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TEMOS A ARTE PARA NÃO MORRER DA VERDADE.

  • Foto do escritor: Dylvardo Costa Lima
    Dylvardo Costa Lima
  • 6 de ago. de 2020
  • 44 min de leitura

Atualizado: 20 de ago. de 2021


FILME: A VOZ SUPREMA DO BLUES

Chadwick Bosemane Viola Davis


''A voz suprema do blues'' narra um episódio real com uma estrela do blues dos anos 20 nos EUA, Ma Rainey, e um trumpetista revoltado pela tragédia do racismo.

O filme conta a tensão do embate da artista com o seu agente e com o produtor, ambos brancos, pelo controle artístico e comercial da sua música. Enquanto isto, Levee o trumpetista, um jovem negro com sua alma quebrada e dilacerada pela raiva e pelo trauma sofrido na infância, recusa-se a suavizar o seu destino.


O tema é um dos assuntos mais inquietantes colocados atualmente em discussão na pauta da vida cotidiana, não apenas da população norte-americana, mas também em todos os ambientes onde a entranhada estrutura do racismo nunca deixou de existir.

Filme simplesmente imperdível. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)


Música: Dandy

Belchior


Mamãe quando eu crescer Eu quero ser artista Sucesso, grana e fama São o meu tesão Entre os bárbaros da feira Ser um reles conformista Nenhum supermercado Satisfaz meu coração


Mamãe quando eu crescer Eu quero ser rebelde Se conseguir licença Do meu broto e do patrão Um Gandhi Dandy, um grande Milionário socialista De carrão chego mais rápido a revolução


Ahhhh Quanto rock dando toque tanto Blues E eu de óculos escuros Vendo a vida e mundo azul


Ahhhh Quanto rock dando toque tanto Blues E eu de óculos escuros Vendo a vida e mundo azul

Mamãe quando eu crescer Eu quero ser adolescente No planeta juventude Haverá vida inteligente Plantar livro, escrever árvores Criar um filho feliz Oportuno pra fazer de novo Tudo o que eu já fiz


Ahhhh Quanto rock dando toque tanto Blues E eu de óculos escuros Vendo a vida e mundo azul



E se estiver acompanhado de um bom vinho, tanto melhor...

Filme: Coringa (Joker)

Atuação magistral de Joaquin Phoenix


O filme “Coringa”, traz as marcas de uma Gotham tomada pela solidão promovida pelo individualismo e cercada pela extrema desigualdade social, além de profunda crise política e moral. Coringa revela de forma contundente como o processo civilizador, desagua em uma sociedade anômica, na qual o vizinho ao lado não sabe mais sobre você, além do que o número sobre a porta do apartamento. Uma sociedade formada, portanto, por indivíduos incapazes de se comunicar e partilhar experiências, dores e expectativas entre si, mas que, em contrapartida, é eficiente em produzir conteúdo em larga escala voltado para a autoimagem, com todo teor narcisista e individualista que a envolve. Essa situação se aprofunda ao se instaurar uma ideologia, ligada ao capital, na qual há um grupo seleto de pessoas bem, sucedidas, supostamente independentes e ricas porque mereceram, que contrasta com a grande massa de pessoas que foram incapazes e preguiçosas demais para “vencerem” na vida. Filme bastante questionador. Imperdível. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)

Salve Ednardo.. vida longa ao poeta..👏👏👏


Vida longa ao poeta Ednardo

Que pelas Longarinas da vida

Indo das Ingazeiras à Beira Mar

Fez boa arte que ninguém duvida

Do seu Pavão soltou um Berro

Dando um pau no Cavalo Ferro

E fez nossa vida mais comovida.

Filme: Estado de Sítio

Costa-Gavras


“Estado de Sítio” nos dá parâmetros próximos da realidade, de como as ditaduras implantadas na América Latina agiam, ao mesmo tempo, como era a reação de grupos que lutavam pela retomada do Estado Democrático. Ainda que uma situação transcorrida no Uruguai, “Estado de Sítio”, é uma síntese perfeita desse período de instalação da ditadura em diversos países da América Latina, seus desdobramentos, consequências e as reações de oposição ao sistema que suprimia os direitos e tentava controlar o povo. Imperdível (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)

Música: Tanto Mar

Chico Buarque


Foi bonita a festa, pá Fiquei contente Ainda guardo renitente Um velho cravo para mim

Já murcharam tua festa, pá Mas certamente Esqueceram uma semente Em algum canto de jardim


Sei que há léguas a nos separar Tanto mar, tanto mar Sei também quanto é preciso, pá Navegar, navegar

Canta a primavera, pá Cá estou carente Manda novamente Algum cheirinho de alecrim


Canta a primavera, pá Cá estou carente Manda novamente Algum cheirinho de alecrim



Livro: Pasajes de La Guerra Revolucionaria

Ernesto Che Guevara


Texto emblemático na obra escrita de Che, que se tornou um de seus livros clássicos ao narrar, por meio de crônicas de estilo muito próprio, passagens do feito libertário cubano. Sua primeira edição foi revisada e encomendada pelo próprio Che, além de ser publicada em todo o mundo como um livro essencial para se conhecer a história da Revolução Cubana. (Obs: tenho uma edição em espanhol comprada em Cuba)

Filme: Lazzaro Felice

Alice Rohrwacwer


Acompanhar a trajetória de Lazzaro é como ser testemunha ocular da história de um santo no mundo moderno. O rapaz vive em uma fazenda de tabaco em Inviolata, com outros empregados que trabalham para Alfonsina de Luna, também conhecida como a “Rainha dos Cigarros”, grande industrial que vive uma vida de luxo em meio à miséria de seus trabalhadores. Após um grave acidente, Lazzaro e todos os outros empregados seguem para a cidade, dando continuidade a um ciclo diferente de sofrimento e desamparo. Excelente. (ꙪꙪꙪꙪ/5)

Poeta e visionário Belchior


Versos de Belchior tirados da canção “Sujeito de Sorte” de 1976, caíram como uma luva para os dias de hoje em 2021


O cantor e compositor cearense, Antônio Carlos Gomes Moreira Belchior Fontenelle Fernandes, mais conhecido por todos como Belchior, nos deixou em abril de 2017, mas nunca foi esquecido. Curiosamente, na virada deste fatídico ano de 2020 para 2021, um verso seu foi parar entre os assuntos mais comentados do Twitter:


“Ano passado eu morri, mas este ano eu não morro”, da canção “Sujeito de Sorte”.


A música faz parte de um de seus álbuns mais conhecidos, o lendário “Alucinação”, que traz alguns de seus maiores sucessos, entre eles a faixa título “Alucinação”, “A Palo Seco”, “Apenas um Rapaz Latino Americano” e as duas que, na voz de Elis Regina, se transformaram em ícones da nossa canção: “Velha Roupa Colorida” e, sobretudo, “Como Nossos Pais”.


“Sujeito de Sorte” nunca foi um grande destaque do seu repertório.


A canção ressurge em meio à pandemia do Coronavírus que devastou o planeta e matou milhões de pessoas.


Seus versos, que passaram quase despercebidos na época de seu lançamento, parecem feito sob encomenda para os dias de hoje:


Presentemente eu posso me considerar um sujeito de sorte Porque apesar de muito moço me sinto são e salvo e forte E tenho comigo pensado Deus é brasileiro e anda do meu lado E assim já não posso sofrer no ano passado Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro


Como todo grande artista, um tanto profeta do seu tempo, Belchior continua, 50 anos depois do seu surgimento em nossa música e quase quatro após nos deixar, a nos traduzir com a sua poesia e sua canção inconfundível e direta.


O verso irônico de “Sujeito de Sorte” – “Ano passado eu morri, mas este ano eu não morro” – nos devolve a dimensão da resistência e do novo tempo que ressurge neste primeiro dia de um ano, no mínimo, duvidoso.


O gigante Belchior me ensinou que a felicidade é uma arma quente.

Por Nathalí Macedo


Belchior foi o meu primeiro contato com a poesia da vida real, quando meu pai ouvia o vinil de “Coração Selvagem” em manhãs de domingo tão melancólicas quanto esta e eu me deixava fisgar, sem nenhuma relutância, pelos versos que de tão autênticos me pareciam epifanias, embora eu ainda não soubesse que se chamavam epifanias.


Quando me disseram que era estranho que uma criança gostasse de Belchior “porque é cafona”, entendi: São cafonas os mais sensíveis. E comecei um romance eterno – ainda que na divina comédia humana nada seja eterno – com a cafonice. E com Belchior.


Nessa época eu ainda não sabia que o “cantor cafona” fabricado pela indústria fonográfica era, na verdade, um gênio. Não era ainda capaz de captar seu apelo em nos chamar para a realidade – em chamar a própria arte para a realidade -, ainda não percebera que o seu engajamento político não se deixara engolir pela famigerada indústria cultural, mesmo porque não sabia ao certo o que eram engajamento político e indústria cultural, mas sabia, sensitivamente: falávamos o mesmo dialeto.


O dialeto da alma.


Cresci. E o tempo, você sabe, “andou mexendo com a gente”, mas Belchior continuou me compreendendo em todos os anos da minha vida desde então (costumava pensar, sem certeza, que a arte existe para nos compreender).


Me compreendeu quando não estive – quase nunca estou – interessada em nenhuma tiuria. Me abraçou nos dias em que estive cansada do peso da minha cabeça. E nos dias de apatia, me disse que a felicidade é uma arma quente.

Então, mesmo sem alma infantil, eu continuo entendendo sensitivamente – como tem que ser – a poesia de Belchior.


