para nos dar voz e vida.
Democracia sempre! Ditadura, nunca mais!
Programa do Governo Lula: Pé-de-Meia inicia pagamento de incentivos a estudantes do ensino médio da rede pública
O Pé-de-Meia, política do governo federal voltada à redução da evasão escolar no ensino médio, deu um passo importante, durante encontro do presidente Lula e do ministro da Educação, Camilo Santana, com estudantes de escolas públicas de todo o país, no Palácio do Planalto. Na ocasião, foi anunciado o início do pagamento do primeiro incentivo financeiro-educacional do programa.
O Pé-de-Meia é voltado a alunos carentes do ensino médio e busca evitar que eles deixem a escola para trabalhar e ajudar no sustento das famílias. Segundo foi anunciado, a parcela única de R$ 200, referente à matrícula, será paga a partir desta terça-feira (26/03), conforme o mês de nascimento dos estudantes.
Até 7 de abril, serão feitos os depósitos do incentivo para quem estiver matriculado em alguma série do ensino médio público, e com as informações consolidadas e enviadas pelas redes de ensino até 8 de março, no Sistema Gestão Presente (SGP). Ao todo, 2,44 milhões de alunos serão beneficiados.
Durante o evento, Lula fez a entrega dos cartões da Caixa aos alunos presentes e classificou como “muito grave” os dados do Censo Escolar 2023 segundo os quais 480 mil estudantes abandonaram o ensino médio no ano passado.
Violência política contra a mulher é crime e exige das autoridades o urgente cumprimento da lei
A violência política contra as mulheres, uma das heranças nefastas do bolsonarismo, atingiu 187 vítimas nos últimos dois anos, incluindo várias companheiras do PT. Foram 78 episódios em 2023 e 109 em 2022, segundo o Observatório da Violência Política e Eleitoral (OVPE), do Grupo de Investigação Eleitoral da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (GIEL/UNIRIO).
Esse tipo de crime, que se multiplica também em 2024, exige das autoridades o urgente cumprimento da Lei 14.192, de 4 de agosto de 2021, que estabelece normas para prevenir, reprimir e combater a violência política contra a mulher.
Conforme o Artigo 3º da lei, “considera-se violência política contra a mulher toda ação, conduta ou omissão com a finalidade de impedir, obstaculizar ou restringir os direitos políticos da mulher”, bem como “qualquer distinção, exclusão ou restrição no reconhecimento, gozo ou exercício de seus direitos e de suas liberdades políticas fundamentais, em virtude do sexo”.
Já o Artigo 326-B define as penas para quem “assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar, por qualquer meio, candidata a cargo eletivo ou detentora de mandato eletivo, utilizando-se de menosprezo ou discriminação à condição de mulher ou à sua cor, raça ou etnia, com a finalidade de impedir ou de dificultar a sua campanha eleitoral ou o desempenho de seu mandato eletivo”.
Esse crime é punido com pena de prisão de 1 a 4 anos, além de multa. A pena será aumentada em 1/3 se o crime é cometido contra mulher gestante, maior de 60 anos ou com deficiência.
Além disso, a pena será aumentada em 1/3 (um terço) até metade se qualquer dos crimes é cometido nas seguintes circunstâncias: “com menosprezo ou discriminação à condição de mulher ou à sua cor, raça ou etnia” ou “por meio da internet ou de rede social ou com transmissão em tempo real”.
Seis anos sem Marielle e Anderson, vítimas de um crime que chocou a democracia
Este é mais um 14 de março em que o Brasil segue com as mesmas perguntas de 2018: quem mandou matar Marielle Franco? Por quê? Sob qual motivação? São seis anos sem respostas de um crime que chocou o mundo e abalou a democracia brasileira.
A vereadora Marielle Franco e Anderson Gomes, seu motorista, foram assassinados de maneira brutal e covarde, em uma noite quente do verão carioca. A vereadora voltava para casa após participar de um evento no bairro carioca da Lapa. Naquele ano, Marielle seria anunciada candidata ao Senado pelo Rio de Janeiro pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). De lá para cá se passaram 2.191 dias onde um pouco se avançou nas motivações de um crime bárbaro, e onde muitas dúvidas ainda cercam o caso.
Para a secretária nacional de mulheres do PT, Anne Moura, são seis anos de revolta e ainda sem respostas: “A voz de Marielle Franco ainda ecoa em todos os cantos do país, sua ausência é profundamente sentida, e sua história continua inspirando uma geração a lutar contra a injustiça e a desigualdade. Enquanto seguimos buscando por justiça, Marielle vive em nossos corações, e em nossa luta diária por um Brasil mais justo e igualitário.”
