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  • Foto do escritorDylvardo Costa Lima

TEMOS A ARTE PRA NÃO MORRER DA VERDADE (PARTE 4)

Atualizado: 6 de jan.

 

FILME: DANÇA DOS VAMPIROS

COM ROMAN POLANSKI, SHARON TATE, FERDY MAINE E JACK MAcGOWRAN

 

Na trama, o professor Abronsius e seu fiel ajudante Alfred estão à procura de perigosos vampiros na Transilvânia. Chegando à estalagem de Shagal, eles notam alhos pendurados nas paredes, indicativo de que os sugadores de sangue não devem estar longe, ainda que ninguém confirme a presença destes seres no povoado. Enquanto Abronsius só pensa em capturar vampiros, Alfred não tira seus olhos da bela Sarah, filha única do dono da hospedagem. Quando o terrível Conde von Krolock ataca o local e rapta a moça, os dois caçadores de vampiros vão ao encalço do vilão, tendo de enfrentar uma horda de criaturas da noite em um baile nada convencional.

 

Provavelmente a melhor sátira cinematográfica já feita, A Dança dos Vampiros é um filme delicioso, com uma produção requintada, ótimas atuações e piadas espertas. Os cenários e figurinos são um deleite aos olhos, mas nada é tão lindo de se ver como Sharon Tate. Ela e Polanski se conheceram durante as filmagens e iniciaram um relacionamento que iria acabar tragicamente com a morte da atriz, grávida, nas mãos da Família Manson, dois anos depois.

 

Funcionando como filme de horror, aventura e comédia, A Dança dos Vampiros é a prova de que a sátira não é um gênero restrito a comediantes fanfarrões, mas que pode render verdadeiras maravilhas nas mãos hábeis de um diretor de primeira. E com um final, nada otimista, que prevê que o mal se espalha pelo mundo. Se "Dança dos Vampiros" provoca poucos risos, é porque as barreiras entre o humor e o horror são finas.


Uma obra-prima imperdível. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)


LIVRO: O ARROZ DE PALMA

DE FRANCISCO AZEVEDO

 

O arroz de Palma fala de família. Antonio, já com 88 anos, prepara um grande almoço para comemorar os cem anos do casamento de seus pais. Os irmãos, já octogenários como ele, e todos os seus descendentes comparecem à celebração.

 

O arroz de Palma fala das raízes do imigrante lusitano. Da gente simples, honesta e trabalhadora que veio em busca de uma vida melhor em terras brasileiras, cheia de sonhos e projetos e que, transplantada neste solo, com muita luta e espírito de superação, aprofundou raízes, cresceu e deu frutos.

 

O texto “Família é prato difícil de preparar”, extraído do primeiro capítulo do livro, começou a circular de forma espontânea pelas redes sociais e transformou o livro em um fenômeno do boca a boca, prova, talvez, de que família é mesmo prato de complicadíssima elaboração e que, como diz o velho cozinheiro Antonio, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, temos de experimentar e comer.


Recomendo.


MÚSICA: LAÇOS

COMPOSIÇÃO DE NANDO REIS E ANA VILELA

 

Quem cuida com carinho de outra pessoa

Se importa com alguém que nem conheceria

Quem abre o coração e ama de verdade

Se doa simplesmente por humanidade

Se coloca no lugar do outro, sente empatia


Você que vai à luta e segue sempre em frente

Enfrenta os desafios que o destino traz

A vida é preciosa todo mundo sente

Afeto e compaixão a gente sempre entende

Máximo respeito a você que faz


Laços de ternura e aliança

Hão de ser a diferença

O impossível

Pode acontecer


Só amor é capaz de dar a vida

E encontrar uma saída

Pra esperança

Vir de novo a cada novo amanhecer


Você que vai à luta e segue sempre em frente

Enfrenta os desafios que o destino traz

A vida é preciosa todo mundo sente

Afeto e compaixão a gente sempre entende

Máximo respeito a você que faz


Laços de ternura e aliança

Hão de ser a diferença

O impossível

Pode acontecer


Só amor é capaz de dar a vida

E encontrar uma saída

Pra esperança

Vir de novo a cada novo amanhecer


Laços de ternura e aliança

Hão de ser a diferença

O impossível

Pode acontecer


Só amor é capaz de dar a vida

E encontrar uma saída

Pra esperança

Vir de novo a cada novo amanhecer, amanhecer

Vir de novo a cada novo amanhecer



FILME: RUSTIN

COM COLMAN DOMINGO


“Rustin” é um drama histórico e biográfico que retrata o idealizador da organização da Marcha sobre Washington por Trabalho e Liberdade em 1963, e se concentra em contar a história de vida de um de seus principais organizadores, o ativista negro Bayard Rustin, interpretado por Colman Domingo.


A sinopse do filme descreve o personagem como uma pessoa que desafiou a autoridade, nunca se desculpou por ser quem ele era, no que acreditava ou em quem desejava. E ele não recuou. Ele fez história e, por sua vez, foi esquecido. Rustin destaca o homem extraordinário que, ao lado de gigantes como o reverendo Martin Luther King Jr., Adam Clayton Powell Jr. e Ella Baker, ousou imaginar um mundo diferente e inspirou um movimento em uma marcha em direção à liberdade.


A Marcha sobre Washington por Trabalho e Liberdade foi uma Manifestação política de grandes proporções ocorrida na cidade de Washington D.C., capital dos Estados Unidos, em 28 de agosto de 1963, organizada e liderada, além de Rustin, pelo advogado, pastor, ativista dos direitos humanos e pacifista Martin Luther King, que reuniu mais de 250 000 pessoas na cidade para clamar, discursar, orar e cantar por liberdade, trabalho, justiça social e pelo fim da segregação racial contra a população negra do país.


Super recomendo. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)

MÚSICA: PAGU

COMPOSIÇÃO DE RITA LEE CANTADA POR RITA LEE E ZÉLIA DUNCAN


Mexo, remexo na inquisição Só quem já morreu na fogueira Sabe o que é ser carvão

Eu sou pau pra toda obra Deus dá asas a minha cobra Hum hum hum hum

Minha força não é bruta Não sou freira, nem sou puta

Porque nem toda feiticeira é corcunda Nem toda brasileira é bunda Meu peito não é de silicone Sou mais macho que muito homem

Nem toda feiticeira é corcunda Nem toda brasileira é bunda Meu peito não é de silicone Sou mais macho que muito homem


Ratatá ratatá ratatá Taratá taratá


Sou rainha do meu tanque Sou Pagu indignada no palanque Hanhan hanhan Fama de porra louca, tudo bem Minha mãe é Maria ninguém Hu huhuhu

Não sou atriz, modelo, dançarina Meu buraco é mais em cima


Porque nem toda feiticeira é corcunda Nem toda brasileira é bunda Meu peito não é de silicone Sou mais macho que muito homem

Nem toda feiticeira é corcunda Nem toda brasileira é bunda Meu peito não é de silicone Sou mais macho que muito homem

Nem toda feiticeira é corcunda Nem toda brasileira é bunda Meu peito não é de silicone Sou mais macho que muito homem


Ratatá ratatatá Ratatá Taratá taratá


FILME: O CONDE

UM FILME DE PABLO LARRAÍN


O Conde é um filme chileno de terror e comédia, que se passa em uma realidade alternativa, e mostra Augusto Pinochet, símbolo fascista, como um vampiro envelhecido e isolado em uma mansão abandonada. Após 250 anos se alimentando de sangue para sobreviver, ele está decidido a morrer de uma vez por todas. Frustrado com a forma como lhe veem, e cercado por uma família decepcionante e oportunista, o vampiro já não vê nenhuma razão para continuar sua trajetória pela vida eterna. Porém, quando tudo parece perdido, ele acaba descobrindo uma inspiração, que lhe faz querer abandonar seus planos.


Ótimo filme, que não romantiza o golpe militar chileno, mas que ao contrário, mostra toda a realidade do ditador sanguinário que o representou, e que continua a fazer seguidores na extrema direita mundo afora. Lembrando que a morte pode ser simbólica, mas que o mal é duradouro. Na plataforma Netflix.


Super recomendo. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)

LIVRO: O AVESSO DO BORDADO

BIOGRAFIA DE MARCO NANINI POR MARIANA FILGUEIRAS


Um dos artistas mais geniais e profícuos do Brasil, Marco Nanini é um gigante da atuação, respeitado por seus pares, premiado pela crítica e amado pelo grande público. Não houve um só ano, desde 1965, quando pisou num palco pela primeira vez, em que ele não tenha interpretado um personagem.


Nanini participou de mais de cem produções, passou pelo teatro clássico e moderno, pelo teatro político e de vanguarda e pelos musicais. Ele fez pornochanchadas; cinema de retomada, cinema comercial e cinema de arte; novelas; programas de humor e seriados de linguagem iconoclasta. Estourou bilheterias com obras populares, apresentou filmes em festivais internacionais. Viu seus personagens virarem fantasias de Carnaval, gírias nas ruas, nomes de animais de estimação. Produziu, dirigiu, escreveu.