A diferença é que agora eu já consigo alcançar – ainda que nem de longe satisfatoriamente – a magnitude de sua importância para a música brasileira, o modo fascinante como ele ajudou a construí-la, a relação pura e bonita que manteve com a arte.


Posso me deixar acolher pela “emoção democrática de quem canta no chuveiro e faz arte pela arte sem cansar a sua beleza”.


Belchior foi um provocador, daqueles dos quais um país como o Brasil necessita. A humanidade, eu diria, necessita. Questionou o capitalismo e, mais do que isso, o trabalho alienado como ladrão de subjetividades muito mais eficientemente que muito cientista político que conheço.


Antes de poética, a música de Belchior é filosófica, porque toca em algumas das mais profundas questões humanas – a política, o trabalho, o tempo, o amor – com a esperança lúcida dos artistas maduros a as canções de arranjos simples, “falando fácil, muito fácil, claramente”, para ser de fato democráticas, para que todo mundo entenda – até mesmo uma criança de 8 anos.

Belchior, que me abraçou como criança, agora me abraça como artista, como mulher e como pessoa que politiza sua condição, porque a arte, agora penso, não existe apenas para nos compreender – e talvez seja mesmo, para além disso, um dos atos mais políticos de nossa existência.


Então quando Nietzsche escreve que “a arte existe para não morrermos com a verdade”, não me ocorre qualquer constrangimento em discordar, porque “a minha alucinação é suportar o dia-a-dia, e o meu delírio é experiência com coisas reais.”


E mesmo compreendendo a arte política de Belchior como imortal, hoje o dia teima em ser triste porque perdemos a chance de ver e ouvir tudo o que ele ainda poderia fazer. Porque o Brasil ainda necessita de artistas como ele.


Mas ele fez tanto por mim que tudo o que consigo, com lágrimas nos olhos, é lhe agradecer em silêncio.


“Não sou feliz, mas não sou muda. Hoje eu canto muito mais”.

Música: Comfortably Numb

Roger Waters

Hello

Is there anybody in there?

Just nod if you can hear me

Is there anyone at home?

Come on now

I hear you're feeling down

I can ease your pain

And get you on your feet again

Relax

I need some information first

Just the basic facts

Can you show me where it hurts

There is no pain, you are receding

A distant ship smoke on the horizon

You are only coming through in waves

Your lips move

but I can't hear what you're saying

When I was a child I had a fever

My hands felt just like two balloons

Now I've got that feeling once again

I can't explain, you would not understand

This is not how I am

I have become comfortably numb

I have become comfortably numb

Ok

Just a little pin prick

There'll be no more

But you may feel a little sick

Can you stand up?

I do believe it's working, good

That'll keep you going, through the show

Come on it's time to go

There is no pain you are receding

A distant ship smoke on the horizon

You are only coming through in waves

Your lips move

but I can't hear what you're saying

When I was a child

I caught a fleeting glimpse

Out of the corner of my eye

I turned to look but it was gone

I cannot put my finger on it now

The child is grown

The dream is gone

And I have become comfortably numb



Música: Estrada de Santana

Brandão e Fagner


Quem ouviu o passarinho cantar? Ao meio dia no silêncio de um lugar Sozinho e sozinho esperou Que a noite trouxesse A esperança de um sonho E a companhia do luar Sabe o tamanho da estrada aqui à frente Desaparece no mato sem fim Sem jamais entender o que alguém perdeu E perdeu e ficou assim Assim eu sei, Felicidade Não posso te encontrar Eu te quero, eu te espero Mas sou eu que não posso voltar Não, não, não como A estrada velha de Santana Não não não passa O cemitério do Alecrim Cada braço do riacho engana Traz na água uma cantiga assim Quem ouviu o passarinho cantar? E a companhia do luar Assim eu sei, Felicidade Não posso te encontrar Eu te quero, eu te espero Mas sou eu que não posso voltar


Filme: Dona Flor e seus dois maridos

Jorge Amado


Durante o carnaval de 1943 na Bahia, Vadinho, um mulherengo e jogador inveterado, morre repentinamente. Sua mulher, Dona Flor, fica inconsolável, pois, apesar de ter vários defeitos, ele era um excelente amante. Algum tempo depois, ela se casa com Teodoro Madureira, um farmacêutico que é o oposto do primeiro marido. Juntos, eles têm uma vida estável e tranquila, mas tediosa, até o dia em que o fantasma de Vadinho aparece na cama de Dona Flor. “Estado de Sítio” nos dá parâmetros próximos da realidade, de como as ditaduras implantadas na América Latina agiam, ao mesmo tempo, como era a reação de grupos que lutavam pela retomada do Estado Democrático.

Ainda que uma situação transcorrida no Uruguai, “Estado de Sítio”, é uma síntese perfeita desse período de instalação da ditadura em diversos países da América Latina, seus desdobramentos, consequências e as reações de oposição ao sistema que suprimia os direitos e tentava controlar o povo. Imperdível (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)



Livro: 1968 O ano que não terminou

Zuenir Ventura


O famoso Maio de 1968 começou com dois meses de antecedência no Brasil. Mais precisamente em 28 de março, quando a PM invadiu o restaurante estudantil Calabouço, no centro do Rio de Janeiro, e matou Edson Luis Lima Souto, de 18 anos, com um tiro à queima-roupa no peito. A reação da sociedade civil à truculência da ditadura militar, no enterro acompanhado por 50 mil pessoas e na famosa Passeata dos Cem Mil, realizada em junho, estabeleceu a rota de colisão que culminaria com a decretação do nefando Ato Institucional nº 5 no dia 13 de dezembro daquele ano tornado mitológico.


Música: Asa Branca Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira Quando olhei a terra ardendo Igual fogueira de São João Eu perguntei a Deus do céu, ai Por que tamanha judiação Eu perguntei a Deus do céu, ai Por que tamanha judiação?

Que braseiro, que fornalha Nem um pé de plantação Por falta d'água perdi meu gado Morreu de sede meu alazão Por farta d'água perdi meu gado Morreu de sede meu alazão Inté mesmo a asa branca Bateu asas do sertão

Entonce eu disse, adeus Rosinha Guarda contigo meu coração Entonce eu disse, adeus Rosinha Guarda contigo meu coração

Hoje longe, muitas léguas Numa triste solidão Espero a chuva cair de novo Pra mim voltar pro meu sertão Espero a chuva cair de novo Pra mim voltar pro meu sertão

Quando o verde dos teus olhos Se espalhar na plantação Eu te asseguro não chore não, viu Que eu voltarei, viu Meu coração Eu te asseguro não chore não, viu Que eu voltarei, viu Meu coração



Filme: O Poço

Zorion Eguileor


Exibido pela plataforma Netflix, O Poço conta a história de um lugar misterioso, uma prisão indescritível, um buraco profundo. Dois reclusos que vivem em cada nível. Um número desconhecido de níveis. Uma plataforma descendente contendo comida para todos eles. Uma luta desumana pela sobrevivência, mas também uma oportunidade de solidariedade. Nem tudo em O Poço é óbvio, mas a metáfora parece ser: é um filme sobre a questão de classes e a solidariedade como solução, onde os de cima são os de cima e os de baixo são os de baixo. A obviedade vai além da tautologia: é cada um por si, quem está em cima usufrui dos seus privilégios, quem está embaixo faz escolhas ligadas à sua sobrevivência. Cinema de arte. Imperdível. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)

Por volta das 22h, do dia 08 de dezembro de 1980, John Lennon foi assassinado com quatro tiros nas costas, na portaria do edifício Dakota, em Nova York, onde morava, por um ignóbil chamado Mark Chapman!


Cantor, guitarrista, compositor, escritor e ativista britânico, John Lennon foi um dos fundadores da revolucionária banda The Beatles, em que juntamente com Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr, promoveu uma autêntica revolução na música, na cultura e na maneira das pessoas se comportarem pelo mundo todo!


Antes sofrera profundas influências musicais de nomes como Elvis Presley, Chuck Berry, Fats Domino e Buddy Holly!


John Lennon tinha uma forte consciência social e um verdadeiro desejo de mudar o mundo para melhor!


Arrogante, ingênuo, genial, irascível, imprevisível, briguento, engraçado, perseguido, sempre se opondo a qualquer forma de autoridade, John Lennon também era gentil, generoso e às vezes até profundamente sentimental!


Além de John Lennon, então com 40 anos, os tiros mataram a utopia de uma geração que passou anos pregando a paz e o amor!


Morto, John Lennon virou um mito, uma entidade perene que sempre será lembrada por sua sublime arte!


Vida longa à sua arte e às suas ideias revolucionárias.

LIVRO: O HOMEM QUE AMAVA OS CACHORROS

LEONARDO PADURA


O romance de Padura traça a saga da fuga de Trotsky de Stalin por 11 anos; o recrutamento e criação de um assassino na forma do comunista catalão, Ramón Mercader; e a marginalização de Iván Cárdenas Maturell, um romancista cubano que desde cedo aprende os perigos da escrita em sua terra natal. Stalin queria uma matança bárbara "espetacular", não apenas um envenenamento simples, como o que ele ordenou para o filho de Trotsky. Trotsky tinha sobrevivido milagrosamente ao ataque em 1940 liderado pelo muralista louco David Alfaro Siqueiros, mas, em 20 de agosto de 1940, Mercader cravou um machado de gelo na nuca de Trotsky. Leitura obrigatória.