Governo Lula: 13 milhões deixaram de passar fome no Brasil em 2023, diz pesquisa
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Fome Zero (IFZ), encomendada pelo Ministério Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, aponta que 13 milhões de pessoas deixaram de passar fome no Brasil, e 20 milhões de pessoas deixaram de sofrer de insegurança alimentar moderada, em 2023. O resultado, de acordo com o MDS, representa uma redução de 30% da insegurança alimentar total (grave + moderada) no país.
Quando se considera somente o grupo de pessoas com insegurança alimentar grave, a queda foi ainda maior de quase 40%: de 33 milhões de pessoas que passavam fome no primeiro trimestre de 2022, último ano do desgoverno anterior, o número passou para 20 milhões no quarto trimestre de 2023.
“O governo federal está trabalhando para tirar o Brasil do Mapa da Fome mais uma vez”, reafirmou o Presidente Lula, ao anunciar a boa notícia em postagem na rede social X.
O estudo estimou o impacto do aumento do salário-mínimo e dos repasses do Programa Bolsa Família sobre a população brasileira no primeiro ano do governo Lula, comparando microdados da PNAD (Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar) do primeiro trimestre de 2022 com os do último trimestre de 2023.
Conquista histórica: Lula assina projeto que regulamenta o trabalho por aplicativo
Em uma conquista histórica para a classe trabalhadora, o Presidente Lula assinou, nesta segunda-feira (4), no Palácio do Planalto, a proposta de Projeto de Lei Complementar (PLC), que busca garantir direitos mínimos para motoristas de aplicativos, por meio da criação de mecanismos previdenciários, e a melhoria das condições de trabalho, a partir de quatro eixos: segurança e saúde, remuneração, previdência e transparência.
O PLC é resultado de acordo no Grupo de Trabalho Tripartite, criado em maio de 2023, e coordenado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com a participação de representantes dos trabalhadores, das empresas e do governo federal. Teve acompanhamento da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Ministério Público do Trabalho (MPT), entre outros agentes.
Conforme o projeto, o “trabalhador autônomo por plataforma”, nome para fins trabalhistas da nova categoria, receberá R$ 32,09 por hora de trabalho, e remuneração de, ao menos, um salário-mínimo (R$ 1.412), e contribuição de 7,5% ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O período máximo de conexão do trabalhador a uma mesma plataforma, não poderá ultrapassar 12 horas diárias. Para receber o piso nacional, o trabalhador deve realizar uma jornada de 8 horas diárias efetivamente trabalhada.
Dia D: governo Lula promove mobilização nacional contra dengue neste sábado (2 de março)
“Dia D contra a dengue! Faço um chamamento a toda a sociedade para uma grande mobilização nacional neste sábado, 2 de março. Vamos reservar nossos 10 minutos contra a dengue para prevenir e eliminar os focos do mosquito, um momento de atenção dos governos e de todos nós”, convocou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
Nísia referiu-se à ação nacional encampada pelo governo Lula, com a participação de estados e municípios, para combater a dengue em todo o país. O chamado Dia D é resultado de uma portaria do Ministério da Saúde (MS), publicada na terça-feira (27), que autorizou o repasse de verbas para reforçar as ações contra a dengue.
Pioneiro na vacinação contra a dengue, o Brasil iniciou neste mês de fevereiro, a imunização de crianças de 10 e 11 anos. Até o final do ano, a campanha será ampliada para adolescentes de 12, 13 e 14 anos residentes nas 521 cidades escolhidas. A seleção das cidades pelo MS é baseada na alta incidência da dengue tipo 2 (Sorotipo 2), que causa formas mais graves da doença.
Os lotes iniciais da vacina foram direcionados para áreas de maior risco, devido às limitações na produção e oferta do imunizante, desenvolvido pelo laboratório Takeda. Com a entrega de mais doses, a vacinação será estendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Com governo Lula, desmatamento na Amazônia cai 60% em janeiro de 2024
O Brasil encerrou janeiro de 2024, com o décimo mês consecutivo, com registro de queda de desmatamento na Amazônia. Os dados são do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Segundo o monitoramento, nesse período, a queda foi de 60%, ficando em 79 quilômetros quadrados, ante 198 km2 de janeiro de 2023.
No Twitter, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, comemorou o resultado conquistado a partir das ações do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a preservação do meio ambiente.