Para contar a história dos quase sessenta anos de carreira de Marco Nanini, Mariana Filgueiras investigou a fundo sua trajetória, influências e principais trabalhos, oferecendo ao leitor um texto primoroso e ao mesmo tempo divertido.

MÚSICA: PENAS DO TIÊ

COMPOSIÇÃO DE HECKEL TAVARES CANTADA POR FAGNER E NARA LEÃO


Vocês já viram lá na mata a cantoria Da passarada quando vai anoitecer E já ouviram o canto triste da araponga Anunciando que na terra vai chover


Já experimentaram guabiroba bem madura Já viram as tardes quando vai anoitecer E já sentiram das planícies orvalhadas O cheiro doce da frutinha muçambê


Pois meu amor tem um pouquinho disso tudo Que tem na boca a cor das penas do tié

Quando ele canta os passarinhos ficam mudos Sabe quem é o meu amor, ele é você Você


Vocês já viram lá na mata a cantoria Da passarada quando vai anoitecer E já ouviram o canto triste da araponga Anunciando que na terra vai chover


Pois meu amor tem um pouquinho disso tudo Que tem na boca a cor das penas do tié

Quando ele canta os passarinhos ficam mudos Sabe quem é o meu amor, ele é você Você


Meu amigo Geó, músico profissional, com a sua nova companheira de trabalho... parabéns, amigo... em breve testaremos essa máquina aqui em casa...

FILME: OS SALTIMBANCOS TRAPALHÕES

COM DIDI, DEDÉ, ZACARIAS E MUSSUM, ALÉM DE LUCINHA LINS


Os Saltimbancos Trapalhões é um filme brasileiro estrelado pelo grupo humorístico Os Trapalhões, baseado na peça teatral Os Saltimbancos de Sergio Bardotti e Luis Enríquez Bacalov, adaptada para o português por Chico Buarque, por sua vez uma adaptação do conto Os Músicos de Bremen dos Irmãos Grimm.


Foi dirigido por J. B. Tanko e lançado em 1981, sendo considerado pela crítica como o melhor filme do grupo. O picadeiro utilizado no filme pertence ao Circo Irmãos Power.

Em novembro de 2015 o filme entrou na lista feita pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos.


Imperdível. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)


Eu sou mais a Dona Canô...

eu amigo Zé Mário tocando uma linda música de sua autoria em homenagem a Porto Alegre...

E meu amigo Geó, autor da bela música Gravidez, cantando com a ajuda da Tetê

Meu amigo Dr. Amaury, fera na Nefrologia e fera na música.

E quem disse que a Tetê também não se garante na música???

Um luxo, ter 3 caras desses tocando na sua casa: Dr. Amaury, Geó e Zé Mário...

Sei tocar não, mas se não tiver quem saiba, eu toco...

Meu amigo Zé Mário, gaúcho em férias em Fortaleza....

Meu amigo Geó, músico profissional... dando uma palinha aqui em casa....

Geó, que também faz arte em disco em vinil, presenteou o Dr. Amaury com um dos seus trabalhos...

E lembrando que o Cantim também é cultura, e como hoje é domingo, uma excelente música para começar bem a semana... primeira composição do Paulo César Pinheiro, com 14 anos de idade... incrível...


MÚSICA: VIAGEM

PAULO CÉSAR PINHEIRO


Oh tristeza, me desculpe

Tou de malas prontas

Hoje a poesia veio ao meu encontro

Já raiou o dia, . . . vamos viajar

Vamos indo de carona

Na garupa leve

Do tempo macio

Que vem caminhando

Desde muito longe

Lá do fim do mar

Vamos visitar a estrela

Da manhã raiada

Que pensei perdida

Pela madrugada

Mas vai escondida

querendo brincar

Senta nessa nuvem clara

Minha poesia

Anda se prepara

Traz uma cantiga

Vamos espalhando

música no ar

Olha, quantas aves brancas

Minha poesia

Dançam nossa valsa

Pelo céu que um dia

Fez todo bordado de raios de sol

Oh poesia me ajude

Vou colher avencas

Lírios, rosas, dálias

Pelos campos verdes

Que você batiza de jardins do céu

Mas, pode ficar tranquila

Minha poesia

Pois nós voltaremos

Numa estrela guia

Num clarão de lua quando serenar

Ou talvez até quem sabe

Nós só voltaremos

No cavalo baio, no alazão da noite

Cujo nome é Raio, Raio de Luar


FILME: PESADELO

MAURÍCIO TAPAJÓS E PAULO CÉSAR PINHEIRO COM MPB4


Quando o muro separa, uma ponte une Se a vingança encara, o remorso pune Você vem me agarra, alguém vem me solta Você vai na marra, ela um dia volta E se a força é tua, ela um dia é nossa Olha o muro, olha a ponte, olhe o dia de ontem chegando Que medo você tem de nós, olha aí Você corta um verso, eu escrevo outro Você me prende vivo, eu escapo morto De repente, olha eu de novo Perturbando a paz, exigindo troco Vamos por aí, eu e meu cachorro Olha um verso, olha o outro Olha o velho, olha o moço chegando Que medo você tem de nós, olha aí



PARABÉNS AO MESTRE CAETANO VELOSO

DYLVARDO SULIANO EM 07/08/2023


Hoje é o dia de reverenciar

O nascimento do bom baiano

Que foi o ícone da Tropicália

E que celebra mais um ano

Homenageio com essa rima

Toda essa imensa obra prima

Do grande mestre Caetano.

MÚSICA: VOU TE ENCONTRAR

PAULO MIKLOS


Olha, ainda estou aqui Perto, nunca te esqueci Forte, com a cabeça no lugar Livre, livre para amar

Sofro, como qualquer um Rio, quando estou feliz Homem, dessa mulher Vivo, como você quer


Nas ondas do mar Nas pedras do rio Nos raios de sol Nas noites de frio No céu no horizonte No inverno e verão Nas estrelas que formam uma constelação Vou te encontrar, vou te encontrar


Olha, eu fiquei aqui Perto, está você em mim Forte, pra continuar Livre, livre para amar

Sofro, como qualquer um Rio, porque sou feliz Homem, de uma mulher Vivo, como você quer


No beijo da moça No alto e no chão Nos dentes da boca Nos dedos da mão No brilho dos olhos Na luz da visão No peito dos homens No meu coração Vou te encontrar, vou te encontrar Vou te encontrar, vou te encontrar


Nas ondas do mar Nas pedras do rio Nos raios de sol Nas noites de frio No céu no horizonte No inverno e verão Nas estrelas que formam uma constelação

No beijo da moça No alto e no chão Nos dentes da boca Nos dedos da mão No brilho dos olhos Na luz da visão No peito dos homens No meu coração Vou te encontrar, vou te encontrar

Vou te encontrar, vou te encontrar


FILME: CABARÉ ELDORADO

DIREÇÃO DE BENJAMIN CANTU


A obra conta a história do famoso clube noturno “Eldorado” na Berlim dos anos 1920, que era considerado um pilar da reputação de Berlim como capital das festas, e uma representação da aliança do estado com as diferentes comunidades de gênero da época. O clube acolhia todas as comunidades da sociedade da época e também era frequentado por vários atores, cantores e políticos.


No entanto, com o surgimento do movimento nazista durante o regime de Adolf Hitler, o clube se tornou alvo por ser muito progressista e por aparentemente “ir contra as normas da sociedade”. Essa mudança não apenas simbolizou um ponto de virada totalitário na sociedade, mas também significou que a primeira comunidade queer visivelmente reconhecida do mundo foi destruída pelos nazistas em seu auge, retrocedendo várias gerações do movimento queer.


Importante documentário dobre a perseguição aos homossexuais na Alemanha, durante o regime nazista, mas que surpreendentemente, manteve no pós-guerra, o artigo 175 na sua constituição, que tornava crime o homossexualismo. Esse artigo só foi definitivamente revogado da constituição alemã em 1994, por coincidência, o ano em que voltei da minha especialização de 2 anos em Berlin, local do Cabaré Eldorado do documentário.


Vale a pena assistir pela História, por Berlin, pela luta por direitos iguais em todos os sentidos. Salve Berlin, linda, cosmopolita, politicamente avançada, aberta ao mundo.


Na plataforma Netflix. Imperdível. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)

FILME: UMA VIAGEM EXTRAORDINÁRIA

DIREÇÃO DE JEAN-PIERRE JEUNET COM KYLE CATLETT

T.S. Spivet é um garoto de 12 anos muito inteligente e apaixonado por cartografia. Determinado dia, ele recebe a informação que recebeu um importante prêmio científico. Mas não é algo simples: seus pais não sabem que ele se candidatou, e nem os realizadores da premiação sabem que o vencedor é uma criança. O menino, então, resolve sair de casa e pegar a estrada até Washington.