FILME: ERA UMA VEZ NO OESTE

SÉRGIO LEONE


"Era uma vez no Oeste" é um clássico filme do gêmero faroeste, e é centrado em quatro protagonistas: a ex-prostituta Jill McBain (Claudia Cardinale), o bandido Cheyenne (Jason Robards), o pistoleiro de aluguel Frank (Henry Fonda) e um homem misterioso, chamado de Harmonica (Charles Bronson), que sempre traz consigo uma gaita. Os quatro se cruzam quando um barão ferroviário, contrata Frank para afugentar um dono de terras que iriam valorizar consideravelmente com a chegada da ferrovia, e seus filhos. Porém, o pistoleiro decide massacrar a família e depois planta evidências incriminando Cheyenne. Nesse meio tempo, Harmonica aparece e junto com Cheyenne ajudam a mulher a manter sua propriedade. Harmonica tem contas para acertar com Frank e no final do filme o motivo da vingança é revelado num duelo entre os dois. Imperdível. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)

MÚSICA: TRABALIVRE

Os Tribalistas


Um dia minha mãe me disse "Você já é grande, tem que trabalhar" Naquele instante Aproveitei a chance Vi que eu era livre Para me virar

Fiz minha mala Comprei a passagem O tempo passou depressa E eu aqui cheguei Passei por tudo que é dificuldade Me perdi pela cidade Mas já me encontrei

Domingo boto meu pijama Deito lá na cama Para não cansar

Segunda-feira eu já 'to de novo Atolado de trabalho para entregar Na Terça não tem brincadeira Quarta-feira tem serviço para terminar Na Quinta já tem hora extra E na Sexta o expediente termina no bar

Mas tenho o Sábado inteiro Pra mim mesmo Fora do emprego Pra me aprimorar Sou easy Eu não entro em crise Tenho tempo livre Pra me trabalhar

Um dia minha mãe me disse "Você já é grande, tem que trabalhar" Naquele instante Aproveitei a chance Vi que eu era livre Para me virar

Fiz minha mala Comprei a passagem O tempo passou depressa E eu aqui cheguei Passei por tudo que é dificuldade Me perdi pela cidade Mas já me encontrei

Domingo boto meu pijama Deito lá na cama Para não cansar

Segunda-feira eu já 'to de novo Atolado de trabalho para entregar Na Terça não tem brincadeira Quarta-feira tem serviço para terminar Na Quinta já tem hora extra E na Sexta o expediente termina no bar

Mas tenho o Sábado inteiro Pra mim mesmo Fora do emprego Pra me aprimorar Sou easy Eu não entro em crise Tenho tempo livre Pra me trabalhar

Mas tenho o Sábado inteiro Pra mim mesmo Fora do emprego Pra me aprimorar Mas tenho o Sábado inteiro Pra mim mesmo Fora do emprego Para aproveitar

Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Segunda-feira Pra me sustentar

Mas tenho o Sábado inteiro Pra mim mesmo Fora do emprego Para aprimorar

Fora do emprego Para me aprimorar Fora do emprego Pra comemorar Fora do emprego Para aproveitar Fora do emprego Para trabalhar Para me trabalhar



Essa sabe tudo...

Filme: Bacurau

Kleber Mendonça


Os moradores de Bacurau, um pequeno povoado do sertão brasileiro, descobrem que a comunidade não consta mais em qualquer mapa. Aos poucos, eles percebem algo estranho na região: enquanto drones passeiam pelos céus, estrangeiros chegam à cidade. Quando carros são baleados e cadáveres começam a aparecer, os habitantes chegam à conclusão de que estão sendo atacados. Agora, o grupo precisa identificar o inimigo e criar coletivamente um meio de defesa.

O filme é bastante fiel à realidade nacional, contando inclusive com a população local em seu elenco, o que foi essencial para retratar um Brasil cheio de desigualdades, mas sobretudo de resistência popular. Boa pedida. (ꙪꙪꙪ/5)

Musical do Belchior no Teatro João Caetano no Rio em 2018

Música: Solitude

Djavan


Amor em queda

Mesmo tal moeda perde cotação

Um mundo louco, evolui aos poucos

Pela contramão

O erro invade tudo o que é cidade

Cai na imensidão


Guerra vende armas

Mantém cargos, destrói sonhos

Tudo de uma vez

Sensatez não tem vez

Vidas, fardos, meros dados

Incontáveis casos de desamor

Quanta dor, muita dor


Parece tarde falar de amizade

Ver com o coração

E desse jeito, reparar defeito

Estendendo a mão


Guerra vende armas

Mantém cargos, destrói sonhos

Tudo de uma vez

Sensatez não tem vez

Vidas, fardos, meros dados

Incontáveis casos de desamor

Quanta dor, muita dor


Quem é que sabe o quanto lhe cabe

Dessa solitude?

Por isso a hora de fazer é agora

Tome uma atitude.



“A trincheira infinita” da plataforma Netflix começa em 1936. Higino, um partidário do governo, é denunciado por um vizinho partidário de Franco. É conduzido para ser executado, mas consegue fugir. O filme acompanha sua trajetória desde o momento em que ele foge da perseguição dos nacionalistas, no final da Guerra Civil Espanhola e início da ascensão do fascismo, até a declaração da anistia, na transição pós-ditadura; passando por todo o regime franquista, incluindo a Segunda Guerra Mundial.


Enquanto do lado de fora a História e a vida acontecem, o protagonista vive como um fantasma amaldiçoado a permanecer preso às estruturas de uma casa por tempo indeterminado; sempre contando exclusivamente com o apoio da esposa Rosa, seu elo com o mundo. Aos poucos, o tempo e o confinamento desgastam o entusiasmo de Higinio pela vida, pela companheira e pela política e o transformam em alguém desgostoso. Alguém que oscila entre esperança e conformismo. A esperança quase ingênua de um dia poder andar livremente sem estar com o nome numa lista de procurados e o conformismo de pelo menos estar vivo, mesmo que isso signifique passar a vida em um buraco. Imperdível. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)

Música: Perfil de um pequeno cidadão comum

Belchior


Era um cidadão comum como esses que se vê na rua Falava de negócios, ria, via show de mulher nua Vivia o dia e não o sol, a noite e não a lua Acordava sempre cedo, era um passarinho urbano Embarcava no metrô, o nosso metropolitano Era um homem de bons modos "Com licença, foi engano"


Era feito aquela gente honesta, boa e comovida Que caminha para a morte pensando em vencer na vida Era feito aquela gente honesta, boa e comovida Que tem no fim da tarde a sensação Da missão cumprida


Acreditava em Deus e em outras coisas invisíveis Dizia sempre sim aos seus senhores infalíveis Pois é, tendo dinheiro não há coisas impossíveis

Mas o anjo do Senhor, de quem nos fala o Livro Santo Desceu do céu pra uma cerveja, junto dele, no seu canto E a morte o carregou, feito um pacote, no seu manto


Era feito aquela gente honesta, boa e comovida Que caminha para a morte pensando em vencer na vida Era feito aquela gente honesta, boa e comovida Que tem no fim da tarde a sensação Da missão cumprida


Que a terra lhe seja leve



Livro: Eram os Deuses Astronautas?

Erich vön Däniken


Em 'Os Deuses Eram Astronautas', o autor investiga um mistério que fascina a humanidade há milênios: quem, ou o que, eram os deuses descritos em histórias antigas? Von Däniken pesquisou e analisou exaustivamente as grandes religiões do mundo, seus mitos e estruturas de crenças, em um esforço para encontrar uma resposta para essa questão. Sua conclusão extraordinária? Os deuses não eram seres metafísicos nascidos da imaginação hiperativa da humanidade, mas sim extraterrestres que deixaram vestígios de sua presença em toda a Terra.

Filme: Era uma vez na América

Sérgio Leone


O filme conta a história de um grupo de amigos de ascendência judaica que crescem juntos cometendo pequenos crimes nas ruas do Lower East Side, em Nova Iorque. Aos poucos, estes crimes vão assumindo maiores proporções e os amigos se tornam respeitáveis mafiosos. O entrelaçamento de companheirismo, ambição e traição leva a uma reviravolta na história, e, 35 anos depois, o único sobrevivente do grupo volta ao bairro para descobrir o que realmente aconteceu. Imperdível. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)

Música: Disparada

Geraldo Vandré


Prepare o seu coração Prás coisas que eu vou contar Eu venho lá do sertão Eu venho lá do sertão Eu venho lá do sertão E posso não lhe agradar

Aprendi a dizer não Ver a morte sem chorar E a morte, o destino, tudo E a morte, o destino, tudo Estava fora do lugar E eu vivo prá consertar

Na boiada já fui boi, mas um dia me montei Não por um motivo meu Ou de quem comigo houvesse Que qualquer querer tivesse Porém por necessidade Do dono de uma boiada Cujo vaqueiro morreu

Boiadeiro muito tempo Laço firme, braço forte Muito gado e muita gente Pela vida segurei Seguia como num sonho Que boiadeiro, era um rei

Mas o mundo foi rodando Nas patas do meu cavalo E nos sonhos que fui sonhando As visões se clareando As visões se clareando Até que um dia acordei

Então não pude seguir Valente lugar-tenente De dono de gado e gente Porque gado a gente marca Tange, ferra, engorda e mata Mas com gente é diferente

Se você não concordar Não posso me desculpar Não canto prá enganar Vou pegar minha viola Vou deixar você de lado Vou cantar noutro lugar

Na boiada já fui boi Boiadeiro já fui rei Não por mim nem por ninguém Que junto comigo houvesse Que quisesse o que pudesse Por qualquer coisa de seu Por qualquer coisa de seu Querer mais longe que eu

Mas o mundo foi rodando Nas patas do meu cavalo E já que um dia montei Agora sou cavaleiro Laço firme, braço forte De um reino que não tem rei


Livro: A Revolução dos Bichos

George Orwell


Depois das profundas transformações políticas que mudaram a fisionomia do planeta nas últimas décadas, a pequena obra-prima de Orwell pode ser vista sem o viés ideológico reducionista. Mais de sessenta anos depois de escrita, ela mantém o viço e o brilho de uma alegoria perene sobre as fraquezas humanas que levam à corrosão dos grandes projetos de revolução política. É irônico que o escritor, para fazer esse retrato cruel da humanidade, tenha recorrido aos animais como personagens. De certo modo, a inteligência política que humaniza seus bichos é a mesma que animaliza os homens.

