CULTURA NÃO É O QUE ENTRA PELOS OLHOS E OUVIDOS, MAS O QUE MODIFICA O JEITO DE OLHAR E OUVIR (PARTE 5)
- Dylvardo Costa Lima
- 6 de jan. de 2024
- 19 min de leitura
Atualizado: 11 de out. de 2024
SE EU PUDESSE CANTAR UMA MÚSICA PARA O MEU IRMÃO, CANTARIA ESSA:
MÚSICA: MY WAY
DE PAUL ANKA COM FRANK SINATRA
And now, the end is near
And so I face the final curtain
My friend, I'll say it clear
I'll state my case, of which I'm certain
I've lived a life that's full
I traveled each and every highway
And more, much more than this
I did it my way
Regrets, I've had a few
But then again, too few to mention
I did what I had to do
And saw it through without exemption
I planned each charted course
Each careful step along the byway
And more, much more than this
I did it my way
Yes, there were times, I'm sure you knew
When I bit off more than I could chew
But through it all, when there was doubt
I ate it up and spit it out
I faced it all, and I stood tall
And did it my way
I've loved, I've laughed and cried
I've had my fill, my share of losing
And now, as tears subside
I find it all so amusing
To think I did all that
And may I say, not in a shy way
Oh, no, oh, no, not me
I did it my way
For what is a man, what has he got?
If not himself, then he has naught
To say the things he truly feels
And not the words of one who kneels
The record shows I took the blows
And did it my way
Yes, it was my way
Uma honra poder recepcionar o cantor Paulinho Pedra Azul, em um almoço no restaurante das minhas amigas Vilany e Vânia...
MÚSICA: JARDIM DA FANTASIA
DE PAULINHO PEDRA AZUL
Bem te vi, bem te vi
Andar por um jardim em flor
Chamando os bichos de amor
Tua boca pingava mel
Bem te quis, bem te quis
E ainda quero muito mais
Maior que a imensidão da paz
Bem maior que o sol
Onde estás?Voei por este céu azul
Andei estradas do além
Onde estará meu bem?
Onde estás?
Nas nuvens ou na insensatez
Me beije só mais uma vez
Depois volte prá lá
Bem te vi, bem te vi
Andar por um jardim em flor
Chamando os bichos de amor
Tua boca pingava mel
Bem te quis, bem te quis
E ainda quero muito mais
Maior que a imensidão da paz
Bem maior que o sol
Onde estás?
Voei por este céu azul
Andei estradas do além
Onde estará meu bem?
Onde estás?
Nas nuvens ou na insensatez
Me beije só mais uma vez
Depois volte prá lá
FILME: BELFAST
COM JUDE HILL, JAMIE DORNAN E CAITRIONA BALFE
“Belfast” narra a vida de uma família protestante da classe trabalhadora da Irlanda do Norte, na perspectiva de seu filho de 9 anos, Buddy, durante os tumultuosos anos de 1960. Buddy, é um menino à beira da adolescência, cuja vida é repleta de amor familiar dos pais e avós, diversões de infância e um romance florescente.
No entanto, com sua amada cidade natal envolvida em turbulências políticas e religiosas crescentes, sua família luta para pagar suas dívidas acumuladas, e enfrenta uma escolha difícil e importante: esperar que o conflito passe, ou deixar tudo o que conhecem para trás, por uma nova vida na Inglaterra.
Rodado em preto e branco, foi indicado 7 prêmios no Oscar de 2022, ganhando em roteiro original.
Disponível na plataforma Netflix. Imperdível. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)
MÚSICA: CANTANDO
DE AGRIDOCE
Eu sei que lá no fundo
Há tanta beleza no mundo
Eu só queria enxergar
As tardes de domingo
O dia me sorrindo
Eu só queria enxergar
Qualquer coisa pra domar
O peito em fogo
Algo pra justificar
Uma vida morna
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando com você
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando com você
Não esqueço aquela esquina
A graça da menina
Eu só queria enxergar
Por isso, eu me entrego
A um imediatismo cego
Pronta pro mundo acabar
Você acredita no depois
Prefiro o agora
Se no fim formos só nós dois
Que seja lá fora
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando com você
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando com você
FILME: UMA VIDA – A HISTÓRIA DE NICHOLAS WITON
COM ANTHONY HOPKINS
Uma Vida mostra o extraordinário e humanitário Nicholas Witon que, em 1938, durante a Segunda Guerra Mundial, foi visitar Praga e se horrorizou com a situação em que as famílias ali viviam por conta de forte influência da Alemanha nazista. Compadecido com a situação, Nicholas junto com um grupo de apoio, conseguiu ajudar, principalmente crianças, a fugirem do Holocausto e irem para a Inglaterra antes das fronteiras serem fechadas.