“Com presidente Lula, desmatamento na Amazônia cai pelo décimo mês consecutivo e alcança índice 60% menor que em janeiro de 2023. Continuamos rumo ao desmatamento zero”, publicou Pimenta. A meta do governo federal é chegar a essa marca até 2030.
A Amazônia Legal compreende nove estados brasileiros, sendo Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, na região Norte, Mato Grosso (Centro-Oeste) e Maranhão (Nordeste). Destes cinco registraram queda do desmatamento (Mato Grosso, Pará, Rondônia, Amazonas e Maranhão.
Governo Lula paga Auxílio Gás a partir desta sexta-feira (16/02)
O governo federal pagará a partir desta sexta-feira, 16, até dia 29 de fevereiro, o Auxílio Gás no valor de R$ 102,00 por família. Moradores de cidades em situação de emergência podem pedir a antecipação do benefício, como acontece com o Bolsa Família.
O calendário de pagamento é de acordo com o NIS, número impresso no cartão do programa Bolsa Família. Cartões de final 1 podem receber o benefício nesta sexta-feira, final 2 na segunda, 19; final 3 na terça, 20, e assim sucessivamente nos dias úteis até dia 29, data do pagamento dos cartões com final zero.
O pagamento do Auxílio Gás é bimestral, tem o mesmo calendário do Bolsa Família e é direcionado para as famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), com renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio salário-mínimo. O valor é definido fixado de acordo com o preço de referência divulgado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O governo não considera o valor do Auxílio Gás para fazer o cálculo do limite da renda familiar mensal. Por isso, a inclusão das famílias no programa não interfere no recebimento do Bolsa Família.
Governo Lula retoma contratações do Minha Casa Minha Vida para quem ganha até R$ 2.640
Após cinco anos sem atendimento pelos Fora Temer e o desgoverno anterior, brasileiros e brasileiras que ganham até R$ 2.640, poderão realizar o sonho da casa própria.
Isso porque o governo Lula retomou as contratações do novo programa Minha Casa Minha Vida para as famílias enquadradas na Faixa 1, que possuem renda mensal de até R$ 2.640.
Uma das mudanças fundamentais nesta retomada, é a isenção total das parcelas para beneficiários do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada, que agora receberão o imóvel sem a necessidade de arcar com qualquer pagamento adicional. Os demais pagam prestação equivalente a 10% por cinco anos.
Esta medida representa um importante passo no combate à pobreza e na promoção da inclusão social, garantindo o direito à moradia para os mais vulneráveis.
A decisão foi formalizada por uma portaria do Ministério das Cidades e estabelece que as famílias contempladas pelo programa habitacional serão avaliadas pela equipe responsável. A isenção das parcelas é permanente, mesmo que os beneficiários deixem de receber o Bolsa Família ou o BPC.
A meta do presidente Lula é contratar 600 mil moradias para o povo brasileiro neste ano em 560 municípios. No compromisso de solucionar o déficit habitacional no país e proporcionar mais qualidade, até 2026, o governo Lula quer contratar 2 milhões de novas unidades pelo Minha Casa Minha Vida.
SUS começa vacinação contra a dengue em fevereiro, para público de 10 a 14 anos
O governo Lula anunciou, na quinta-feira (25), que a vacinação contra a dengue pelo Sistema Único de Saúde (SUS) começará já em fevereiro. Assim, o Brasil se torna o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal.
Na primeira etapa, serão protegidos crianças e adolescentes de 10 a 14 anos que moram em cidades de mais de 100 mil habitantes, com alta transmissão da doença e com maior predominância do sorotipo DENV-2. Ao todo, 521 municípios brasileiros, de 16 estados e do Distrito Federal, preenchem esses critérios.
De acordo com o Ministério da Saúde, a faixa de 10 a 14 anos é a segunda com maior número de hospitalizações por dengue (16,4 mil entre janeiro de 2019 e novembro de 2023). O grupo mais afetado é o de idosos, mas, para eles, a vacina não foi liberada pela Anvisa.
A vacina oferecida pelo SUS é a Qdenga, fabricada pelo laboratório japonês Takeda Pharma. O imunizante pode ser aplicado em pessoas de 4 a 60 anos, que tenham tido ou não a doença, e exige duas doses, com intervalo mínimo de 90 dias (3 meses) entre elas.
A vacina protege contra quatro sorotipos de dengue. Ela utiliza a tecnologia de vírus atenuado, em que a vacina traz o vírus modificado de forma a estimular o organismo a produzir anticorpos contra a doença. No esquema de duas doses com intervalo de 90 dias, a vacina teve eficácia de 80,2%, com período de proteção de 12 meses após o recebimento da segunda aplicação.