Leitura obrigatória.

Filme: Dersu Uzala

Akira Kurosawa


Dersu Uzala é um exercício de reflexão sobre o instinto de sobrevivência natural do ser humano, na verdadeira acepção da palavra. De forma sutil, ele nos faz pensar em nossos limites, propondo situações em que a natureza nos põe à prova, testando nossa habilidade de sobrevivência em um mundo diferente do nosso, onde pouco importa o que aprendemos anteriormente. Em tais condições, seguir os ensinamentos de quem já tem a experiência da adaptação ao ambiente que nos é inóspito torna-se primordial. Ao superarem obstáculos em conjunto, os personagens constroem uma relação de mútuo respeito, em que conhecimento é transmitido de forma natural. Imperdível. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)

Música: Domingo no Parque

Gilberto Gil


O rei da brincadeira (ê, José) O rei da confusão (ê, João) Um trabalhava na feira (ê, José) Outro na construção (ê, João)

A semana passada, no fim da semana João resolveu não brigar No domingo de tarde saiu apressado E não foi pra Ribeira jogar capoeira Não foi pra lá, pra Ribeira, foi namorar

O José como sempre no fim da semana Guardou a barraca e sumiu Foi fazer no domingo um passeio no parque Lá perto da Boca do Rio

Foi no parque que ele avistou Juliana Foi que ele viu

Foi que ele viu Juliana na roda com João Uma rosa e um sorvete na mão Juliana seu sonho, uma ilusão Juliana e o amigo João

O espinho da rosa feriu Zé E o sorvete gelou seu coração


O sorvete e a rosa (ô, José) A rosa e o sorvete (ô, José) Foi dançando no peito (ô, José) Do José brincalhão (ô, José)


O sorvete e a rosa (ô, José) A rosa e o sorvete (ô, José) Oi, girando na mente (ô, José) Do José brincalhão (ô, José)


Juliana girando (oi, girando) Oi, na roda gigante (oi, girando) Oi, na roda gigante (oi, girando) O amigo João (João)

O sorvete é morango (é vermelho) Oi girando e a rosa (é vermelha) Oi, girando, girando (é vermelha) Oi, girando, girando Olha a faca! (olha a faca!)


Olha o sangue na mão (ê, José) Juliana no chão (ê, José) Outro corpo caído (ê, José) Seu amigo João (ê, José) Amanhã não tem feira (ê, José) Não tem mais construção (ê, João) Não tem mais brincadeira (ê, José) Não tem mais confusão (ê, João)


O Caminho

Shirley MacLaine


Esta é a história de uma viagem, uma peregrinação por caminhos difíceis, e para dentro de si mesma. Ela começa no Brasil, onde a atriz recebe duas cartas anônimas cujo remetente a incentiva fortemente a enfrentar o desafio do trajeto que leva a Santiago de Compostela. Um caminho percorrido por São Francisco de Assis, Carlos magno e os reis da Espanha, palco de batalhas sangrentas num passado que ainda se encontra nele impregnado. Shirley responde ao chamado e enfrenta o desafio intuindo as descobertas fundamentais que o percurso promoverá. Esta mulher de mais de sessenta anos empreende o caminho a pé, percorrendo-o em trinta dias os quase oitocentos quilômetros, atravessando montanhas e vales, e pernoitando nas precárias condições dos albergues.

Filme: Círculo de Fogo

Com Jude Law e Ed Harris


Durante a Batalha de Stalingrado, o Exército Vermelho precisava desesperadamente de um herói, alguém que pudesse encorajar os soviéticos a repelir o invasor nazista. Eis que chega à cidade em chamas Vasily Zaitsev (Jude Law), aparentemente um a mais no meio de tantos soldados enviados àquele inferno chamado Stalingrado. Muito bom filme de ação, sem nenhum maior comprometimento com a história. (ꙪꙪꙪꙪ/5)

Música: Ponteio

Edu Lobo


Era um, era dois, era cem Era o mundo chegando e ninguém Que soubesse que eu sou violeiro Que me desse o amor ou dinheiro

Era um, era dois, era cem Vieram prá me perguntar Ô voce, de onde vai, de onde vem? Diga logo o que tem prá contar!

Parado no meio do mundo Senti chegar meu momento Olhei pro mundo e nem via Nem sombra, nem sol, nem vento

Quem me dera agora eu tivesse a viola prá cantar Quem me dera agora eu tivesse a viola prá cantar Quem me dera agora eu tivesse a viola prá cantar Quem me dera agora eu tivesse a viola prá cantar

Era um dia, era claro, quase meio Era um canto falado sem ponteio Violência, viola, violeiro Era morte redor, mundo inteiro

Era um dia, era claro, quase meio Tinha um que jurou me quebrar Mas não lembro de dor nem receio Só sabia das ondas do mar

Jogaram a viola no mundo Mas fui lá no fundo buscar Se eu tomo a viola ponteio! Meu canto não posso parar Não!

Quem me dera agora eu tivesse a viola prá cantar Quem me dera agora eu tivesse a viola prá cantar Quem me dera agora eu tivesse a viola prá cantar Quem me dera agora eu tivesse a viola prá cantar

Era um, era dois, era cem Era um dia, era claro, quase meio Encerrar meu cantar já convém Prometendo um novo ponteio

Certo dia que sei por inteiro Eu espero não vá demorar Esse dia estou certo que vem Digo logo o que vim prá buscar

Correndo no meio do mundo Não deixo a viola de lado Vou ver o tempo mudado E um novo lugar prá cantar

Quem me dera agora eu tivesse a viola prá cantar Quem me dera agora eu tivesse a viola prá cantar Quem me dera agora eu tivesse a viola prá cantar Quem me dera agora eu tivesse a viola prá cantar Quem me dera agora eu tivesse a viola prá cantar Quem me dera agora eu tivesse a viola prá cantar Quem me dera agora eu tivesse a viola prá cantar Quem me dera agora eu tivesse a viola prá cantar

Prá cantar, pontiar! Prá cantar, pontiar! Prá cantar, pontiar! Prá cantar, pontiar!

Quem me dera agora eu tivesse a viola prá cantar


Livro: A Metamorfose

Franz Kafka


O livro não conta apenas a história do homem transformado em um inseto monstruoso. Ao narrar a trajetória do caixeiro-viajante Gregor Samsa - que ao acordar vê o próprio corpo metamorfoseado em um bicho com “dorso duro e inúmeras patas” - o escritor consegue, através de metáforas, contextualizar a condição humana e os dramas psíquicos da sociedade. O drama do personagem Samsa se assemelha à vida de um trabalhador comum que exerce atividades burocráticas. Ao relatar as experiências do inseto que se esperneia tentando voltar à posição natural, ele mostra as tentativas de se rebelar contra as imposições da sociedade. Com ironia, Franz Kafka provoca o leitor para o questionamento. Leitura obrigatória.

Filme: O Franco Atirador

com Robert de Niro


“O Franco Atirador” nos mostra muito mais que o horror da guerra, ele nos mostra o horror das más lembranças que ficam presentes para sempre, a insegurança e o desconforto de uma nova vida, o embate emocional, a solidão e o desespero em um quarto de hotel. Conflitos internos e sentimentos desencontrados que se enraízam na vida de homens derrotados por uma guerra sem vencedores. As sequências de torturas na guerra são propositalmente incômodas, mas o que mais destrói naquilo tudo é a incerteza. Imperdível. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)


Música: O Ultimo Trem

Fausto Nilo


Já chorei na estrada da vida esquecido no último trem procurando em estradas perdidas os pedaços do meu querer bem Gavião, caçador na cidade meu olhar voou sem direção procurando a estrela da tarde sobre as pedras azuis do sertão

Só Deus e o diabo sabiam Quantas léguas da terra pro céu E a dor que o sol escondia sob o meu chapéu A vagar como ave sem ninho no inverno eu te procurei Muito além do céu dos passarinhos Eu te procurei

Vi o sol, vi o mar, vi a relva Vi a selva do nosso país Via a lua na curva da serra Vi a terra com o povo infeliz É o azul que atrai minha terra No deserto do teu coração Sem o grito das ruas em guerra Sem meninos com pedras na mão

Nesse instante, ó terra querida Ainda estou procurando por ti Essa felicidade é uma lenda Que me faz partir Só quem sabe o lugar de onde venho Reconhece onde quero chegar No deserto desse novo mundo Eu vou te encontrar

O irmão quer a felicidade Que aparece na televisão Para poucos toda essa paisagem Para muitos, muito pouco chão A paixão que enlouquece os meus dias Adormece nos olhos de alguém Amanhece na minha alegria E anoitece no último trem Como o rio que nasce na serra E o mar no sertão A estrada do amor quando erra Dói no coração



Livro: O Cemitério de Praga

Umberto Eco


O nome do livro é uma alusão ao antigo Cemitério Judeu de Praga, onde, de acordo com Os Protocolos dos Sábios de Sião, judeus teriam conspirado para dominar o mundo. A história contém uma série de conspirações e falsificações, envolvendo ainda carbonários, jesuítas, maçons e satanistas. Somente o protagonista é fictício; a fauna que circula pela obra de Eco existiu de verdade. Mas mesmo o personagem principal pode confundir o leitor, pois pratica atos reais, mas que foram, de fato, exercitados por outras pessoas. Desta forma, o autor revela que não se deve confiar nas aparências, pois nada é o que aparenta ser. O livro mostra um pouco da sociedade europeia da segunda metade do século XIX (França, Itália, Alemanha) e do preconceito existente contra judeus e maçons. Excelente leitura.