Entretanto, anos depois, Nicholas Winton fica atormentado com o sentimento de culpa pensando naqueles que ele não conseguiu resgatar. Somente quando ele reencontra com uma sobrevivente que ele socorreu é que ele consegue se livrar do peso da culpa.
Recomendo com entusiasmo. Disponível na plataforma Prime Vídeo. (ꙪꙪꙪꙪ/5)
MÚSICA: DAQUI SÓ SE LEVA O AMOR
DE JOTA QUEST
Viver, tudo que a vida tem pra te dar
Saber, que em qualquer segundo tudo pode mudar
Fazer, sem esperar nada em troca
Correr, sem se desviar da rota
Acreditar no sorriso, e não se dar por vencido
Querer, mudar o mundo ao seu redor
Saber, que mudar por dentro pode ser melhor
Fazer, sem esperar nada em troca
Vencer, é recomeçar
Quando o Sol chegar
Quando céu se abrir
Saiba que eu estarei aqui, aqui
Vamos amar no presente
Vamos cuidar mais da gente
Vamos pensar diferente
Porque, daqui só se leva o amor
Daqui só se leva o amor
Daqui só se leva o amor
LIVRO: A LETRA BRASILEIRA DE PAULO CÉSAR PINHEIRO
AUTOR: CONCEIÇÃO CAMPOS
Biografia pioneira sobre um dos maiores letristas do país, o livro conta as histórias da vida e da obra de Paulo César Pinheiro em capítulos que remetem a um caderno de viagem. Seguindo as pistas de um minucioso mapa cultural brasileiro traçado em centenas de letras e poemas, a autora acaba partindo em uma jornada paralela - e real - pelo Brasil pessoal do escritor.
Por meio de um extenso inventário de sua obra, o livro mostra Paulo César Pinheiro como o mais produtivo letrista brasileiro, ultrapassando a marca de duas mil letras feitas para mais de cem parceiros (entre eles Pixinguinha, Tom Jobim, Baden Powell e João Nogueira), metade das quais gravadas por mais de quinhentos intérpretes de nossa música popular, a partir dos registros estelares de Elis Regina, Clara Nunes e Elizeth Cardoso.
FILME: BOY ERASED – UMA VERDADE ANULADA
COM LUCAS HEDGES, RUSSEL CROWE, NICOLE KIDMAN E JOEL EDGERTON
O filme baseado em fatos reais conta a história de um drama familiar que trata de temas fortes envolvendo religião e tratamento voltado para "curar" a homossexualidade. Garrard é um jovem de apenas 19 anos que vive numa cidadezinha conservadora do Arkansas. O pai é um pastor da igreja batista, enquanto a mãe é a mulher tradicional, bela, recatada e do lar. Ao descobrirem que o filho é gay, eles decidem interná-lo em um programa de terapia que oferece a "cura" da homossexualidade. Edgerton, que inclusive interpreta o profissional responsável pelo tratamento, comanda a narrativa de forma elegante. E nada sensacionalista.
Tema muito atual tornando-se um filme imperdível e super recomendado para todo público, principalmente os conservadores. Muito emocionante todo o tempo. Refletimos e analisamos... O que realmente importa? O que realmente vale a pena? E o amor?