Spivet surpreende a todos por sua inteligência e humildade. Ele também encanta várias pessoas pelo caminho e descobre um novo universo.


Belo filme francês, baseado no livro "The Selected Works of T.S. Spivet", de Reif Larsen, o longa conta com roteiro de Jean-Pierre Jeunet, conhecido por O Fabuloso Destino de Amélie Poulain.


Na Plataforma Prime Vídeo. Imperdível. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)

MÚSICA: NEGRO AMOR

VERSÃO DE CAETANO VELOSO (DA MÚSICA “AND IT’S ALL OVER NOW, BABY BLUE” DE BOB DYLAN)

Vá, se mande, junte tudo que você puder levar Ande, tudo que parece seu é bom que agarre já Seu filho feio e louco ficou só chorando feito fogo à luz do sol Os alquimistas já estão no corredor e não tem mais nada negro amor A estrada é pra você e o jogo é a indecência junte tudo que você conseguiu por coincidência e o pintor de rua que anda só desenha maluquice em seu lençol sob seus pés o céu também rachou e não tem mais nada negro amor Seus marinheiros mareados abandonam o mar seus guerreiros desarmados não vão mais lutar seu namorado já vai dando o fora levando os cobertores? E agora? até o tapete sem você voou e não tem mais nada negro amor e não tem mais nada... As pedras do caminho deixe para trás esqueça os mortos que não levantam mais o vagabundo esmola pela rua vestindo a mesma roupa que foi sua risque outro fósforo, outra vida, outra luz, outra cor e não tem mais nada negro amor e não tem mais nada negro amor e não tem mais nada negro amor e não tem mais nada negro amor


Tentação...

LIVRO: A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER

DE MILAN KUNDERA

A insustentável leveza do ser é um livro fundamentalmente sobre relacionamentos humanos. O tema é explorado a partir da perspectiva de pouquíssimos personagens, dentre os quais se incluem, com grande importância, uma cadela chamada Karenin. Os personagens centrais são o médico Tomás e a fotógrafa Tereza, que se conhecem por acaso na vila interiorana onde ela morava, antes de mudar-se para viver com ele em Praga. Tomás é mulherengo declarado e mantém “amizades eróticas” com várias mulheres, com as quais, apesar disso, nunca passa a noite. Uma delas é a artista plástica Sabina, que vê com mais recorrência.


Quando explode a invasão russa à Tchecoslováquia, em 1968, vão todos para a Suíça; o caminho de Sabina se bifurca e ela acaba se envolvendo com outro homem, um acadêmico chamado Franz. O que os une e o que os separa? Não há fórmula mágica, tampouco uma resposta única. Uma das coisas interessantes do livro é justamente isso: não há predestinação, não há amor eterno, nem uma receita para relacionamentos duradouros. No fundo, o amor e sua permanência acabam sendo, pura e simplesmente, obra do acaso e decisões conjecturais. Nesse sentido, Kundera parece dizer que chamamos de “destino” apenas aquilo que já foi consumado, numa espécie de autojustificação para as ações passadas.

Grande perda para a arte e cultura brasileira...

LIVRO: A VIDA ATÉ PARECE UMA FESTA - A HISTÓRIA COMPLETA DOS TITÃS

DE HÉRICA MARMO E LUIZ ANDRÉ ALZER


O que fez os Titãs se tornarem um dos maiores expoentes do rock brasileiro e a se manterem ativos por quatro décadas? Essa biografia, lançada originalmente quando os Titãs completaram 20 anos, ganha dos autores e jornalistas Hérica Marmo e Luiz André Alzer, uma atualização cheia de histórias inéditas. Além da reunião da formação clássica dos Titãs – Branco Mello, Sérgio Britto, Tony Bellotto, Nando Reis, Charles Gavin, Marcelo Fromer, Arnaldo Antunes e Paulo Miklos –, os leitores têm acesso aos bons e maus momentos do grupo, de forma bastante transparente.


Para contar em detalhes essa trajetória, os autores fizeram uma minuciosa pesquisa e entrevistaram todos os titãs e ex-titãs, além de mais de 50 personagens fundamentais na história da banda, que embala gerações com sucessos como "Marvin", "Sonífera Ilha", "Epitáfio" e "Homem Primata". A vida até parece uma festa: a história completa dos Titãs é um livro não só para fãs e apaixonados por música, mas também para todos que gostam de uma trama com reviravoltas surpreendentes e emocionantes. O livro ainda traz imagens importantes que marcaram a carreira da banda.

Estampas Eucalol.... grande Xangai....

Um abraço no cantor Xangai, não tem preço....

FILME: O ÚLTIMO VAGÃO

DO CINEASTA ERNESTO CONTRERAS


Determinada a melhorar a vida de seus jovens alunos, a professora Georgina dá aulas em um vagão de trem na zona rural do México. Ikal, Valéria, Tuerto e Chico, são quatro crianças mexicanas que moram em empobrecida zona rural do país, uma comunidade explorada pela construção de uma linha férrea que anuncia progresso, mas que como muitas outras coisas, não sai do papel.


O Último Vagão, uma ótima produção do México, é daqueles raros momentos em que se percebe, que a poesia subliminar de uma obra, acabou sendo capturada por todos que com ela interagiram. Sem apelar para uma sensibilidade rasgada, o que o filme costura, são diferentes pontos de vista para a mesma desgraçada situação do ensino através dos tempos, da exploração da classe trabalhadora, da abnegação de quem luta pelos que não conseguem lutar sozinhos. O filme é hábil em contar essa história tão múltipla de observação, e isso é o que lhe transforma para além de um folhetim comum. Recomendo pela sensibilidade de contar de uma forma poética, uma mesma história que é similar a todos os povos marginalizados.


Na Plataforma Netflix. (ꙪꙪꙪꙪ/5)



Obrigado Titãs, por terem incluído Fortaleza, nessa turnê imperdível da MPB, denominada Encontro, celebrando os 40 anos do grupo... certamente esse show vai entrar para o TOP 5 na vida de todos que estiveram ali presentes ontem... foi realmente um show inesquecível e marcante...


O show em si foi simplesmente fantástico, com performances individuais brilhantes, e coletiva sem nenhum reparo... Arnaldo Antunes com sua voz marcante e seu jeito irreverente de dançar, abafou... Nando Reis, com seu contrabaixo e sua música embalando as mentes e corações, levaram o público ao clímax... Paulo Miklos, o meu preferido, deu aula e foi simplesmente brilhante, tanto no vocal quanto no sax... Sérgio Britto, mais uma vez sensacional, com o seu carisma e seu total domínio sobre a plateia, conseguiu comandar o público de forma marcante... a presença de Branco Mello, depois de uma recuperação surpreendente de saúde, nos mostrou a força de quem nasceu para brilhar... Toni Belloto mais uma vez arrasou na sua guitarra, provando que o Brasil também faz rock-and-roll de altíssima qualidade... e finalmente, para mim, ontem, a performance do Charles Gavin, foi delirante... provou ser o melhor baterista dessa geração... e ainda usar a camisa do Ceará durante o show, foi a cereja do bolo... e tudo isso, claro, ainda contando com o auxílio valioso do Liminha na guitarra, substituindo o Fromer... valeu rapazes, vocês mostraram que ainda estão no auge de suas carreiras musicais... e provaram que são de fato a melhor banda de todos os tempos, e não somente da última semana...


Mas é preciso que se faça um adendo importante a esse comentário, a despeito da adrenalina titânica ainda correndo nas veias nessa manhã, depois dessa aula de boa música na noite de ontem... a ressalva é o local do evento... o Espaço Colosso, não seria o local mais adequado para um show desse porte com milhares de pessoas...um local que tem um tráfego complicado... que é super desconfortável... que tem poucos banheiros e de difícil acesso, além da péssima higiene...creio que ontem, algumas centenas de pessoas, especialmente as mulheres, ficaram “se segurando” por um bom tempo, esperando acabar o show, para evitar de usar aqueles sanitários... o show merecia um local melhor... mas apesar de todo esse desconforto do local do evento, valeu sim a pena, cada minuto desse Encontro... mas vale também esse registro...

Embalou os nossos sonhos nas décadas de 70 e 80....

Antigo Cais Bar, deve estar incrível.....

LIVRO: RITA LEE, UMA AUTOBIOGRAFIA

RITA LEE


Da visão do primeiro disco voador até o último porre, Rita Lee é consistente. É corajosa. Sem culpa nenhuma. Tanto que, ao ler o livro, várias vezes temos a sensação de estar diante de uma biografia não autorizada, tamanha a honestidade nas histórias.


A infância e os primeiros passos na vida artística; sua prisão em 1976; o encontro de almas com Roberto de Carvalho; o nascimento dos filhos, das músicas e dos discos clássicos; os tropeços e as glórias. Está tudo lá.