Filme: Johnny vai a guerra

Dalton Guerra


Um soldado americano é ferido gravemente no último dia da I Guerra Mundial. Johnny está deitado em uma cama de hospital e se dá conta que perdeu seus braços, pernas, olhos, nariz e boca. Ele relembra momentos de sua vida, mas não pode distinguir se está em um sonho ou se está acordado. O filme ficou censurado por alguns anos, e seu autor sofreu perseguição política, pois, conseguiu mostrar que talvez o maior horror da guerra não seja apenas os soldados que perdem suas vidas, mas, aqueles que são brutalmente mutilados pela guerra física e psicologicamente. Além disso, o autor questiona o que é realmente esse recrutamento ao exército e até onde ele seria justo, através dos pensamentos de Joe, que a todo instante questiona o por quê de uma guerra. Cinema de arte imperdível. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)

Livro: O Sol é para todos

Harper Lee


Um livro emblemático sobre racismo e injustiça: a história de um advogado que defende um homem negro acusado de estuprar uma mulher branca nos Estados Unidos dos anos 1930 e enfrenta represálias da comunidade racista. Uma história atemporal sobre intolerância, perda da inocência e conceito de justiça. O Sol é para todos se tornou um clássico para todas as idades e gerações. Imperdível...

Música: Vermelho

Fafá de Belém

Filme: The Post

Steven Spielberg


Em 1971, os editores do Washington Post arriscam suas carreiras e liberdade, para expor segredos governamentais, que abrangem três décadas de mentiras e quatro presidentes dos Estados Unidos, para defender a liberdade de imprensa. Entretanto, mostra também a cumplicidade desses mesmos editores com a alta cúpula o poder. Qualquer semelhança com a Globo dos Marinhos e a atual TV Record do Bispo Edir Macedo, não é mera coincidência... (ꙪꙪꙪꙪ/5)

Música: Populus

Belchior


Populus, meu cão O escravo, indiferente, que trabalha E, por presente, tem migalhas sobre o chão Populus, Populus, Populus, meu cão Populus, meu cão Populus, meu cão

Primeiro, foi seu pai Segundo, seu irmão Terceiro, agora, é ele, agora é ele, agora é ele De geração, em geração, em geração

No congresso do medo internacional Ouvi o segredo do enredo final Sobre Populus, meu cão Sobre Populus, meu cão Documento oficial, em Testamento especial Sobre a morte, sem razão De Populus, meu cão

De Populus, de Populus, de Populus

Populus, Populus, Populus, meu cão Populus, Populus, Populus, meu cão Delírios sanguíneos Espumas nos teus lábios Tudo em vão

Tenho medo de Populus, meu cão Roto no esgoto do porão De Populus, de Populus, de Populus, meu cão

Seu olhar de quase gente E as fileiras dos seus dentes Trago o rosto marcado E eles me conhecerão, me conhecerão Me conhecerão, me conhecerão

Populus, Populus, Populus, meu cão Populus, Populus, Populus, meu cão Populus, Populus, Populus, meu cão



Filme: O Diabo Nosso de Cada Dia

Antonio Campos


O Diabo Nosso de Cada Dia, da plataforma Netflix, utiliza de dramas reais, tristes e violentos, para construir uma atmosfera que flerta com o terror. O filme traz uma coleção de pessoas quebradas em histórias trágicas que se cruzam pela força de um denominador comum: o fanatismo religioso, mergulhado em ignorância, que traz dor, sofrimento, corrupção e morte. São personagens que cometem atrocidades, sempre "em nome de Deus", sempre justificadas por algum chamado divino. Sempre camuflando sua verdadeira natureza: insanidade assassina, narcisismo patológico, falta de caráter e empatia. "O Diabo de Cada Dia" escancara, assim, a sordidez que se justifica na missa de domingo ou nos cultos semanais, em que os pecados são expiados. Um filme longe da perfeição, mas que traz consigo um pacote cheio de qualidades. Muito bom para reflexão. Recomendo. (ꙪꙪꙪꙪ/5)

Música: Andança

Beth Carvalho


Vim, tanta areia andei Da Lua cheia, eu sei Uma saudade imensa

Vagando em verso, eu vim Vestido de cetim Na mão direita, rosas Vou levar


Olha a Lua mansa a se derramar (me leva, amor) Ao luar descansa, meu caminhar (amor) Meu olhar em festa se fez feliz (me leva, amor) Lembrando a seresta que um dia eu fiz (Por onde for, quero ser seu par)

Já me fiz a guerra por não saber (me leva, amor) Que esta terra encerra meu bem-querer (amor) E jamais termina meu caminhar (me leva, amor) Só o amor me ensina onde vou chegar (Por onde for, quero ser seu par)


Rodei de roda, andei Dança da moda, eu sei Cansei de ser sozinha

Verso encantado, usei Meu namorado é rei Nas lendas do caminho Onde andei


No passo da estrada, só faço andar (me leva, amor) Tenho meu amor pra me acompanhar (amor) Vim de longe léguas, cantando, eu vim (me leva, amor) Vou, não faço tréguas, sou mesmo assim (Por onde, for quero ser seu par)

Já me fiz a guerra por não saber (me leva, amor) Que esta terra encerra meu bem-querer (amor) E jamais termina meu caminhar (me leva, amor) Só o amor me ensina onde vou chegar (Por onde for, quero ser seu par)

(Me leva, amor) (Amor) (Me leva, amor) (Por onde for, quero ser seu par)


Filme: A Hora da Estrela (de Clarice Lispector)

Com Marcélia Cartaxo e José Dumont


O filme narra as desventuras de Macabéa, uma moça sonhadora e ingênua, recém-chegada do Nordeste ao Rio de Janeiro, às voltas com valores e cultura diferentes. Macabéa leva uma vida simples e sem grandes emoções. Começa a namorar Olímpico de Jesus, outro nordestino, que não vê nela chances de ascensão social de qualquer tipo. Assim sendo, abandona-a para ficar com Glória (colega de trabalho de Macabéa), cujo pai era açougueiro, o que sugeria ao ambicioso nordestino a possibilidade de melhora financeira. A história pode gerar reconhecimento com o cotidiano de muitas pessoas de vidas mais simples, que vivem apenas por viver, sem qualquer expectativa de ascensão social, e acham que são felizes pois as pessoas dizem que devemos ser. Simplesmente imperdível. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)


Música: Sinal Fechado

Paulinho da Viola


Olá, como vai? Eu vou indo, e você, tudo bem? Tudo bem, eu vou indo correndo Pegar meu lugar no futuro, e você? Tudo bem, eu vou indo em busca De um sono tranquilo, quem sabe?

Quanto tempo, pois é, quanto tempo


Me perdoe a pressa É a alma dos nossos negócios Pô, não tem de quê Eu também só ando a cem

Quando é que você telefona? Precisamos nos ver por aí Pra semana, prometo Talvez nos vejamos, quem sabe?


Quanto tempo, pois é, quanto tempo

Tanto coisa que eu tinha a dizer Mas eu sumi na poeira das ruas Eu também tenho algo a dizer Mas me foge à lembrança Por favor, telefone, eu preciso beber Alguma coisa rapidamente


Pra semana, o sinal Eu procuro você, vai abrir, vai abrir Prometo, não esqueço Por favor não esqueça, não esqueça Não esqueço, adeus.




Filme: O Homem que virou Suco

Com José Dumont


Deraldo, poeta popular recém-chegado do Nordeste a São Paulo, sobrevivendo de suas poesias e folhetos é confundido com o operário de uma multinacional que mata o patrão na festa que recebe o título de operário símbolo. O filme aborda a resistência do poeta diante de uma sociedade opressora, esmagando o homem no seu dia-a-dia, e eliminando as suas raízes. Simplesmente imperdível. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)


União Soviética, 1953. No governo de Stalin, o líder faz o povo acreditar que o país está livre dos crimes. Mas quando o corpo de um menino é encontrado nos trilhos de uma ferrovia, o agente Liev Demidov se surpreende ao saber que a família da criança está convencida de que houve um assassinato. Demidov recebe ordens para ignorar o caso, mas se vê determinado a ir atrás do criminoso, mesmo sabendo que poderá se tornar um inimigo do Estado. Imperdível.