Recomendo com entusiasmo. Disponível na plataforma Netflix. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)
MÚSICA: CÂNTICO À NATUREZA
DE NELSON SARGENTO. COM CHICO CÉSAR E NELSON SARGENTO
Brilha no céu o astro rei com fulguração
abrasando a terra anunciando o verão
outono estação singela e pura
é a pujança da natura
dando frutos em profusão
Inverno, chuva, geada e garoa
molhando a terra preciosa e tão boa
desponta a primavera triunfal
são as estações do ano
num desfile magistral
A primavera matizada e viçosa
pontilhada de amores
engalanada, majestosa
desabrocham as flores
nos campos, nos jardins e nos quintais
a primavera é a estação dos vegetais
Oh! primavera adorada
inspiradora de amores
Oh! primavera idolatrada
sublime estação das flores
MÚSICA: O SAMBA BATE OUTRA VEZ
DE PAULO CÉSAR PINHEIRO E PAULINHO TAPAJÓS
Odete, Aracy, Dona Ivone
Sylvia Telles, Claudette, Simone
Clara, Beth, Elizeth, Alcione
Dolores Duran, Clementina
Carmen Costa, Miúcha e Cristina
Gal, Bethânia e Elis Regina
Nora Ney, Nana, Linda e Dircinha
Dóris, Elza, Marlene e Emilinha (o samba bate)
O samba bate outra vez
Bate outra vez
Não para
Bate no Estácio
Na mídia, no estúdio
No pódio, no estádio
Num gol do Mengão campeão
E nos programas de televisão
Jornal e rádio
O samba bate outra vez
Bate outra vez
E invade
Bate no bar, na boite
Nos palcos de toda cidade
Que bom que já bate esse som
Que é do Brasil, dentro do coração
Da mocidade
O samba bate outra vez
O toque de reunir
O samba é que leva emoção
Ninguém pode impedir
O samba é que é a revolução
É preciso que se convençam
Por isso hoje o samba saiu
Saiu de novo pra quem não ouviu
E vem do compositor do Brasil
Com sua bênção
Pixinga, Vinicius e Baden
Caymmi e Chico Buarque
Vanzolini e Mauro Duarte
Manacéa e Walter Alfaiate
Wilson Moreira e Nei Lopes
Bide, Brancura e Baiaco
Marçal, Ismael, Nilton Bastos
Casquinha, Candeia e Monarco (o samba bate)
O samba bate outra vez
Mijinha, Anescar, Aniceto
Assis Valente, Ataulpho, Herivelto
Ary Barroso, Jobim, João Gilberto
Haroldo Lobo e Janet de Almeida
Wilson Batista e Geraldo Pereira
Mano Décio e Silas de Oliveira
Vadico, Sinhô, Noel Rosa
Luís Reis e Haroldo Barbosa
Donga e João da Bahiana
Monsueto e Luiz Soberano
Claudionor e Pedro Caetano
Cartola e Nelson Cavaquinho
Elton Medeiros, Zé Keti, Paulinho
Mirabeau, Zé-com-Fome, Valzinho
Lyra, Menescal e Bôscoli
Donato, Aldir, João Bosco
Miltinho, Aquiles, Rui, Magro
(A moçada do MPB-4)
Dick, Lúcio, Emílio Santiago
Vassourinha e Ciro Monteiro
Jamelão, Dilermando Pinheiro
Roberto Silva e Roberto Ribeiro
Mário Reis, Jorge Veiga, Moreira
Zimbo Trio, Jair, João Nogueira
(o samba bate)
O samba bate outra vez
MÚSICA: NAQUELE SÃO JOÃO
DE ANTONIO DE BARROS COM O TRIO NORDESTINO
Eu fiquei tão triste,
Eu fiquei tão triste.Naquele São JoãoPorque você não veio,
você não veio.Alegrar meu coraçãoFiz uma fogueira,
e a noite inteira.E a noite inteira esperei vocêDe amor perdido,
coração ferido,
por eu bem querer.
Agora minha tristeza,
mandei embora.Você chegou bem na hora,
meu amor chegou.Vamos simbora,
confirmar com Santo Antonio,Acertar o matrimonio
que São João mandou
FILME: OPPENHEIMER
COM DIREÇÃO DE CHRISTOPHER NOLAN E ELENCO COM CILLIAN MURPHY, MATT DAMON, EMILY BLUNT
Ambientado na Segunda Guerra Mundial, o longa acompanha a vida de J. Robert Oppenheimer, físico teórico americano da Universidade da Califórnia, e diretor do Laboratório de Los Alamos durante o Projeto Manhattan, que tinha a missão de projetar e construir as primeiras bombas atômicas. A trama acompanha o físico e um grupo formado por outros cientistas, ao longo do processo de desenvolvimento da arma nuclear, que foi responsável pelas tragédias nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Japão, em 1945.