E você pode ter certeza: essa é a obra mais pessoal que ela poderia entregar de presente para nós. São tantas estórias hilariantes, de morrer de rir, e escritas bem ao jeito irreverente e honesto da autora. Um livro realmente gostoso de se ler, e de resto, conta os bastidores da maior cantora de rock do Brasil e de muitos dos seus sucessos, e muito dos bastidores da MPB dos anos 70, 80 e 90. Aos amantes da boa música, recomendo.

MÚSICA: OVELHA NEGRA

RITA LEE


Levava uma vida sossegada

Gostava de sombra e água fresca

Meu Deus, quanto tempo eu passei

Sem saber


Foi quando meu pai me disse: Filha

Você é a ovelha negra da família

Agora é hora de você assumir

E sumir


Baby, baby

Não adianta chamar

Quando alguém está perdido

Procurando se encontrar

Baby, baby

Não vale a pena esperar, oh, não

Tire isso da cabeça

E ponha o resto no lugar


Levava uma vida sossegada

Gostava de sombra e água fresca

Meu Deus, quanto tempo eu passei

Sem saber


Foi quando meu pai me disse: Filha

Você é a ovelha negra da família

Agora é hora de você assumir

E sumir


Baby, baby

Não adianta chamar

Quando alguém está perdido

Procurando se encontrar

Baby, baby

Não vale a pena esperar, oh, não

Tire isso da cabeça

E põe o resto no lugar


(Ovelha negra da família)

(Não vai mais voltar)

(Não, vai sumir)


DOCUMENTÁRIO: A ÚLTIMA FLORESTA

COM: DAVI YANOMAMI


“A Última Floresta” retrata a vida e os costumes dos índios Yanomami, e mostra como a presença ilegal da exploração do ouro no território, que voltou a crescer nos últimos dois anos, está colocando em risco a população indígena e a floresta.


Desde 2019, os líderes Yanomami alertam para um novo e ameaçador aumento de garimpeiros no território. Somente em 2020, foram identificados 500 hectares de degradação ambiental, causado pela atividade ilegal de extração de ouro.


“Quero mostrar para a sociedade não-indígena que nunca viu o povo Yanomami, de Roraima e do Amazonas, que nunca conheceu, nunca andou ou viu de perto, a realidade como vivemos”, disse Davi Yanomami. Ele faz o alerta. “Os brancos não nos conhecem. Seus olhos nunca nos viram. Seus ouvidos não entendem nossas falas. Por isso, eu preciso ir lá aonde vivem os brancos.”


Recomendo pela história que se repete, e para que a floresta amazônica e seus povos originários sejam preservados. Esse documentário foi filmado em 2021, e percebe-se como em pouco mais de 1 ano, com o desgoverno anterior, como as ameaças se concretizaram, e como as condições de vida desse povo indígena mudaram radicalmente para pior, com o aparecimento da fome e de doenças.


Na Plataforma Netflix. Imperdível. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)

A Livraria Arte & Ciência os convida a participar do lançamento do novo livro de Itamar Vieira Júnior "Salvar o Fogo", que acontecerá no dia 12/05 às 19h no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, Cinema do Dragão, Sala 2. 🎞️


🐲 A entrada será gratuita e os ingressos serão distribuídos a partir das 18h na bilheteria do cinema. O autor fará sessão de autógrafos mediante apresentação de senhas que serão distribuídas na mesa da venda dos livros para as pessoas que estiverem com o ingresso. 🎟️


📕 Itamar Vieira Júnior nasceu em Salvador, na Bahia em 1979. É geógrafo e doutor em estudos étnicos e africanos pela UFBA. Seu romance Torto Arado é um dos maiores sucessos - de público e crítica - da literatura brasileira nas últimas décadas, tendo sido traduzido em mais de vinte países e adaptado para o audiovisual.

SÉRIE: TRANSATLÂNTICO

COM: GILLIAN JACOBS, LUCAS ENGLANDER, CORY MICHAEL SMITH


Transatlântico é ambientada na época da Segunda Guerra Mundial, e a produção é baseada em uma incrível história real. Durante a Segunda Guerra, dois americanos e seus aliados montam uma operação em Marselha para ajudar refugiados, artistas e escritores a fugir da Europa.


O Comitê de Resgate Emergencial (ERC) foi um grupo internacional de jovens heróis que salvou milhares de refugiados durante a Segunda Guerra Mundial. Colocando a própria vida em jogo, os integrantes do ERC ajudaram cerca de 2 mil pessoas a escapar da França (então ocupada pelas forças nazistas) em meio ao conflito.


Entre esses refugiados estavam alguns dos mais brilhantes artistas e pensadores da Europa, vistos como 'degenerados' e 'subversivos' pelos nazistas, como Andre Breton, Hannah Arendt, Marcel Duchamp, Max Ernst e Marc Chagall.


A atuação do grupo permaneceu desconhecida por muitos anos, mas após o fim da Guerra, os integrantes do ERC foram celebrados como heróis internacionais.


Recomendo pela história de coragem desses heróis quase anônimos e pela ação. Na Plataforma Netflix. (ꙪꙪꙪꙪ/5)

Pedal cultural até o velho Pirata

Precisamos estimular o cérebro a liberar as dopamina, serotonina e a endorfina, tudo isso funciona como anticorpos para essas mazelas🎶❤️Palavras sábias do meu amigo Geó, grande músico, aqui no violão, com a voz fabulosa do Rosamato...


FILME: EM UMA ILHA BEM DISTANTE

COM NAOMI KRAUSS


Em Uma Ilha Bem Distante, a perda materna é também o recebimento de uma herança que nunca soube existir. Porém, ao invés de um endereço perdido na Turquia, de onde emigraram, ou na Alemanha, onde agora habitam, trata-se de uma casa na terra natal daquela que partiu: Croácia.


Assim, em meio à tantas decepções, Zeynep vê essa novidade como uma oportunidade de fuga, mas também de transformação. Decidida a não parar até se ver em outra realidade, deixa para trás aqueles que dela apenas exigem, sem nada oferecer em troca, e parte em busca daquilo que também é seu, e dos segredos e novidades que esse lugar que somente agora toma conhecimento possa lhe ter reservado.


Mas essa retomada tão radical do próprio destino passa, invariavelmente, pela descoberta não apenas de um novo amor, mas também de suas próprias origens, do reencontro com uma beleza que acreditava esquecida, da capacidade de tomar suas decisões sem ter que consultar todos ao redor, e de um poder de atração que talvez nem soubesse possuir.


Uma boa produção alemã que vale a pena ser vista como um bom divertimento, e que conta com paisagens exuberantes da costa da Croácia. Recomendo. Disponível na plataforma Netflix. (ꙪꙪꙪꙪ/5)

Vai, Chico, ser Camões no mundo!

Por Hildegard Angel


Chico Buarque de Holanda, vai receber, das mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o mais importante prêmio da língua portuguesa, o consagrador Prêmio Camões.


Pelo estatuto do prêmio, seu diploma deveria receber a assinatura do presidente do país do agraciado. E Lula foi absolvido, saiu da prisão, se elegeu Presidente da República e está em Lisboa, onde entregará o prêmio Camões ao Chico, com sua assinatura.


Quem não acredita em finais felizes pode continuar a não acreditar, porque não se trata de um final, mas de um recomeço. Trata-se do ponteiro do relógio da razão acertando o passo; de uma ampulheta invertida para o recomeço da Era da Plenitude, da Sensibilidade, da Reconstrução do Brasil e das mentes brasileiras.


Vai, Camões de um só olho, consagrar os olhos de ardósia de quem enxerga o Brasil com as verdes lentes da esperança, combustível que salva, redime e alimenta, desde sempre, as almas brasileiras e as faz fortes para suportarem tanto sofrimento e se reerguerem depois de cada tranco.


FILME: 1976

COM ALINE KUPPENHEIM


1976 é um drama chileno, que traz a história de uma mulher de classe média, que abriga um refugiado político durante a ditadura militar de Augusto Pinochet. O longa acompanha Carmen, uma mulher de 50 anos casada com o médico Miguel, que leva uma vida tranquila e confortável na capital Santiago no Chile.


Carmen decide viajar para sua casa de praia, para ver como estão as obras no local, e encontra o padre Sánchez, que pede uma ajuda para ela. Cuidando de um homem chamado Elias, o padre pede que Carmen possa também cuidar dele. Com conhecimentos básicos da medicina, ela decide acatar a ideia do padre e o coloca em sua casa de veraneio.


Porém, sua vida muda, quando ela descobre que Elias é um político refugiado, que foi ferido em um confronto por uma bala, por ser contra o governo ditatorial chileno.


Baseado em fatos reais. Recomendo. Disponível na plataforma Netflix. (ꙪꙪꙪꙪ/5)

Show imperdível...