Música? Lá vem o Brasil, descendo a ladeira

Moraes Moreira


Quem desce do morro não morre no asfalto Lá vem o Brasil descendo a ladeira Na bola, no samba, na sola, no salto Lá vem o Brasil descendo a ladeira Da sua escola é a passista primeira Lá vem o Brasil descendo a ladeira No equilíbrio da lata não é brincadeira Lá vem o Brasil descendo a ladeira


Quem desce do morro não morre no asfalto Lá vem o Brasil descendo a ladeira Na bola, no samba, na sola, no salto Lá vem o Brasil descendo a ladeira Da sua escola é a passista primeira Lá vem o Brasil descendo a ladeira No equilíbrio da lata não é brincadeira Lá vem o Brasil descendo a ladeira


E toda cidade que andava quieta Naquela madruga acordou mais cedo Arriscando um verso, gritou o poeta Respondeu o povo num samba sem medo Enquanto a mulata em pleno movimento Com tanta cadência descia a ladeira A todos mostrava naquele momento A força que tem a mulher brasileira


Quem desce do morro não morre no asfalto Lá vem o Brasil descendo a ladeira Na bola, no samba, na sola, no salto Lá vem o Brasil descendo a ladeira Da sua escola é a passista primeira Lá vem o Brasil descendo a ladeira

No equilíbrio da lata não é brincadeira Lá vem o Brasil descendo a ladeira

E toda cidade que andava quieta Naquela madruga acordou mais cedo Arriscando um verso, gritou o poeta Respondeu o povo num samba sem medo Enquanto a mulata em pleno movimento Com tanta cadência descia a ladeira A todos mostrava naquele momento A força que tem a mulher brasileira


Quem desce do morro não morre no asfalto Lá vem o Brasil descendo a ladeira Na bola, no samba, na sola, no salto Lá vem o Brasil descendo a ladeira Da sua escola é a passista primeira Lá vem o Brasil descendo a ladeira No equilíbrio da lata não é brincadeira Lá vem o Brasil descendo a ladeira


Quem desce do morro não morre no asfalto Lá vem o Brasil descendo a ladeira Na bola, no samba, na sola, no salto Lá vem o Brasil descendo a ladeira Da sua escola é a passista primeira Lá vem o Brasil descendo a ladeira No equilíbrio da lata não é brincadeira Lá vem o Brasil descendo a ladeira

Êô (Lá vem o Brasil descendo a ladeira)



Livro: Criança 44

Tom Smith

Show do Caetano e filhos em 2020

Show do Moraes Moreira e Fausto Nilo em 2020...

Tomando um vinho com Moraes Moreira depois do show

Meu Cantim Belchior em casa

Linda interpretação de Mercedes Sosa, La Negra, em um festival em Vina Del Mar no Chile em 1993, após a queda da ditadura de Pinochet.. TUDO MUDA🎼🎼🎼💃🏻💃🏻💃🏻

também acredito isso👏👏👏👏


Música : Todo Cambia

Mercedes Sosa

Cambia lo superficial Cambia también lo profundo Cambia el modo de pensar Cambia todo en este mundo Cambia el clima con los años Cambia el pastor su rebaño Y así como todo cambia Que yo cambie no es extraño Cambia el más fino brillante De mano en mano su brillo Cambia el nido el pajarillo Cambia el sentir un amante Cambia el rumbo el caminante Aúnque esto le cause daño Y así como todo cambia Que yo cambie no es extraño

Cambia, todo cambia Cambia, todo cambia Cambia el sol en su carrera Cuando la noche subsiste Cambia la planta y se viste De verde en la primavera Cambia el pelaje la fiera Cambia el cabello el anciano Y así como todo cambia Que yo cambie no es extraño Pero no cambia mi amor Por más lejos que me encuentre Ni el recuerdo ni el dolor De mi pueblo y de mi gente Lo que cambió ayer Tendrá que cambiar mañana Así como cambio yo En esta tierra lejana Cambia, todo cambia Cambia, todo cambia Pero no cambia mi amor Por más lejo que me encuentre Ni el recuerdo ni el dolor De mi pueblo y de mi gente Lo que cambió ayer Tendrá que cambiar mañana Así como cambio yo En esta tierra lejana Cambia, todo cambia Cambia, todo cambia Tradução: Tudo Muda

Muda o superficial Muda também o profundo Muda o modo de pensar Muda tudo neste mundo Muda o clima com os anos Muda o pastor e seu rebanho E assim como tudo muda Que eu mude não é estranho Muda o mais fino brilhante De mão em mão seu brilho Muda o ninho o pássaro Muda a sensação de um amante Muda o rumo do andarilho Ainda que isto lhe cause dano E assim como tudo muda Que eu mude não é estranho

Muda tudo muda Muda tudo muda Muda o sol em sua corrida Quando a noite o substitui Muda a planta e se veste De verde na primavera Muda a pelagem a fera Muda o cabelo o ancião E assim como tudo muda Que eu mude não é estranho Mas não muda meu amor Por mais longe que eu me encontre Nem a recordação nem a dor De meu povo e de minha gente O que mudou ontem Terá que mudar amanhã Assim como eu mudo Nesta terra tão longínqua Muda tudo muda Muda tudo muda Mas não muda meu amor Por mais longe que eu me encontre Nem a recordação nem a dor De meu povo e de minha gente O que mudou ontem Terá que mudar amanhã Assim como eu mudo Nesta terra tão longínqua Muda tudo muda Muda tudo muda


Filme: Os 7 de Chicago

Direção: Aaron Sorkin


Os 7 de Chicago conta essa história que se passa nos trepidantes anos de 68/69, dos assassinatos de Robert Kennedy, de Martin Luther King Jr. e, é claro, da guerra no Vietnã. A história relembra, com flashes back frequentes e alguns filmes de arquivo, a Convenção Nacional do Partido Democrata de 1968 em Chicago, e o que deveria ter sido um grande protesto pacífico nessa ocasião e se transformou em  violento confronto de cinco dias com a polícia e a Guarda Nacional. Os organizadores do protesto, Abbie Hoffman, com seu grupo de hippies. Jerry Rubin liderando a tribo da contracultura. Tom Hayden, chefiando a organização de universitários de classe média 'bem comportados'. Esses foram alguns dos acusados mais expostos. Além de Bobby Seale, presidente dos Panteras Negras, incluído à força na acusação inicial, acabou sendo julgado em separado.. Imperdível. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)

Livro: Contato

Carl Sagan

No romance de ficção científica “Contato”, a protagonista - uma cientista do SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence, que significa “Busca por Inteligência Extraterrestre” em português) trabalha no projeto com o objetivo de detectar sinais de vida inteligente fora do planeta Terra. O livro chama atenção não somente por ser uma obra muito bem escrita e elaborada, como também por revelar muitos dos interesses de Sagan com relação a um primeiro contato com seres extraterrestres. E tudo devidamente pautado na ciência, naturalmente, deixando o sensacionalismo ufólogo de lado.

A história é uma defesa da Ciência. Uma ideia central ao livro é a de que a ciência e a razão também podem ser meios através dos quais uma pessoa pode experimentar um fascínio sobre o Universo que geralmente é associado exclusivamente à religião e à .

Filme: Mephisto

István Szabó


Excelente filme que cria um espetáculo dramático para mostrar a ascensão do Nazismo. Baseado em um romance de Klaus Mann, o roteiro acompanha a trajetória de um talentoso ator (Brandauer, em excelente performance) que vende sua arte às forças nazistas e acaba por trair vários de seus amigos, que são condenados ao exílio ou a morte. Em busca de fama e glória, ele não mede esforços para chegar aonde quer, tornando-se um sujeito frio e sem escrúpulos. Sua ascensão e queda é um retrato da própria história do Nazismo. Imperdível. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)

Música: Zé do Caroço

Leci Brandão


No serviço de alto-falante Do morro do Pau da Bandeira Quem avisa é o Zé do Caroço Que amanhã vai fazer alvoroço Alertando a favela inteira Como eu queria que fosse em Mangueira

Que existisse outro Zé do Caroço (Caroço, Caroço) Pra dizer de uma vez pra esse moço Carnaval não é esse colosso Nossa escola é raiz, é madeira Mas é o Morro do Pau da Bandeira De uma Vila Isabel verdadeira Que o Zé do Caroço trabalha Que o Zé do Caroço batalha E que malha o preço da feira E na hora que a televisão brasileira

Distrai toda gente com a sua novela É que o Zé põe a boca no mundo É que faz um discurso profundo Ele quer ver o bem da favela Está nascendo um novo líder No morro do Pau da Bandeira Está nascendo um novo líder No morro do Pau da Bandeira No morro do Pau da Bandeira No morro do Pau da Bandeira



Filme: Sociedade dos Poetas Mortos

Direção: Peter Weir


Em 1959 na Welton Academy, uma tradicional escola preparatória, um ex-aluno se torna o novo professor de literatura, mas logo seus métodos de incentivar os alunos a pensarem por si mesmos cria um choque com a ortodoxa direção do colégio, principalmente quando ele fala aos seus alunos sobre a "Sociedade dos Poetas Mortos". Ele usa métodos pouco ortodoxos para atingir seus alunos, que enfrentam enormes pressões de seus pais e da escola. Com a ajuda de Keating, os alunos aprendem como não serem tão tímidos, seguir seus sonhos e aproveitar cada dia. Imperdível. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)


Livro: Cien horas con Fidel

Ignacio Ramonet


O volume de informações contidas nesta obra faz com que Fidel Castro: biografia a duas vozes deixe de ser apenas um livro que se lê numa sentada para se converter em uma referência permanente para quem quiser entender melhor a história desse homem, Fidel Castro, e de sua Revolução Cubana. Mais rara ainda é a chance de um personagem histórico refletir sobre sua trajetória política de mais de meio século e projetar suas ideias para o futuro. Um livro fundamental para conhecer a vida, as idéias e a versão pessoal de um dos mais polêmicos líderes políticos dos últimos 50 anos. Um dos derradeiros sobreviventes da geração de revolucionários do pós-guerra.

Gentileza Marisa Monte

Apagaram tudo Pintaram tudo de cinza A palavra no muro ficou coberta de tinta Apagaram tudo Pintaram tudo de cinza Só ficou no muro tristeza e tinta fresca Nós que passamos apressados Pelas ruas da cidade Merecemos ler as letras e as palavras de gentileza Por isso eu pergunto a você no mundo Se é mais inteligente o livro ou a sabedoria O mundo é uma escola A vida é um circo "Amor" palavra que liberta Já dizia o profeta Apagaram tudo Pintaram tudo de cinza Só ficou no muro tristeza e tinta fresca



Amigos, depois de assistir ao documentário “O DILEMA DAS REDES”, que por sinal recomendo, mas que não me surpreendeu totalmente, porque já havia imaginado algo parecido com isso; ainda assim, pude constatar o quanto assustador é a nossa realidade de hoje, especialmente nesse mundo digital, ainda um desconhecido para a maioria de nós.