Este é um filme sobre consequências”. Foi assim que o diretor Christopher Nolan definiu Oppenheimer. Com atuações dramáticas e apostando em uma lente muito próxima do mundo real, o drama pressiona seu público a sentir o peso do horror de uma invenção humana.
Recomendo com entusiasmo. Disponível na plataforma Prime Vídeo. (ꙪꙪꙪꙪ/5)
FILME: DJANGO LIVRE
DIREÇÃO DOS IRMÃOS TARANTINO COM JAMIE FOXX, CHRISTOPH WALTZ, LEONARDO DI CAPRIO, SAMUEL JACKSON E KERRY WASHINGTON
Django é um escravo liberto cujo passado brutal com seus antigos proprietários leva-o ao encontro do caçador de recompensas alemão Dr. King Schultz. Schultz está em busca dos irmãos assassinos Brittle, e somente Django pode levá-lo a eles. O pouco ortodoxo Schultz compra Django com a promessa de libertá-lo quando tiver capturado os irmãos Brittle, vivos ou mortos.
Ao realizar seu plano, Schultz libera Django, embora os dois homens decidam continuar juntos. Desta vez, Schultz busca os criminosos mais perigosos do sul dos Estados Unidos com a ajuda de Django. Dotado de um notável talento de caçador, Django tem como objetivo principal encontrar e resgatar Broomhilda, sua esposa, que ele não vê desde que ela foi adquirida por outros proprietários, há muitos anos.
A busca de Django e Schultz leva-os a Calvin Candie, o dono de "Candyland". Ao explorarem o local com identidades falsas, Django e Schultz chamam a atenção de Stephen, o escravo de confiança de Candie. Os movimentos dos dois começam a ser traçados, e logo uma perigosa organização fecha o cerco em torno de ambos. Para Django e Schultz conseguirem escapar com Broomhilda, eles terão que escolher entre independência e solidariedade, sacrifício e sobrevivência.
Um faroeste de 2012, mas que recomendo com entusiasmo. Disponível na plataforma Netflix. (ꙪꙪꙪꙪ/5)
SERIADO: RIPLEY
COM ANDREW SCOTT, DAKOTA FANNING, JOHNNY FLYNN, ELLIOT SUMMER, E MAURIZIO LOMBARDI
Baseado no best-seller de Patricia Highsmith, a série Ripley acompanha a história de Tom Ripley, um vigarista que sobrevive de pequenos e grandes golpes na Nova York dos anos 1960. Um dia, Ripley acaba sendo encurralado. Em troca, ele é obrigado a fazer um serviço para um homem muito rico: viajar para a Itália e convencer seu filho a voltar para casa. Mas aceitar o trabalho foi apenas o começo de uma teia de decepções, fraudes e assassinatos.
Os enquadramentos são sempre ambiciosos e em geral dramáticos. Escadarias teatrais, a Via Apia, em Roma, de noite, com seu aqueduto e suas pedras refletindo o luar, as construções de Palermo, a fumaça do cigarro subindo, quase todas as sequências causam impacto e encantamento. Elas também se oferecem ao público como se fossem lindos retratos avulsos, para serem apreciados um a um. Rodado em preto e branco, com cenas filmadas em várias cidades italianas, o seriado é composto de 8 episódios fascinantes e cheios de suspense.
Recomendo com entusiasmo. Disponível na plataforma Netflix. (ꙪꙪꙪꙪ/5)
Em homenagem aos 50 anos da Revolução dos Cravos, que acabou com a ditadura militar em Portugal, a letra original da música Tanto Mar de Chico Buarque, que foi censurada pela ditadura militar no Brasil.
MÚSICA: TANTO MAR
AUTOR: CHICO BUARQUE
VERSÃO ORIGINAL GRAVADA EM PORTUGAL:
Sei que estás em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo pra mim
Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor do teu jardim
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também que é preciso, pá
Navegar, navegar
Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim
VERSÃO GRAVADA NO BRASIL
Foi bonita a festa, pá
Fiquei contente
Ainda guardo renitente
Um velho cravo para mim.