FILME: MARINHEIROS DE GUERRA

COM KRISTOFFER JONERLNE, MARIE WILMANNPAL E SVERRE HAGEN


Um lugar onde ninguém queria estar. Em mais uma produção que traz recortes sobre o caos do maior dos conflitos da humanidade, o filme norueguês (aqui no Brasil, um seriado de 3 capítulos), Marinheiro de Guerra mostra a visão de participantes involuntários da Segunda Guerra Mundial, homens e mulheres que foram obrigados a estarem no conflito, quando navios mercantes ficaram sob o comando da coroa norueguesa, servindo aos aliados nas frentes de batalhas.


Baseado em fatos reais, o filme indicado ao Oscar pela Noruega em 2023, Marinheiros de Guerra também abre espaço para a visão em terra das famílias dos envolvidos, e tudo que precisaram suportar, com muita dificuldade, sem dinheiro e sem notícias dos parentes. Recomendo. Disponível na plataforma Netflix. (ꙪꙪꙪꙪ/5)

Não pude ir ao lançamento, por outro compromisso no mesmo horário, mas garanti o meu exemplar do livro do amigo e procurador, Martonio Mont'alverne.

Aqui na foto com 2 outros amigos comuns, os irmãos Paulo, também procurador, e o Newton Albuquerque, advogado...

E lembrando que o Cantim também é cultura, com esse clássico do Belchior nessa bela versão da Vanessa da Mata com uma puxada bem nordestina.


MÚSICA: COMENTÁRIO A RESPEITO DE JOHN

AUTOR BELCHIOR COM VANESSA DA MATA E JOÃO GOMES


Saia do meu caminho Eu prefiro andar sozinho Deixem que eu decida a minha vida Não preciso que me digam De que lado nasce o Sol Porque bate lá meu coração


Sonho e escrevo em letras grandes de novo Pelos muros do país João, o tempo andou mexendo com a gente, sim John, eu não esqueço (oh, no, oh, no!) A felicidade é uma arma quente Quente, quente


Saia do meu caminho Eu prefiro andar sozinho Deixem que eu decida a minha vida Não preciso que me digam De que lado nasce o Sol Porque bate lá meu coração


Sob a luz do teu cigarro na cama Teu rosto rouge, teu batom me diz João, o tempo andou mexendo com a gente, sim John, eu não esqueço (oh, no, oh, no!) A felicidade é uma arma quente Quente, quente


FILME: TUDO EM TODO LUGAR AO MESMO TEMPO

COM MICHELLE YEOH E JAMIE LEE CURTIS


Em Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo, acompanhamos uma sobrecarregada imigrante chinesa, Evelyn Wang que com sua lavanderia à beira do fracasso e seu casamento com o marido covarde em ruínas, ela luta para lidar com tudo, incluindo um relacionamento ruim com seu pai crítico e sua filha.


E, como se não bastasse enfrentar a crise pessoal, Evelyn precisa se preparar para uma reunião desagradável com uma burocrata impessoal: Deirdre, a auditora da Receita Federal.


No entanto, à medida que a agente severa perde a paciência, uma inexplicável fenda no multiverso se abre, e se torna uma possibilidade para a exploração reveladora de realidades paralelas. Evelyn parte rumo a uma aventura onde, sozinha, precisará salvar o mundo e impedir que uma entidade maligna destrua as finas e incontáveis ​​camadas do mundo invisível.


Explorando outros universos e outras vidas que poderia ter vivido, as coisas se complicam ainda mais, quando ela fica presa nessa infinidade de possibilidades sem conseguir retornar para casa.


Não sei se eu entendi muito bem não, mas recomendo. Na plataforma Prime Vídeo. Ganhador de 7 Oscar, incluindo o de melhor filme em 2023. (ꙪꙪꙪꙪ/5)

O cantor Chico Buarque anunciou que mudará parte da letra da música ‘Beatriz’, escrita por ele e Edu Lobo em 1983. Ainda de acordo com a reportagem, após aproximadamente 40 anos, o cantor encontrou a palavra adequada para um dos versos: em vez de "será que é divina / a vida da atriz", ele passará a cantar "será que é divina / a sina da atriz". “Beatriz", que integra o álbum "O Grande Circo Místico", foi originalmente gravada e consagrada na voz impecável de Milton Nascimento. Uma das obras-primas da MPB.


MÚSICA: BEATRIZ

CHICO BUARQUE E EDU LOBO


Olha Será que ela é moça Será que ela é triste Será que é o contrário Será que é pintura O rosto da atriz


Se ela dança no sétimo céu Se ela acredita que é outro país E se ela só decora o seu papel E se eu pudesse entrar na sua vida


Olha Será que é de louça Será que é de éter Será que é loucura Será que é cenário A casa da atriz

Se ela mora num arranha-céu E se as paredes são feitas de giz E se ela chora num quarto de hotel E se eu pudesse entrar na sua vida


Sim, me leva pra sempre, Beatriz Me ensina a não andar com os pés no chão Para sempre é sempre por um triz Aí, diz quantos desastres tem na minha mão Diz se é perigoso a gente ser feliz


Olha Será que é uma estrela Será que é mentira Será que é comédia Será que é divina A sina da atriz


Se ela um dia despencar do céu E se os pagantes exigirem bis E se o arcanjo passar o chapéu E se eu pudesse entrar na sua vida



FILME: O SUPLENTE

COM JUAN MINUJIN E ALFREDO CASTRO


Professor da Universidade de Buenos Aires, Lucio decide dar uma guinada na sua vida e ensinar literatura em uma escola de Isla Maciel, área marginalizada da região metropolitana da capital da Argentina. O professor vai precisar lidar com o próprio passado, o pai e a realidade do lugar. As coisas tendem a piorar quando um de seus alunos é ameaçado por um chefão das drogas.


O Suplente segue três linhas narrativas que se articulam entre si, para trabalhar a história sob todos os ângulos e diferentes perspectivas. De um lado, a situação de tensão entre Lúcio, os alunos e a realidade social; enquanto, por outro, aborda a relação que mantém com a própria filha, estabelecendo um contraponto entre duas realidades opostas. Por fim, trabalha o vínculo com o pai, “El chileno”, articulado como ponto de comparação entre a teoria e a rua. O dogmático e o pragmático. O pessoal e o social.


O Suplente é um excelente filme argentino, e bastante atual com a realidade das escolas públicas do Brasil, e creio, em grande parte do mundo. E bastante emblemática a frase que ele usa no filme: "ninguém se salva sozinho." Perfeito. Mais uma grande dica da minha amiga Heloísa.


Na plataforma Netflix. Recomendo com louvor. (ꙪꙪꙪꙪ/5)

Mais uma perda lamentável para a arte e cultura brasileira... faleceu o cartunista Paulo Caruso, de 73 anos. Suas charges e caricaturas foram marcadas pela sátira e referência para a história política do País. A ironia e acidez eram acompanhadas do humor. Publicou também em veículos lendários da imprensa alternativa, como O Pasquim, Movimento, entre outros. Foi também responsável, por anos, por uma página da revista Isto É.

FILME: TRÊS CRISTOS (ESTADO DA MENTE, NO ORIGINAL)

COM RICHARD GERE, BRADLEY WHITFORD, PETER DINKLAGE E WALTON GOGGINS


Na década de 1950, a lista de tratamentos para as pessoas diagnosticadas com transtornos mentais era muito bem definida: coma induzido por insulina, prescrição de antipsicóticos, terapia com eletrochoque e lobotomia pré-frontal, ou seja, a retirada de uma parte do cérebro. O uso de psicoterapia era mínimo.


Como se vê, o protocolo clínico tradicional não tinha nada de sutil. Imperava a agressividade, a intervenção profunda e traumas decorrentes desses procedimentos. Incomodado com tudo isso, o psiquiatra Alan Stone resolveu investir em um tratamento bem mais humanizado. No caso, lançar em uma sala três pacientes esquizofrênicos, que acreditavam ser Jesus Cristo, e acompanhar criteriosamente o comportamento do grupo, avaliando possíveis avanços e retrocessos do experimento. E, claro, sem qualquer eletrochoque.


Filme baseado em fatos reais, ‘Três Cristos’ explora a estreita relação entre a doença mental e a empatia, e aborda a humanização da psiquiatria, ao mostrar um estudo com três pacientes que acreditavam ser Jesus Cristo.


De forma muito particular, me senti muito envolvido com esse filme, baseado na experiência de ter visto nascer em 1967, e por ter trabalhado por muito tempo, na Clínica de Saúde Mental Dr. Suliano, meu avô.


Na plataforma Netflix. Imperdível. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)

FILME: NUNCA DEIXE DE LEMBRAR

COM TOM SCHILLING, SEBASTIAN KOCH E PAULA BEER


O filme, cuja história real se estende por várias décadas, está inspirado na vida do artista alemão Gerhard Richter, considerado um dos pintores mais importantes da atualidade. Escrito e dirigido por Florian Henckel Von Donnersmarck, as três horas do filme, revelam aos espectadores uma história de amor, de crimes ignorados, de ambições artísticas e de decisões arriscadas.