Como pode-se perceber no documentário, nossa vida é toda monitorada sem sequer nos darmos conta disso, e as grandes corporações conseguem com isso, manipular mentes e corações. E não somente isso, eleger ou derrubar governos, gerar divisões inconciliáveis, criar dependência das pessoas em mídia, gerar estados depressivos entre os mais jovens, além de um monte de outras coisas.


Tudo o que está documentado é verdadeiro, basta conferir e comparar com a realidade atual, e a gente sabe que esse será um problema de difícil solução, até mesmo porque objetivamente falando, é quase impossível se viver sem as mídias sociais hoje em dia.

Mas podemos tem minimamente um controle sobre elas, e seguirmos alguns dos conselhos dos especialistas, e é o que farei já a partir de hoje:


- Já não tenho Facebook

- Já não tenho Twitter

- Já não tenho Youtube

- Tenho e vou deletar o meu Instagram

- Vou usar o Firefox ao invés do Chrome como navegador padrão (todas essas cinco ferramentas são do mesmo grupo corporativo)

- Não vou permitir notificações de nenhuma natureza (a principal recomendação de todos os especialistas)

- Vou usar o Qwant (que não armazena nossos dados) ao invés do Google (também do mesmo grupo corporativo) como ferramenta para pesquisa


- A única ferramenta que ainda vou manter será o Whatsapp (que infelizmente também é do mesmo grupo corporativo), pela sua facilidade de comunicação gratuita, mas ainda assim, por um período de observação. E lógico, manterei também o Meu Cantim, que nada tem a ver com essa mídia dominadora e destrutiva.


Sei que muita gente vai achar que isso é um delírio, uma paranoia e que de alguma forma não nos atinge, porque temos o controle sobre as nossas vontades e sobre as nossas vidas. Por isso sei também, que uma decisão isolada é pouca coisa e não muda muito, mas pelo sim, pelo não, farei a parte que me cabe, adotarei as recomendações e tentarei divulgar para as pessoas com as quais mantenho laços de amizade e de fraternidade.


Se não tomarmos consciência do tamanho do problema, um dia será tarde demais para se fazer algo em prol da sociedade, da democracia, e até mesmo da humanidade.


Como é bem destacado no documentário, nada vem de graça, então:


“ SE VOCÊ NÃO ESTÁ PAGANDO PELO PRODUTO, ENTÃO VOCÊ É O PRODUTO”.


Triste realidade. Imperdível. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)

Dylvardo Costa Lima

Te Desejo Vida Flávia Wenceslau Eu te desejo vida, longa vida Te desejo a sorte de tudo que é bom De toda alegria, ter a companhia Colorindo a estrada em seu mais belo tom

Eu te desejo a chuva na varanda Molhando a roseira pra desabrochar E dias de sol pra fazer os teus planos Nas coisas mais simples que se imaginar

E dias de sol pra fazer os teus planos Nas coisas mais simples que se imaginar

Eu te desejo a paz de uma andorinha No voo perfeito contemplando o mar E que a fé movedora de qualquer montanha Te renove sempre e te faça sonhar

Mas se vier as horas de melancolia Que a lua tão meiga venha te afagar E que a mais doce estrela seja tua guia Como mãe singela a te orientar

Eu te desejo mais que mil amigos A poesia que todo poeta esperou Coração de menino cheio de esperança Voz de pai amigo e olhar de avô

Coração de menino cheio de esperança Voz de pai amigo e olhar de avô



Livro: Os Últimos Soldados da Guerra Fria

Fernando Morais

Livro descreve com detalhes a operação Rede de Vespas, onde doze cubanos são infiltrados pela Serviço Secreto de Cuba em organizações anti-castro que vivem exiladas nos EUA. Trabalho primoroso feito pelo autor Fernando Morais. O livro apresenta várias fotos, documentos, entrevistas, além de bastidores políticos que envolvem Gabriel García Márquez, Bill Clinton, Fidel e muitos outros políticos e personalidades importante no cenário da época.

Filme: Um Estranho no Ninho

Milos Forman

Ambientado em uma clínica psiquiátrica, o filme conta a história de Randle Patrick McMurphy (Jack Nicholson), um prisioneiro, que simula estar insano para não trabalhar, e vai para uma instituição para doentes mentais. Lá estimula os internos a se revoltarem contra as rígidas normas impostas pela enfermeira-chefe Ratched (Louise Fletcher), mas não tem idéia do preço que irá pagar por desafiar uma clínica "especializada". Completando 45 anos de seu lançamento e continua atual. Imperdível. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)

Filme: Pacarrete

Marcélia Cartaxo


Pacarrete é a história real de uma professora de dança aposentada, que vive com a irmã Chiquinha em Russas, interior do Ceará. Rigorosa e ranzinza, ela vive limpando a calçada e brigando com quem passa por ela. Seu grande sonho é estrelar um balé para a população local durante a grande festa da cidade, que está prestes a acontecer. Entretanto, a falta de interesse da população em geral por espetáculos do tipo, logo se torna um grande oponente. Sensível, genial e imperdível. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)


Com João Bosco em show de 2017.

Com os integrantes do MPB4 em show de 2018.

Com a atriz Marcélia Cartaxo no encerramento do Festival de Cinema do Ceará de 2019.

Música: E vamos à luta

Gonzaguinha


Eu acredito é na rapaziada Que segue em frente e segura o rojão Eu ponho fé é na fé da moçada Que não foge da fera e enfrenta o leão

Eu vou à luta com essa juventude Que não corre da raia a troco de nada Eu vou no bloco dessa mocidade Que não tá na saudade e constrói A manhã desejada


Eu acredito é na rapaziada Que segue em frente e segura o rojão (Como é que não?) Eu ponho fé é na fé da moçada Que não foge da fera e enfrenta o leão

Eu vou à luta com essa juventude Que não corre da raia a troco de nada Eu vou no bloco dessa mocidade Que não tá na saudade e constrói A manhã desejada


Aquele que sabe que é negro o couro da gente E segura a batida da vida o ano inteiro Aquele que sabe o sufoco de um jogo tão duro E apesar dos pesares, ainda se orgulha d ser brasileiro

Aquele que sai da batalha, entra no botequim Pede uma cerva gelada e agita na mesa uma batucada Aquele que manda o pagode e sacode a poeira suada da luta E faz a brincadeira, pois o resto é besteira E nós estamos pelaí...


Acredito é na rapaziada Que segue em frente e segura o rojão Ponho fé é na fé da moçada Que não foge da fera e enfrenta o leão

Eu vou à luta com essa juventude Que não corre da raia a troco de nada Eu vou no bloco dessa mocidade Que não tá na saudade e constrói A manhã desejada


Aquele que sabe que é negro o coro da gente Que segura a batida da vida o ano inteiro Aquele que sabe o sufoco de um jogo tão duro E apesar dos pesares ainda se orgulha de ser brasileiro

Aquele que sai da batalha, entra no botequim Pede uma cerva gelada e agita na mesa logo uma batucada Aquele que manda o pagode e sacode a poeira suada da luta E faz a brincadeira, pois o resto é besteira E nós estamos pelaí...

Eu acredito é na rapaziada


Livro: A Ilha

Fernando Morais

O livro aborda a Cuba pós-revolução sob diversos aspectos: cotidiano; cultura e relações com o Mundo; racionamento de comida e outros bens; urbanização; educação; saúde; imprensa; mulher; eleições e justiça; reforma agrária e economia; e a onipresença da revolução. Importante para se desmitificar sobre esse importante país que tive a honra de visitar em 2006.

Filme: O Fabuloso Destino de Amélie Poulain

Jean-Pierre Jeunet

Amélie (Audrey Tautou) é uma jovem introspectiva e sonhadora. Bondosa, mas com dificuldade de se relacionar com as pessoas, ela ajuda todos ao seu redor sem que eles saibam que ela está por trás dos acontecimentos. De repente, a vida de Amélie vira do avesso quando ela se apaixona por uma dessas pessoas. Indicado a 5 Oscars. Uma obra-prima imperdível. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)

Filme: Roma


Roma conta a história de Cleo, uma jovem de origem indígena, que trabalha como babá e doméstica de uma família de classe média do México. No período de um ano, muitos acontecimentos irão abalar a vida deste núcleo familiar, desde a gravidez de Cleo à separação de seus patrões. Inteligente, envolvente, impactante e, acima de tudo, instigante, Roma é um filme que vai ficar em sua cabeça por bastante tempo. É cinema em seu estado mais puro e sublime. Imperdível. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)

Música: Pesadelo Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro com MPB-4 Quando o muro separa uma ponte une Se a vingança encara o remorso pune Você vem me agarra, alguém vem me solta Você vai na marra, ela um dia volta E se a força é tua ela um dia é nossa Olha o muro, olha a ponte, olhe o dia de ontem chegando Que medo você tem de nós, olha aí

Você corta um verso, eu escrevo outro Você me prende vivo, eu escapo morto De repente olha eu de novo Perturbando a paz, exigindo troco Vamos por aí eu e meu cachorro Olha um verso, olha o outro Olha o velho, olha o moço chegando Que medo você tem de nós, olha aí

O muro caiu, olha a ponte Da liberdade guardiã O braço do Cristo, horizonte Abraça o dia de amanhã Olha aí... Olha aí... Olha aí...