Já murcharam tua festa, pá
Mas certamente
Esqueceram uma semente
Em algum canto de jardim.
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também quanto é preciso, pá
Navegar, navegar.
Canta a primavera, pá
Cá estou carente
Manda novamente
Algum cheirinho de alecrim.
Em 1942, Herivelto Martins compôs Ave-Maria no Morro. O cardeal do Rio de Janeiro, Dom Sebastião Leme, considerou a música uma heresia, e fez pressão para que fosse censurada. Felizmente, não conseguiu. A música tornou-se um clássico, e já foi cantada em catedrais na Alemanha, Suíça, Áustria e vários outros países.
Para reviver esse grande sucesso, veja o vídeo sensacional, na interpretação, ao vivo, em espanhol, do tenor belga Helmut Lotti, num cenário e atmosfera especiais, cuja performance contou com orquestração que valorizou ainda mais essa grande apresentação.
Um momento encantador! Você fica sem saber qual o momento de maior beleza, se a letra, se a música, se a interpretação.
Emocionante...
MÚSICA: AVE MARIA NO MORRO
AUTORIA DE HERIVELTO MARTINS
Barracão de zinco
Sem telhado, sem pintura
Lá no morro
Barracão é bangalô
Lá não existe
Felicidade de arranha-céu
Pois quem mora lá no morro
Já vive pertinho do céu
Tem alvorada, tem passarada
Alvorecer
Sinfonia de pardais
Anunciando o anoitecer
E o morro inteiro no fim do dia
Reza uma prece ave Maria
E o morro inteiro no fim do dia
Reza uma prece ave Maria
Ave Maria
Ave
E quando o morro escurece
Elevo a Deus uma prece
Ave Maria
Ailton Krenak toma posse e se torna o 1º indígena na Academia Brasileira de Letras.
O escritor Ailton Krenak tomou posse na Academia Brasileira de Letras, se tornando o primeiro indígena a ocupar uma cadeira na instituição.
Krenak ocupa agora a cadeira 5, vaga com a morte de Jose Murilo de Carvalho. O autor ganhou notoriedade nos últimos anos após a publicação da quadrilogia com Futuro Ancestral, A vida não é útil, Ideias para adiar o fim do mundo e O amanhã não está à venda.
MÚSICA: CHEGASTE
AUTORIA DE KANY GARCIA E ROBERTO CARLOS CANTADA POR ROBERTO CARLOS E JENNIFER LOPEZ
Tanto tempo já vai caminhando
E ainda me pego recordando
Lágrimas rolaram dos meus olhos,
enxuguei mais de uma vez
Tenho algumas marcas que ficaram em meu sorriso nesses anos
E também lembranças tão bonitas que o tempo não desfez.
Quem diria que você viria sem dizer que vinha
Porque nunca é tarde
Para apaixonar-se.
Chegaste
Senti na minha boca um te quero
Como um doce com caramelo
Necessitava um amor sincero.
Chegaste
E ouvi da tua boca um te quero
Pra se apaixonar sempre é tempo
Necessitava um amor sincero.
E agora que eu conheço os caminhos
Que me levam pros seus braços
Agora que o silencio é uma carícia que a felicidade traz
Você e o seu sorriso iluminam minha vida e meus espaços
E chega me dizendo num sorriso não me deixe nunca mais
Quem diria que você viria sem dizer que vinha
Porque nunca é tarde
Para apaixonar-se.
Chegaste
Senti na minha boca um te quero
Como um doce com caramelo
Necessitava um amor sincero.
Chegaste
E ouvi da tua boca um: te quero
Pra se apaixonar sempre é tempo
Necessitava um amor sincero.
Quem diria que você viria sem dizer que vinha
Porque nunca é tarde
Para apaixonar-se.
Chegaste
Senti na minha boca um te quero
Como um doce com caramelo
Necessitava um amor sincero.
Chegaste
E ouvi da tua boca um te quero
Pra se apaixonar sempre é tempo
Necessitava um amor um amor.
Chegaste
Senti na minha boca um te quero
Como um doce com caramelo
Necessitava um amor sincero.