É um filme de grandes temas, explorados sem medo ou vergonha na vida de um indivíduo, mas é também um drama histórico que mostra o conflito de várias das ideologias, que marcaram o turbulento século XX. São várias as perguntas que ressoam ao longo do filme, mas talvez a mais importante seja: como se gesta a sensibilidade de uma pessoa, seu jeito de sentir o mundo? A sensibilidade de Kurt Barnert, forjada no fogo bélico do século passado, também é o seu destino: aprender a ver a realidade sem desviar o olhar.


Eu já estava com saudades de assistir a uma bela obra do cinema alemão. Uma bela dica da minha amiga Heloísa. Tem duração de mais de 3 horas, mas que vale a pena assistir a cada segundo. Na plataforma Netflix. Imperdível. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)

FILME: O CÂNTICO DOS NOMES

COM CLIVE OWEN E TIM ROTH


Dovidi Rapoport é um judeu polonês e toca violino como ninguém. Antes da Segunda Guerra, viaja com seu pai pra Inglaterra, que vê ali uma oportunidade de o filho estudar música e desenvolver uma carreira. Dovidi fica em Londres e passa a viver com a família de Martin Simmonds. A guerra estoura e Rapoport fica em Londres definitivamente.


Os meninos são criados como irmãos e, aos 21 anos, Dovidi vai se apresentar em seu primeiro concerto. A expectativa é grande, mas ele não aparece. É em torno desse sumiço que o filme vai rolar, cheio de flashbacks pra nos situar no passado.


Já no futuro, quando Dovidi e Martin já são adultos, que a busca vai acontecer. Martin não sossega até descobrir o que aconteceu com o amigo.


Na plataforma Netflix. Recomendo. (ꙪꙪꙪꙪ/5)

Rodando o Brasil com a turnê Que Tal um Samba?, o cantor e compositor Chico Buarque resolveu tirar onda com a boataria das redes e a decisão da juíza Monica Ribeiro Teixeira, substituta do 6º Juizado Especial Cível da Comarca da Capital Lagoa, no Rio de Janeiro, responsável pela batalha judicial contra o deputado rachadinha Eduardo Bolsonaro (PL), que contesta que ele seja autor das próprias músicas.


Em 2020, após um vídeo em que brincava dizendo que Chico Buarque comprava suas músicas de compositores anônimos, um deles chamado Ahmed, Chico foi alvo de ataques e fake news de detratores, em especial apoiadores de Jair Bolsonaro (PL).


É muita petulância dessa juíza. Chico, deixa esses detratores de lado. Nem vale a pena gastar tempo com esses infelizes.

FILME: O DESTINO DE HAFMANN

COM DANIEL AUTEUIL, GILLES LELLOUCHE, SARA GIRAUDEAUS


Paris, 1941. François Mercier é um homem comum que sonha em começar uma família com a mulher que ama, Blanche. Ele trabalha para um talentoso joalheiro, o Sr. Haffmann. Mas frente à ocupação alemã, os dois homens não terão outra escolha senão concluir um acordo cujas consequências perturbarão seus destinos.


Muito bom o roteiro e a história, a trama é bem desenrolada, eu resumiria a moral dessa história com a seguinte frase: "Quer conhecer o caráter de uma pessoa? Dê-lhe poder!"


Na plataforma Netflix. Recomendo. (ꙪꙪꙪꙪ/5)

FILME PINÓQUIO

ADAPTAÇÃO DE GUILHERME DEL TORO


Pinóquio por Guillermo del Toro talvez seja a adaptação mais impactante da história desde 1940. Sem exageros e com um enredo que prende o espectador até o fim, a obra do diretor mexicano dá nova vida, sem trocadilhos, ao clássico, trazendo uma visão especial que ainda não havia sido mostrada.


Embora seja uma obra do século 19, o diretor trouxe a história para mais próximo do nosso contemporâneo, jogando um caldo de política na história ao abordar o fascismo italiano e a religião. Afinal, por não morrer, Pinóquio é tratado ao mesmo tempo como um soldado perfeito para o exército de Mussolini e um demônio para os devotos do catolicismo.


Na plataforma Netflix. Recomendo. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)

FILME: AS LINHAS TORTAS DE DEUS

COM BARBARA LENNIE


Alice é uma detetive particular contratada por um homem poderoso para investigar o caso de um suposto suicídio de um rapaz internado em uma clínica psiquiátrica. Uma vez na clínica, Alice decide assumir uma nova identidade, chamando-se Alicia, e fingir transtornos mentais, dizendo-se paranoica, internada voluntariamente porque seu marido quer ficar com sua fortuna.


Tudo vai bem no seu plano até a investigação começar propriamente, e realidade e ficção começarem a se misturar fortemente em sua cabeça, com médicos e pacientes colocando em dúvida suas maiores certezas. Sem conseguir definir qual é a verdade, Alice procurará convencer a todos que o que fala é a realidade, e que seu marido está de fato construindo um complô para interditá-la para ficar com sua fortuna.


Vale a pena pelo suspense psicológico. Na plataforma Netflix. (ꙪꙪꙪꙪ/5)

LIVROS: TODAS AS LETRAS DE GILBERTO GIL

COMPILAÇÃO DE CARLOS RENNÓ


A obra de Gilberto Gil contribuiu para a transformação do conceito estético da letra de música ao lhe dar status de poesia ― cantada e popular. Ex-ministro da Cultura, membro da Academia Brasileira de Letras, Gil é um dos mais sensíveis e inventivos artistas em atividade, reconhecido e admirado no mundo inteiro.


Com organização de Carlos Rennó, ilustrações inéditas de Alberto Pitta e textos de Arnaldo Antunes e José Miguel Wisnik, esta terceira edição de Todas as Letras reúne o conjunto das canções compostas por Gil, uma cronologia e centenas de comentários do autor a respeito de suas composições.


Vale a pena conhecer a origem de muitas de suas obras primas. Recomendo.

FILME: O PÁLIDO OLHO AZUL

COM CHRISTIAN BALE E HARRY MELLING


O Pálido Olho Azul é baseado no romance best-seller de Louis Bayard, e é um thriller gótico que gira em torno de uma série de assassinatos fictícios que ocorreram em 1830 na Academia Militar dos Estados Unidos..


No entanto, o código de silêncio dos cadetes se mostra um obstáculo incontornável para a investigação, fazendo com que o detetive peça a ajuda de um dos alunos da academia: um jovem que entraria para a história como Edgar Allan Poe.


Recomendo pelo bom entretenimento e excelentes atuações... disponível na plataforma Netflix.... (ꙪꙪꙪꙪ/5)

Ministra da Cultura, Margareth Menezes: 'que o nosso Minc nunca mais desapareça'


"Que o nosso Minc nunca mais desapareça. A arte e o artista passarão a ser vistos como algo ainda maior. Precisamos voltar a ser respeitados e colocar o ministério na afirmação dessa grandeza. Desenvolvimento social sem cultura é assistencialismo. Todas as outras áreas precisam da cultura para serem elas mesmas. Vimos o desmonte perverso de nossas políticas culturais. Vencemos, o Minc está de volta", disse.


"Inúmeras carências de acesso a bens e a serviços, mas uma cultura rica. Há quase 40 anos o Minc foi fundado, uma conquista da redemocratização. Mas, combate-se a cultura, quando se quer um País calado. A cultura é expressão de democracia. Foram necessárias muitas lutas. (Artistas) perseguidos, muitas vezes humilhados. O País foi propositadamente desencantado. A cultura é fator de desenvolvimento econômico e social. Merecemos o nosso ministério. O Brasil tem uma das mais ricas forças de produção cultural do mundo".

Cantim antecipa tudo que é show em Fortaleza...

Cantim da Arte, mais uma vez, antecipa um Show imperdível em 2023...

Mais uma lamentável perda na arte e cultura brasileira... que ano...

Mais uma grande perda para a cultura brasileira em 2022: morre aos 85 anos a primeira mulher a presidir Academia Brasileira de Letras. Nélida Piñon foi a única brasileira a ganhar o prêmio literário Príncipe de Astúrias, o maior da Espanha, em 2005.

FILME: NADA DE NOVO NO FRONT

BASEADO NO ROMANCE DE ERICH MARIA REMARQUE


Uma guerra não é glamourosa. Não é heroica e tampouco gloriosa. Na verdade, ela é suja e miserável, uma mistura de lama, sangue, pólvora e morte, bem diferente das histórias que o cinema tanto gosta de contar. Por isso mesmo, Nada de Novo no Front é um belo e necessário lembrete dessa dura verdade, quase sempre esquecida pelos filmes Hollywood e por discursos militaristas.