Livro: Trem noturno para Lisboa


Terceiro romance de Pascal Mercier, na verdade o professor de filosofia Peter Bieri. Tudo começa numa manhã chuvosa, quando Raimundo Gregorius, um homem culto, professor de línguas clássicas, impede que uma mulher se jogue de uma ponte em Berna. O professor se encanta com os sons do balbucio incoerente da suicida. Ao questionar que língua é aquela, fica sabendo se tratar do português. A obsessão o faz largar sua rotina bem organizada e pegar o trem noturno para Lisboa. Numa descoberta do outro que acaba por ser uma descoberta de si próprio. Este romance é uma epopeia multifacetada de uma viagem através da Europa e do nosso modo de pensar e sentir. Imperdível.

ABBEY ROAD TUPINIQUIM: GONZAGÃO, JACKSON DO PANDEIRO, MARINÊS E DOMINGUINHOS

Força Ednardo!!!

O livro Brasil: Nunca Mais, que foi desenvolvido por Dom Paulo Evaristo Arns, Rabino Henry Sobel, Pastor presbiteriano Jaime Wright e equipe, foi realizado clandestinamente entre 1979 e 1985 durante o período final da ditadura militar no Brasil, e teve um papel fundamental na identificação e denúncia dos torturadores do regime militar e revelou as perseguições, os assassinatos, os desaparecimentos e as torturas; atos praticados nas delegacias, unidades militares e locais clandestinos mantidos pelo aparelho repressivo no Brasil. Imperdível, para se conhecer a história recente do nosso país, e para evitar que se repita.


Quem é essa mulher Que canta sempre esse estribilho? Só queria embalar meu filho Que mora na escuridão do mar Quem é essa mulher Que canta sempre esse lamento? Só queria lembrar o tormento Que fez o meu filho suspirar Quem é essa mulher Que canta sempre o mesmo arranjo? Só queria agasalhar meu anjo E deixar seu corpo descansar Quem é essa mulher Que canta como dobra um sino? Queria cantar por meu menino Que ele já não pode mais cantar Quem é essa mulher Que canta sempre esse estribilho? Só queria embalar meu filho Que mora na escuridão do mar



Filme: Uma noite em 12 anos


O filme retrata o ano de 1973 no Uruguai, quando José Mujica, Mauricio Rosencof e Eleuterio Fernández Huidobro, que são militantes dos Tupamaros, grupo que luta contra a ditadura militar local, são presos em ações distintas e encarcerados junto a outros nove companheiros, de forma que não possam sequer falar um com o outro. Ao longo dos anos, o trio busca meios de sobreviver não só à tortura, mas também ao encarceramento que fez com que ficassem completamente alheios à sociedade, sem a menor ideia se um dia seriam soltos. Imperdível. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)

Livro: O Físico

Noah Gordon


Drama do romancista americano Noah Gordon, que mistura ficção e realidade, contando a história de um homem dotado do poder quase místico de curar, que tem a obsessão de vencer a morte e a doença. A estória se passa no século XI na Inglaterra e se estende até a Pérsia, detalhando a idade de ouro da civilização árabe e judaica. Mais que uma recriação histórica magistral, aqui está também a história fantástica dos primeiros médicos da Idade Média. Imperdível.

Música: Paciência Lenine Mesmo quando tudo pede Um pouco mais de calma Até quando o corpo pede Um pouco mais de alma A vida não para Enquanto o tempo Acelera e pede pressa Eu me recuso, faço hora Vou na valsa A vida é tão rara

Enquanto todo mundo Espera a cura do mal E a loucura finge Que isso tudo é normal Eu finjo ter paciência O mundo vai girando Cada vez mais veloz A gente espera do mundo E o mundo espera de nós Um pouco mais de paciência

Será que é tempo Que lhe falta pra perceber? Será que temos esse tempo Pra perder? E quem quer saber? A vida é tão rara Tão rara

Mesmo quando tudo pede Um pouco mais de calma Mesmo quando o corpo pede Um pouco mais de alma Eu sei, a vida não para A vida não para não Será que é tempo

Que lhe falta pra perceber? Será que temos esse tempo Pra perder? E quem quer saber? A vida é tão rara Tão rara

Mesmo quando tudo pede Um pouco mais de calma Até quando o corpo pede Um pouco mais de alma Eu sei, a vida é tão rara A vida não para não A vida é tão rara



Livro: A Sombra do Vento

Carlos Ruiz Zafon

O livro do escritor espanhol Carlos Ruiz Zafon, narra o poder mágico da descoberta da leitura por um menino de 11 anos de idade. A busca pelo autor de uma obra, leva o protagonista ao amadurecimento e a descobertas de novas emoções e sentimentos. O livro mostra o relacionamento entre pai e filho, a gastronomia espanhola, as idiossincrasias das décadas de 1940 e que ainda estão presentes no mundo, como o machismo, o poder da elite e das aparências, e por fim, homenageia todos os outros livros e todas as pessoas que vivem para transmitir o poder surreal que a leitura tem. Imperdível.

Música: Diáspora Tribalistas

Acalmou a tormenta Pereceram Os que a estes mares ontem se arriscaram E vivem os que por um amor tremeram E dos céus os destinos esperaram Atravessamos o mar Egeu O barco cheio de fariseus Como os cubanos, sírios, ciganos Como romanos sem Coliseu Atravessamos pro outro lado No Rio Vermelho do mar sagrado Os Center shoppings superlotados De retirantes refugiados You, where are you? Where are you? Where are you?

Onde está Meu irmão Sem Irmã O meu filho sem pai Minha mãe Sem avó Dando a mão pra ninguém Sem lugar Pra ficar Os meninos sem paz Onde estás Meu senhor Onde estás? Onde estás?

Deus Ó Deus onde estás Que não respondes Em que mundo Em qu’estrela Tu t’escondes Embuçado nos céus Há dois mil anos te mandei meu grito Que embalde desde então corre o infinito Onde estás, Senhor Deus



Livro: A Catedral do Mar

Ildefonso Falcones

De forma raramente encontrada na literatura, A Catedral do Mar, do escritor espanhol Ildefonso Falcones, descreve o sistema medieval em detalhes, abordando tanto a arquitetura e a cultura da Barcelona da época, quanto suas complexidades jurídicas e financeiras.

Ao escrever com evidente paixão sobre um dos períodos mais complicados da história da Catalunha, construiu um romance épico sobre a história da Espanha. Simplesmente imperdível.

Filme: Maudie


MAUDIE é um filme irlandês, conta a estória de uma pintora amadora que precisa enfrentar a artrite e um casamento problemático para conseguir conquistar o sucesso. A narrativa é baseada na vida real de Maud Lewis, que morreu aos 67 anos. Originária de Nova Scotia, a artista canadense sofreu muito com a pobreza. Em grande parte de sua vida, permaneceu em uma pequena casa ao lado de seu marido. Vale a pena conferir. (ꙪꙪꙪꙪ/5)

Show Lula Livre no Rio de Janeiro em 2018 com Chico Buarque, Gilberto Gil e Beth Carvalho

Filme: Adu


Se você gosta de um verdadeiro CINEMA DE ARTE, recomendo ADÚ, da plataforma Netflix...uma triste realidade sobre as migrações africanas, fugindo da exploração e da miséria...realmente um filme triste, mas que escancara a realidade que às vezes, a gente prefere não enxergar, e ao ignorar, fazer de conta que não tem nada a ver com a gente......(ꙪꙪꙪꙪ/5)

Levando o ator principal do Musical Belchior para conhecer a boa comida da Vilany.

Eu com dois dos filhos do Belchior em um musical em sua homenagem no Rio de Janeiro

Com a filha mais nova do Belchior do mesmo show agora em Fortaleza

Livro: A Longa Pétala de Mar

Isabel Allende

Em "Longa Pétala de Mar" a escritora Isabel Allende conta de maneira magistral, como o poeta e Prêmio Nobel de Literatura Pablo Neruda, ajudou milhares de espanhóis a fugirem da Guerra Civil Espanhola e chegarem ao Chile. Leitura obrigatória. Imperdível.

7 comentários


Zacharias Oliveira
Zacharias Oliveira
08 de jan. de 2021

https://youtu.be/30rFCgx6A3I


As Estações Da Vida (Flávio Dell’Isola/Zack de Oliveira)


Primavera é juventude em flor

É brilho, é glória é só quimera

É fruto, vinhedo e muita hera

Sonho que não cabe na dor.


Verão é aquela força do amor

É a responsabilidade de viver

É a necessidade de ter e ser

Somente o que preciso for.


Outono é o início do fim

E tudo o que pudemos ser

Como foi, tudo será assim.


Inverno é novo amanhecer

Quando tudo o mais termina

E em outro plano vamos ser.

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Zacharias Oliveira
Zacharias Oliveira
23 de ago. de 2020

Vi Adú. É duro. Mas vale a pena ver a trama que enreda a corrupção dos guardas africanos nas reservas de elefante; a dureza da vida dos nativos que denunciam e são perseguidos até a morte ou tendo que fugir e, às vezes, perecer pelo caminho; o tratamento desumano e cruel com os que conseguem chegar à fronteira da Espanha; e a difícil relação com a filha do pai espanhol que dedica sua vida a tentar, em vão, salvar os elefantes da sanha dos caçadores de marfim. É a mais dura e cruel realidade.


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sampaioclarissa
19 de ago. de 2020

Dylzim!!!! Está maravilhoso!!! Vou assistir ao filme da Maudi!! Bj

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Socorro de Azevedo
Socorro de Azevedo
19 de ago. de 2020

Mas o negócio aqui é profissional! Excelente apresentação e qualidade dos conteúdos. Ótimas dicas de cinema. Irão para minha lista. Parabéns pela iniciativa Dr. Dylvardo e obrigada pelos relevantes serviços!!

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Zacharias Oliveira
Zacharias Oliveira
19 de ago. de 2020

Leia o livro, veja o filme e diga não ao marasmo da pandemia.

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