Além dessas, o Ministério da Saúde adquiriu o quantitativo total disponível pelo fabricante para 2024: 5,2 milhões de doses. Dessa forma, o Brasil poderá imunizar, até o fim deste ano, mais de 3,2 milhões de pessoas. Para 2025, a pasta já contratou 9 milhões de doses.
Farmácia Popular começa a distribuir gratuitamente absorventes
Meninas e mulheres de baixa renda, já podem retirar gratuitamente absorventes, em uma das 31 mil drogarias credenciadas no programa Farmácia Popular. A iniciativa integra a Política de Dignidade Menstrual, sancionada pelo governo Lula em 8 de março do ano passado, no Dia Internacional das Mulheres.
Segundo o Ministério da Saúde, a oferta é direcionada a grupos que vivem abaixo da linha da pobreza e estão matriculados em escolas públicas, ou estão em situação de rua ou em vulnerabilidade extrema. A população recolhida em unidades do sistema prisional, também será contemplada. De acordo com a pasta, o público-alvo do programa abrange 24 milhões de pessoas.
A medida representa uma importante vitória para todas as mulheres e pessoas com útero, tendo em vista que o desgoverno anterior, vetou a distribuição gratuita dos itens de higiene, sob a alegação de que “os absorventes higiênicos não se enquadram nos insumos padronizados pelo SUS, portanto, não se encontravam na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais, além disso, a medida não se adequaria ao princípio da universalidade, da integralidade e da equidade no acesso à saúde do SUS”.
Podem receber absorventes brasileiras ou estrangeiras que vivem no Brasil, com idade entre 10 e 49 anos, inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), e que contam com renda familiar mensal de até R$ 218 por pessoa. Segundo a Agência Brasil, estudantes das instituições públicas de ensino também devem estar no CadÚnico, mas, neste caso, a renda familiar mensal por pessoa vai até meio salário mínimo (R$ 706). Para pessoas em situação de rua, não há limite de renda.
Com Governo Lula, inflação de alimentos é a mais baixa dos últimos seis anos
Entre as várias promessas que que o Presidente Lula cumpriu em seu primeiro ano de mandato, uma das mais importantes para as famílias brasileiras foi, sem dúvida, a queda no preço dos alimentos. E não faltam dados que comprovem isso.
Depois de o Dieese mostrar que, em 2023, o preço da cesta básica caiu em 15 das 17 capitais monitoradas pela entidade, o IBGE mostrou, na quinta-feira (11), que o ano passado teve a menor inflação de alimentos dos últimos seis anos.
Segundo o instituto, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) fechou 2023 em 4,65%, dentro da meta estabelecida pelo Banco Central, após dois anos de estouro. Porém, quando se observa apenas o grupo Alimentação e bebidas, o resultado é ainda melhor.
No ano passado, esse grupo de produtos teve uma inflação de apenas 1,03%. Segundo o IBGE, o resultado se deve especialmente à deflação observada na categoria Alimentação em domicílio, que teve queda de 0,52% no ano, graças a itens como óleo de soja (cujo preço caiu 28%), frango em pedaços (-10,12%) e carnes (-9,37%).
Presidente Lula: “Brasileiros e brasileiras disseram um eloquente não ao fascismo”
O Presidente Lula participou, nesta segunda-feira (8), no Congresso Nacional, do ato Democracia Inabalada, ao lado dos chefes do Legislativo e do Judiciário. O evento marcou um ano da ação dos terroristas que, em 8 de janeiro de 2023, invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes, para viabilizar o golpe militar tramado por Jair Bolsonaro e seu grupo criminoso. No discurso, o presidente destacou a vitória do Brasil sobre o fascismo, mas cobrou punição exemplar para os responsáveis pelos ataques às instituições.
“Quero, em primeiro lugar, saudar todos os brasileiros e as brasileiras, que se colocaram acima das divergências, para dizer um eloquente não ao fascismo. Porque somente na democracia, as divergências podem coexistir em paz”, disse Lula, ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin e dos presidentes do Congresso, Rodrigo Pacheco, e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, além de outras autoridades.
O presidente também fez uma saudação especial aos ministros do governo, governadores e magistrados que, no dia seguinte à tentativa de golpe, caminharam com ele do Palácio do Planalto ao STF em uma manifestação em defesa da democracia. “Nunca uma caminhada tão curta teve alcance histórico tão grande”, enfatizou.