LIVRO: DIÁRIOS DE FRANCISCO DA SILVA
AUTOR: PAULO ALEXANDRE NEGREIROS DE ANDRADE
O livro conta a vida de um personagem fictício que nasceu em 1903. Trata-se de um personagem de uma origem humilde da favela Moura Brasil, que vira um pintor de paredes, e mesmo com uma educação muito restrita, era um leitor de jornais e revistas, naquela época dos idos anos de 1915 a 1920.
Como pintor, ele ouve as histórias das casas das pessoas intelectualizadas, e essas histórias ouvidas de pessoas importantes da cidade de Fortaleza, faz com que ele desenvolva o hábito de escrever diários, contando as divergências políticas da época.
Apaixonado pelo Ceará Sporting Clube, Chicão, como era chamado, também conta em minúcias toda a trajetória do seu clube de coração, misturando a ficção com a própria história do clube.
Toda a renda adquirida na ocasião do lançamento do livro foi doada ao Iprede pelo autor, o meu amigo e colega pediatra, Dr. Paulo Alexandre, ele próprio, mais um apaixonado pelo Vozão.
O livro é encantador desde a primeira página, e obrigatória a leitura pelos torcedores do Ceará. Fiz essa dedicatória ao meu amigo, quando recebi o seu livro:
Ao amigo Paulo Alexandre
Doutor alvinegro, de coração
Fez do Ceará Sporting Club
O time de sua maior paixão
Essa história virou romance
Contou pra gente cada lance
Das glórias eternas do Vozão.
Simplesmente fantástico o show do Djavan ontem aqui na nossa cidade... um deleite para os amantes da boa música... obrigado...
FILME: A SOCIEDADE DA NEVE
DIREÇÃO DE J.A BAYONA
No dia 13 de outubro de 1972, o voo rumo ao Chile que transportava um time uruguaio de rúgbi (ao todo 45 pessoas entre atletas, familiares, amigos e tripulação) caiu na Cordilheira dos Andes. O caso ficou conhecido pelo teor dramático, pois os sobreviventes resistiram a condições adversas extremas por 72 dias, vendo companheiros e pessoas queridas sucumbirem ao frio, ao agravamento de ferimentos, à fome e/ou à ação das tempestades que castigavam a fuselagem da aeronave encalhada no meio do nada.
A Sociedade da Neve não é daquele tipo de filme que se apoia demasiadamente nos perfis humanos, pois os dilui em nome da noção mais coletiva de aventura angustiante pela manutenção da vida. Claro, existem momentos em que as individualidades sobressaem, sobretudo quando o canibalismo se anuncia no horizonte como a única possibilidade de encontrar alimento nas redondezas. Uns são contrários, já outros favoráveis a isso, mas nada que gere debates morais ou afins. O importante é viver mais um dia.
O resultado é fruto de um bom equilíbrio entre essa proposta realista sem protagonismos excessivos, ênfase em antagonismos e afins (ainda que haja um verniz para evitar a crueza dos dias insuportáveis), e a valorização da capacidade que uns tiveram de se reorganizar física e mentalmente para sobreviver, mas sem enxergar mortos como menos dignos de louvor.
Recomendo. Disponível na plataforma Netflix. (ꙪꙪꙪꙪ/5)
LIVRO: A PALAVRA QUE RESTA
DE STÊNIO GARDEL
Aos 71 anos, Raimundo decide aprender a ler e a escrever. Nascido e criado na roça, não foi à escola, pois cedo precisou ajudar o pai na lida diária. Mas há muito deixou a família e a vida no sertão para trás. Desse tempo, Raimundo guarda apenas a carta que recebeu de Cícero, há mais de cinquenta anos, quando o amor escondido entre os dois foi descoberto. Cícero partiu sem deixar pistas, a não ser aquela carta que Raimundo não sabe ler ― ao menos até agora.
Com uma narrativa sensível e magnética, o escritor cearense Stênio Gardel nos leva pelo passado de Raimundo, permeado de conflitos familiares e da dor do ocultamento de sua sexualidade, mas também das novas relações que estabeleceu depois de fugir de casa e cair na estrada, ressignificando seu destino mais de uma vez.
Leitura imperdível.