O longa é baseado no livro do alemão Erich Maria Remarque, um clássico pacifista, e foi escrito em 1929, e mostra que a obra segue muito atual um século depois de ser publicada, com a atual guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

O fato de Nada de Novo no Front acompanhar o lado perdedor da Grande Guerra dá um peso muito maior para tudo o que está sendo contato. Além disso, a linguagem cinematográfica sempre nos ensinou a ver a História pelo lado dos vencedores. Pois bem, eis que temos o outro lado sendo retratado.


Da Plataforma Netflix. Filme alemão indicado para concorrer ao Oscar de 2023. Recomendo. (ꙪꙪꙪꙪ/5)

As missões de Margareth Menezes no Ministério da Cultura


A nova ministra terá que lidar também com o desmonte da área nos últimos anos. Terá o desafio, por exemplo, de reativar a Lei Rouanet e destravar a Lei do Audiovisual – apenas para citar dois importantes mecanismos de fomento à arte no País que foram negligenciados (e até atacados) neste tenebroso período.

Mais uma perda lastimável nas artes: morre Márcia Manfredini, aos 70 anos, a Dona Abigail de 'A Grande Família'. A causa da morte não foi divulgada pela família.

MÚSICA: SE EU FOSSE O TEU PATRÃO

CHICO BUARQUE


Eu te adivinhava E te cobiçava E, te arrematava em leilão Te ferrava a boca, morena Se eu fosse o teu patrão


Ai, eu te tratava Como uma escrava Ai, eu não te dava perdão Te rasgava a roupa, morena Se eu fosse o teu patrão


Eu te encarcerava Te acorrentava Te atava ao pé do fogão Não te dava sopa, morena Se eu fosse o teu patrão


Eu te encurralava Te dominava Te violava no chão Te deixava rota, morena Se eu fosse o teu patrão


Quando tu quebrava E tu desmontava E tu não prestava mais não Eu comprava outra, morena Se eu fosse o teu patrão


Pois eu te pagava direito Soldo de cidadão Punha uma medalha em teu peito Se eu fosse o teu patrão


O tempo passava sereno E sem reclamação Tu nem reparava, moreno Na tua maldição


E tu só pegava veneno Beijando a minha mão Ódio te abrandava, moreno Ódio do teu irmão


Teu filho pegava gangrena Raiva, peste e sezão Cólera na tua morena E tu não chiava não


Eu te dava café pequeno E manteiga no pão Depois te afagava, moreno Como se afaga um cão


Eu sempre te dava esperança D'um futuro bão Tu me idolatrava, criança Se eu fosse o teu patrão


Mas se tu cuspisse no prato onde comeu feijão Eu fechava o teu sindicato, se eu fosse o teu patrão


Se eu fosse o teu patrão Se eu fosse o teu patrão Se eu fosse o teu patrão Se eu fosse o teu patrão


O Cantim homenageia dois grandes cantores e compositores, Pablo Milanés e Erasmo Carlos, com uma de suas mais belas canções... quem não gostou dessas músicas nos anos 70 e 80, e se emocionou, mesmo décadas depois?


Então, perdoem se eu chorar...

MÚSICA: DE TANTO AMOR

ERASMO CARLOS


Ah, eu vim aqui amor Só pra me despedir E as últimas palavras Desse nosso amor Você vai ter que ouvir


Me perdi de tanto amor Ah, eu enlouqueci Ninguém podia amor assim E eu amei E devo confessar Aí vou que eu errei


Vou te olhar mais uma vez Na hora de dizer adeus Vou chorar mais uma vez Quando olhar nos olhos seus Nos olhos seus


Ah, saudade vai chegar E por favor, meu bem Me deixe pelo menos Só de ver passar Eu nada vou dizer Perdoa se eu chorar


Vou chorar mais uma vez Quando olhar nos olhos seus Nos olhos seus


Ah, saudade vai chegar E por favor, meu bem Me deixe pelo menos Só de ver passar Eu nada vou dizer Perdoa se eu chorar



MÚSICA: YOLANDA

PABLO MILANÉS

(Homenagem do Cantim ao falecimento hoje do grande artista cubano aos 79 anos. Um ícone da minha geração. Sua obra, sua arte, sua poesia continuarão vivas em nossas mentes e em nossos corações. Salve Pablo Milanés.)


Essa canção é mais que mais uma canção

Quem dera fosse uma declaração de amor

Romântica, sem procurar a justa forma

De que me vem de forma assim tão caudalosa


Te amo, te amo, eternamente, te amo


Se me faltares, nem por isso morro

Se é pra morrer quero morrer contigo

Minha solidão se sente acompanhada

Por isso, às vezes, sei que necessito


Teu colo, teu colo, eternamente, teu colo


Quando te vi, eu bem que estava certo

De que me sentiria descoberto

A minha pele vais despindo aos poucos

Me abres o peito quando me acumulas


De amores, de amores, eternamente, de amores


Se alguma vez me sinto derrotado

Eu abro mão do sol de cada dia

Rezando o credo que tu me ensinaste

Olho teu rosto e digo à ventania


Yolanda, Yolanda, eternamente, Yolanda

Yolanda, Yolanda, eternamente, Yolanda



Nota del Ministerio de Cultura de Cuba.


A la edad de 79 años, falleció en España Pablo Milanés, gran trovador cubano, fundador del Movimiento de la Nueva Trova.


Nacido en Bayamo, en 1943, estudió música en el Conservatorio Municipal de La Habana. Grabó, en 1965, su primer disco, titulado Mis 22 años, considerado el puente entre el Feeling y la Nueva Trova. Integró varias formaciones musicales cubanas, entre las que destaca el Grupo de Experimentación Sonora del ICAIC.


Autor de una obra monumental, su legado musical constituye un referente ineludible de la identidad y la cultura cubanas y sus canciones y magistrales interpretaciones integran por derecho propio la banda sonora de la Revolución Cubana.


Su extensa y fecunda carrera abarca más de cuarenta fonogramas e inolvidables colaboraciones con numerosos músicos cubanos y con varios de los más grandes artistas de Nuestra América y otras regiones.


Su deceso ocurre justo cuando celebramos el 50 aniversario de ese extraordinario hecho cultural que fue la Fundación del Movimiento de la Nueva Trova, del cual él es uno de los pilares fundamentales. Pablo fue un gran poeta, un gran cantor. Su obra musical es inmortal.


En nombre del Ministerio de Cultura de Cuba, ofrecemos a sus familiares, amigos y admiradores de todo el mundo, nuestras más sinceras condolencias.


Lançamento do livro Histórias Pirrototinhas, dos meus amigos Paulo Albuquerque, nos contos, e da Marta Viana, nas ilustrações... ainda não o li, mas pela inteligência dos seus autores, tenha a certeza de que deve ser de muita qualidade...

MÚSICA: NO TEMPO DOS PARDAIS

LETRA DO SIVUCA E VOZ DO FAGNER


Era uma vez um tempo de pardais de verdes nos quintais faz muito tempo atrás quando ainda havia fadas


Num bonde havia um anjo pra guiar outro pra dar lugar pra quem chegar sentar de duvidar, de admirar


Havia frutos num pomar qualquer de se tirar do pé no tempo em que os casais podiam mais se namorar nos lampiões de gás sem os ladrões atrás tempo em que o medo se chamou jamais


Veio um marquês de uma terra já perdida e era uma vez, se fez dono da vida mandou buscar cem dúzias de avenidas pra expulsar de vez as margaridas por não ter filhos, talvez por nem gostar ou talvez por manias de mandar


Só sei que enquanto houver os corações nem mesmo mil ladrões, podem roubar canções


E deixa estar, que há de voltar o tempo dos pardais, do verde dos quintais tempo em que o medo se chamou jamais!



O Cantim também é cultura: Titãs anunciam turnê com formação original e show em Fortaleza. Imperdível.


O Cantim também é cultura: Titãs anunciam turnê com formação original e show em Fortaleza. Imperdível.


O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 16, durante coletiva de imprensa. Nova turnê do grupo deve passar por dez cidades brasileiras. Informações sobre preços e locais ainda não foram revelados. O repertório será composto pelos maiores sucessos da banda.


A reunião trará sete dos oito integrantes: Arnaldo Antunes (vocalista), Charles Gavin (baterista), Nando Reis (vocalista e baixista), Paulo Miklos (vocalista e guitarrista); que vão se reunir ao trio remanescente Branco Mello (voz e baixo), Sérgio Britto (voz, teclado e baixo), e Tony Bellotto (voz e guitarra).


Minha homenagem hoje é para o grande Milton Nascimento, o Bituca, fazendo hoje seu último show em um Mineirão lotado... meu amigo Dr. Heitor Gonçalves, está lá com a sua família para conferir... essa música marcou o início da minha vida acadêmica na Medicina nos anos 80...