FILME (DOCUMENTÁRIO): TODA LUZ QUE NÃO PODEMOS VER
COM ARIA MIA LOBERT, LOUIS HOFMANN E MARK RUFFALO
Marie-Laure vive em Paris, perto do Museu de História Natural, onde seu pai é o chaveiro responsável por cuidar de milhares de fechaduras. Quando a menina fica cega, aos seis anos, o pai constrói uma maquete em miniatura do bairro onde moram para que ela seja capaz de memorizar os caminhos. Na ocupação nazista em Paris, pai e filha fogem para a cidade de Saint-Malo e levam consigo o que talvez seja o mais valioso tesouro do museu.
Em uma região de minas na Alemanha, o órfão Werner cresce com a irmã mais nova, encantado pelo rádio que certo dia encontram em uma pilha de lixo. Com a prática, acaba se tornando especialista no aparelho, talento que lhe vale uma vaga em uma escola nazista e, logo depois, uma missão especial: descobrir a fonte das transmissões de rádio responsáveis pela chegada dos Aliados na Normandia. Cada vez mais consciente dos custos humanos de seu trabalho, o rapaz é enviado então para Saint-Malo, onde seu caminho cruza o de Marie-Laure, enquanto ambos tentam sobreviver à Segunda Guerra Mundial.
Um seriado de uma história arrebatadora contada de forma fascinante. Toda Luz que Não Podemos Ver nos leva a uma viagem ao passado, repleta de emoção e humanidade, enquanto mantém um diálogo com a história que ressoa até os dias atuais.
Recomendo. Disponível na plataforma Netflix. (ꙪꙪꙪꙪ/5)
MÚSICA E FILME: WE ARE THE WORLD
DE MICHAEL JACKSON E LIONEL RICHIE
Esse é um documentário especial que vai revisitar a produção do clássico “We Are The World”, onde mostrará os bastidores em torno da lendária gravação que aconteceu nos estúdios da A&M Records em Los Angeles no ano de 1985.
“We Are The World” foi composta por Michael Jackson (1958-2009) e Lionel Richie e alcançou consagração mundial após seu lançamento original em 7 de março de 1985 pela gravadora CBS (atual Sony Music). Ao todo, foram vendidas mais de 20 milhões de cópias, configurando um dos singles mais vendidos da história da música.
O lendário produtor norte-americano Quincy Jones, recrutou os maiores nomes da música pop da década de 1980 para que pudessem doar um pouco de cada um de seus talentos para uma causa nobre: combater a fome na África. Para isso, foi criado o supergrupo USA For Africa (designação de United Support of Artists), que contou com a participações de ícones da música mundial como Ray Charles (1930-2004), James Ingram (1952-2009), Tina Turner (1939-2023), Bob Dylan, Daryl Hall & John Oates, Cyndi Lauper, Bruce Springsteen, Kim Carnes, Paul Simon, Stevie Wonder, Billy Joel, Diana Ross, Harry Belafonte (1927-2023), Kenny Rogers (1938-2020), entre muitos outros.
Para quem é amante da boa música e gosta de saber dos bastidores de sua gravação, é imperdível. Disponível na plataforma Netflix. (ꙪꙪꙪꙪ/5)
LIVRO: O VENTO SABE MEU NOME
ISABEL ALLENDE
Em “O vento sabe meu nome”, passado e presente se entrelaçam para contar o drama do desenraizamento, da compaixão e do amor. Um romance atual sobre os sacrifícios que os pais fazem pelos filhos, sobre a surpreendente capacidade de algumas crianças de sobreviver à violência sem parar de sonhar e sobre a tenacidade da esperança, que pode brilhar mesmo nos momentos mais sombrios. Uma história sobre as feridas profundas que a migração forçada produz e as pessoas que lutam para curá-las.
Recomendo. Excelente leitura. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)
FILME: A CHEGADA
COM AMY ADAMS, FOREST WHITAKER E JEREMY RENNER
A história acompanha a Dra. Louise Banks, uma linguista renomada, recrutada pelo governo para estabelecer a comunicação com seres extraterrestres que chegaram à Terra. No desenrolar da estória, Louise começa a aprender a língua alienígena e a decifrar sua forma não linear de comunicação. Os "Heptapods", o nome dado aos alienígenas pelos humanos, usam uma linguagem escrita com cada símbolo criando um pensamento complexo e uma estrutura de frase em um segundo. O símbolo é escrito na forma de um círculo, escrevendo o início e o fim da frase simultaneamente. A comunicação escrita dos Heptapods reflete a maneira como eles percebem o tempo: circular em vez de linear.
No final, Louise Banks e o cientista Ian Donnelly ficam maravilhados enquanto assistem os Heptapods desaparecerem no espaço, deixando para trás sua "arma", a linguagem alienígena, para a Terra usar quando eles precisarem de ajuda em 3.000 anos.
É nesse momento que o espectador percebe que já assistiu à história do casal e da família que constroem juntos. No desfecho do filme, descobrimos que as visões de Louise não são flashbacks, mas flashforwards. Ela está vendo momentos de sua vida futura, incluindo momentos com sua filha Hannah.
Uma excelente ficção científica, que nos leva à reflexão. Recomendo. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)
Na plataforma Netflix.
MÚSICA: LUZES DA RIBALTA
AUTORIA DE CHARLIE CHAPLIN CANTADA NA VERSÃO DE JOSÉ AUGUSTO
Vidas que se acabam a sorrir
Luzes que se apagam, nada mais
É sonhar em vão, tentar aos outros iludir
Se o que se foi, pra nós não voltará jamais
Para que chorar o que passou?
Lamentar perdidas ilusões
Se o ideal que sempre nos acalentou
Renascerá em outros corações
FILME: NYAD
COM ANNETTE BENING E JODIE FOSTER
Inspirado na verdadeira história da nadadora americana Diana Nyad, o filme narra um momento importante da carreira da atleta que aos 60 anos, desafiou as probabilidades de se tornar a primeira pessoa a completar uma viagem de 161 km em 53 horas, de Cuba à Flórida em pleno alto mar.
Auxiliada por Bonnie Stoll (Jodie Foster) sua melhor amiga e uma equipe de 35 apoiadores dedicados, Nyad (Annette Bening) pretende nadar através de águas-vivas venenosas e águas infestadas de tubarões para completar sua missão, ultrapassando todos os limites e mostrando sua capacidade para os que duvidaram dela.
Recomendo. Na plataforma Netflix. (ꙪꙪꙪꙪ/5)
MÚSICA: FALA
COM SECOS E MOLHADOS
Eu não sei dizer nada por dizer
Então eu escuto
Se você disser
tudo o que quiser
Então eu escuto
Fala
La, la la, la la la, la la la
Fala
Se eu não entender,
não vou responder
Então eu escuto
Eu só vou falar
na hora de falar
Então eu escuto
Fala
La, la la, la la la, la la laFala
La, la la, la la la, la la la
FalaLa, la la, la la la, la la la
Fala
FILME: MAESTRO
COM BRADLEY COOPER E CAREY MULLIGAN
O longa conta a história real da vida e carreira do compositor, músico e pianista Leonard Bernstein, responsável pela composição da trilha sonora de musicais aclamados da Broadway, como West Side Story, Peter Pan e Candice.
Natural da cidade de Lawrence, Massachusetts, nos Estados Unidos, Bernstein ocupou o cargo de principal condutor da Orquestra Filarmônica de Nova York durante 18 anos, e se consagrou como um dos músicos mais importantes dos Estados Unidos. Bernstein acumulou dezenas de prêmios ao longo da vida, entre eles: sete Emmys, dois Tonys, dezesseis Grammys e uma indicação ao Oscar de 1954.
Além de suas realizações artísticas, o maestro ficou conhecido por seu envolvimento em ações humanitárias, como o concerto realizado durante a queda do Muro de Berlim em 1989.
A produção também mostra sua complexa relação com a atriz de TV e teatro Felicia Montealegre, que se iniciou quando os dois se conheceram em uma festa, em 1946, passando pelo primeiro noivado do casal, que foi desmanchado, até chegar ao seu casamento de, ao todo, vinte e cinco anos de duração, que trouxe três filhos ao casal. O casal teve três filhos, mas o casamento não foi convencional. Apesar do amor entre eles, Leonard Bernstein era homossexual e manteve vários relacionamentos extraconjugais durante todo o seu relacionamento com Felicia.
Recomendo. Na plataforma Netflix. (ꙪꙪꙪꙪ/5)
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