MÚSICA: TRAVESSIA

MILTON NASCIMENTO


Quando você foi embora Fez-se noite em meu viver Forte eu sou, mas não tem jeito Hoje eu tenho que chorar

Minha casa não é minha E nem é meu este lugar Estou só e não resisto Muito tenho pra falar


Solto a voz nas estradas Já não quero parar Meu caminho é de pedra Como posso sonhar?

Sonho feito de brisa Vento, vem terminar Vou fechar o meu pranto Vou querer me matar


Vou seguindo pela vida Me esquecendo de você Eu não quero mais a morte Tenho muito o que viver

Vou querer amar de novo E se não der, não vou sofrer Já não sonho, hoje faço Com meu braço o meu vive


Solto a voz nas estradas Já não quero parar Meu caminho é de pedra Como posso sonhar?

Sonho feito de brisa Vento, vem terminar Vou fechar o meu pranto Vou querer me matar


Vou seguindo pela vida Me esquecendo de você Eu não quero mais a morte Tenho muito o que viver

Vou querer amar de novo E se não der, não vou sofrer Já não sonho, hoje faço Com meu braço o meu viver.



FILME: ARGENTINA, 1985

COM RICARDO DARÍN E PETER LANZANI


O filme conta a história do julgamento das juntas militares que governaram a Argentina após o golpe, com a prática de torturas e assassinatos, julgamento esse que foi realizado com menos de dois anos após o retorno da democracia.


Há gerações na Argentina, e também no Brasil, que nasceram dando a democracia como algo definitivo. E eles não conhecem o mal que a ditadura causou, e acham que isso é algo pré-histórico. Por isso ainda se vê, em muitos países sul-americanos, muitos jovens reproduzindo discursos bastante reacionários, e quase reivindicando governos ditatoriais.


O filme 'Argentina, 1985' resgata esse fato histórico real, e explica então para essas novas gerações, como foi a ditadura na Argentina e no mundo, e mostra como são os verdadeiros "heróis sem capas", compostos pelos membros do poder judiciário argentino . Disponível na plataforma Prime Vídeo. Imperdível. (ꙪꙪꙪꙪꙪ/5)

Simplesmente sensacional o show do Chico Buarque e Mônica Salmaso... para aliviar a alma e dar boas energias para suportar essa semana tão importante para o nosso país...

E para nossa surpresa, numa mesa ao lado da esposa do Chico, Carol Proner e sua filha, Sílvia Buarque...

Não falei com o Chico, mas falei com a sua filha, Sílvia...

FILME: O TELEFONE DO SR. HERRIGAN

DIREÇÃO: JOHN LEE HANCOCK


O filme apresenta a história de um menino que vive em uma cidade pequena e faz uma amizade improvável com um bilionário mais velho e recluso, após realizar alguns trabalhos pontuais para ele. Os dois constroem um vínculo por meio de livros e um celular, mas quando o homem morre, o menino descobre que nem tudo some completamente. Ao deixar seu telefone no bolso do morto antes do enterro, o jovem solitário deixa uma mensagem para seu amigo saudoso. O que o deixa chocado, é receber uma mensagem de volta. Nessa trama, o garoto se vê capaz de se comunicar com o senhor mesmo do túmulo, através do celular que foi enterrado com ele.

Vale pelo entretenimento. Recomendo (ꙪꙪꙪꙪ/5)

LIVRO: A INCRÍVEL E TRISTE HISTÓRIA DE CÂNDIDA ERÊNDIRA E SUA AVÓ DESALMADA

AUTOR: GABRIEL GARCÍA MÁRQUEZ


A partir de hoje com a preciosa colaboração do amigo jornalista e leitor voraz, Gilson Barbosa...


Gabriel García Márquez (1927-2014), também conhecido como Gabo, nasceu na aldeia colombiana de Aracataca, nas imediações da cidade de Barranquilla. Começou seu trabalho de jornalista em 1949, atuando em diversos jornais e cidades, inclusive como correspondente internacional para o jornal El Espectador, da Colômbia. Posteriormente sua obra jornalística foi publicada em cinco volumes. Mas foi na ficção que alcançou reconhecimento internacional, sendo autor de alguns dos maiores romances do século XX, e considerado mestre do realismo mágico latino-americano.


Em 1982, recebeu o Prêmio Nobel de Literatura pelo conjunto de sua obra. Foi um dos escritores mais admirados e traduzidos do mundo, com mais de 40 milhões de livros vendidos em 36 idiomas. Entre seus livros mais famosos estão "Cem Anos de Solidão" (1967), "Crônica de uma Morte Anunciada" (1981), "O Outono do Patriarca" (1975), "O Amor nos Tempos do Cólera" (1985), "O General em seu Labirinto" (1989), "Do Amor e Outros Demônios " (1994), "Viver para Contar" (2002) e "Memórias de Minhas Putas Tristes" (2004), entre outros títulos de sua extensa e aplaudida bibliografia.


Em 1994 fundou, em Cartagena, na Colômbia, uma fundação que leva seu nome e tem como objetivo estimular e premiar as vocações, a ética e a boa reportagem no jornalismo latino-americano. García Márquez faleceu na Cidade do México em 17/04/2014, vitimado por uma pneumonia, pouco mais de um mês após completar 87 anos.


"A Incrível e Triste História da Cândida Erêndira e sua Avó Desalmada" (Editora Record S/A, Rio de Janeiro, São Paulo, 4a. edição, sem informação sobre o ano de publicação, tradução de Remy Gorga, Filho; título original "La Increíble y Triste Historia de lá Cándida Eréndira y su Abuela Desalmada", 158 páginas), publicado originalmente em 1972, reúne 7 contos de sua autoria: "Um senhor muito velho com suas asas enormes", "O mar do tempo perdido", "O afogado mais bonito do mundo", "Morte constante para lá do amor", "A última viagem do navio fantasma" , "Blacaman, o bom vendedor de milagres" e "A Incrível e Triste História...", que dá título à obra.


Conservando seu estilo de escrita contagiante e fantástico, o autor apresenta histórias que misturam de forma ímpar o real e o imaginário. Também fala sobre o amor e as desilusões que rodeiam esse sentimento tão intenso, e nem sempre fácil de lidar. Alguns contos misturam seres irreais em meio à população sul-americana, refletindo as crenças, as superstições e a simplicidade de um povo que vive rodeado de pobreza e que, pela mesma razão, possui poucos ideais de vida.


Todos os contos são de excelente qualidade, mas destaco, em particular, "Um Senhor Muito Velho com umas Asas Enormes " , "O Afogado mais Bonito do Mundo", "A Última Viagem do Navio-Fantasma" e "A Incrível e Triste História de Cândida Erêndira...".


Neste último, a personagem principal é explorada pela avó que é sua solitária companhia, viajando pelo deserto. Numa noite, cansada pelos trabalhos que a todo tempo realiza sob as ordens da avó déspota, termina por derrubar um candelabro e provocar um incêndio que destrói a maior parte das coisas da idosa. Ambas escapam da morte, mas a maior parte dos objetos é perdida e Cândida Erêndira é intimada pela avó a pagar, com o sexo, toda a conta dos prejuízos que lhe foram causados.


Diante dos abusos que passa a sofrer, ao conhecer Ulisses, viajante que se destacou, entre tantos homens com os quais se relaciona, pela beleza e também pela coragem, Cândida Erêndira percebe que aquele homem seria sua salvação, sua porta para a liberdade. Após diversas tentativas de ajudar a jovem a se livrar da malvada avó, Ulisses atinge seu objetivo. Porém, ao atingir seu intento, descobre que foi vítima de um plano bem articulado por Cândida Erêndira, que nunca quis seu amor , tendo-lhe usado apenas como instrumento para alcançar sua sonhada independência.


Gabriel García Márquez sempre declarou que teve como mestres os escritores norte-americanos William Faulkner e Ernest Hemingway. Inspirado por tão nobre companhia literária, é de se concluir mesmo que sua produção só poderia mesmo ser de excelente qualidade, como no caso desses envolventes contos acima referidos. Recomendo o livro com prazer a todos os que se interessarem em lê-lo. Excelente leitura, desde já!

MÚSICA: PENAS DO TIÊ

FOLCLORE ADAPTADO POR FAGNER. COM FAGNER E NARA LEÃO


Vocês já viram lá na mata a cantoria

Da passarada quando vai anoitecer

E já ouviram o canto triste da araponga

Anunciando que na terra vai chover

Já experimentaram guabiroba bem madura

Já viram as tardes quando vai anoitecer

E já sentiram das planices orvalhadas

O cheiro doce das frutinhas muçambê

Pois meu amor tem um pouquinho disso tudo

Que tem na boca a cor das penas do tiê

Quando ele canta os passarinhos ficam mudos

Sabe quem é o meu amor ele é você


Em homenagem a filha caçula Yasmin, que fez uma tatoo por essa música.


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